Código de conduta

Cinco práticas essenciais num ambiente de produção canavieira

06/10/2019 08:00

A cultura da cana-de-açúcar vive hoje um momento de divisão de águas. Diversos fatores como alto valor da terra, baixa produtividade e baixo valor da matéria-prima criaram uma conjuntura a qual será cada vez menos racional permanecer no setor quem não ampliar seu horizonte de visão e resistir à adoção de novas práticas. Num mundo onde os cenários podem amanhecer direcionando o caminho para um lado e à tarde levar para o outro em decorrência da grande revolução da informação e automação da mão-de-obra que está em curso, resistir ao novo é tão arriscado quanto pegar a prancha e ir ao encontro da onda havaiana da tecnologia sem proteção alguma.

Sendo assim, seguindo também a conduta do bom jornalismo, que implica em rodar muito e ouvir diversas pessoas com pontos de vista distintos, foram separadas cinco histórias que mostram práticas fundamentais para a construção de um canavial bem-sucedido.

A primeira é óbvia, a busca pelas 100 toneladas por hectare. Só que, nesse caso, com um detalhe fundamental – o uso do portfólio de serviços da Canaoeste como uma caixa de ferramentas onde cada item será utilizado na hora correta. Tudo isso numa área com pouco mais de 100 hectares que, até a última colheita, se encontrava com um canavial lastimável. A média dos três dígitos já é esperada para o longo do próximo ciclo.

Outra prática que todos devem saber é sobre o controle dos custos. Mas aqui o alerta é para a pegadinha emocional, principalmente de mascarar o resultado real de uma operação, “ignorando”, por exemplo, o custo do capital, ou se preferir, o valor da terra.

Entender a margem correta da atividade é fundamental para o terceiro item, a negociação da matéria-prima. É impossível conseguir um bom negócio às cegas, sem ter em mente o quanto e porque é preciso conseguir algo a mais e o que pode gerar valor à unidade industrial para esta conquista.


Para o canavial não chegar a essa situação, a Canaoeste oferece uma verdadeira caixa de ferramentas em serviços especializados.

As duas últimas práticas selecionadas são mais voltadas ao manejo, sendo a primeira a fiscalização da colheita e o entendimento de que colher cana de modo mecânico é uma atividade separada do cultivo. Perante isso, cabe ao produtor auditar como está sendo executado o trabalho, pois com uma planilha de custos bem organizada é possível saber quanto custa o quilo da cana desperdiçada no campo e o preço de uma soqueira arrancada.

A segunda é quanto ao uso do fungicida de modo preventivo, tendo como objetivo a saúde da folha que, consequentemente, fará mais fotossíntese e produzirá mais açúcar. Sim, seu uso não tem que ser questionado, então vamos informar quando aplicar.


Produtor de Morro Agudo acompanha a colheita mecanizada dia e noite em sua área, prática que precisa ser regra para o setor.

No mundo da administração, o termo “código de conduta”  significa um conjunto de regras para orientar e disciplinar as práticas de um determinado grupo de pessoas de acordo com seus princípios. Lógico que numa simples reportagem seria impossível escrever a fundo uma obra de tal complexidade, e isso não foi nem pretensão da pauta, até porque cada vez mais cada talhão exigirá uma conduta. No entanto, aqui foi lançada uma espécie de isca para práticas que precisam ser consideradas no dia a dia da roça.

Por: Marino Guerra – Revista Canavieiros

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