Entenda como funciona o GPS Rural
O denominado GPS Rural, programa que auxiliará e dará agilidade ao atendimento policial na zona rural, tem seu escopo de funcionamento relativamente simples se comparado com a magnitude de seu resultado prático.
Sua dinâmica consiste no endereçamento das edificações rurais através da marcação de seu ponto georreferenciado. Com essas informações, a Polícia Militar desenvolveu um aplicativo e, ao ser informada sobre alguma ocorrência, o seu centro de operações é capaz de fazer uma leitura e direcionar as viaturas mais próximas, chegando ao local de maneira ágil. Para isso cada viatura possui aparelho com acesso ao sistema.
É válido dizer que para essa logística funcionar foi necessário executar um trabalho de identificação das propriedades e, posteriormente, a confecção e instalação de placas, bem como a definição de roteiros, indicando as vias com melhores condições de tráfego e as possíveis rotas de fuga dos meliantes.
Ainda dentro da estratégica logística, o perímetro do município de Sertãozinho foi dividido em quatro áreas, denominadas da seguinte maneira: Setor 1 – consiste no que pode ser chamado de alto da Água Vermelha, tendo como divisas a rodovia Carlos Tonani (sentido Barrinha) e a Armando de Sales Oliveira (sentido Pitangueiras); Setor 2 – é a área que vai mais ou menos do Museu da Cana até a antiga Usina Albertina, indo oficialmente da Armando de Sales Oliveira (sentido Barrinha) até a Estrada Municipal Atílio Balbo (sentido Jardinópolis); Setor 3 -representa o território que pode ser definido como a região de Cruz das Posses, tendo como divisas a Estrada Municipal e a rodovia Atílio Balbo (ambas de mesmo nome) e, finalizando, o setor 4, podendo ser denominada como a região do Pati, indo no desenho traçado pela polícia na Rodovia Atílio Balbo (sentido Ribeirão Preto) até a Carlos Tonani (sentido Barrinha).
Os benefícios já estão sendo percebidos pelos produtores, como é o caso do pai e filho da família Merlo, Oswaldo Antonio e Carlos Thiago, que residem na propriedade e elencaram a velocidade no atendimento às ocorrências e também a condição que a polícia terá de bloquear as saídas como os principais destaques, pelo menos nesse início de projeto.
Já o agricultor Sergio Bota lembra da dificuldade que era para ser encontrado quando se falava com um atendente que não fazia ideia de onde ficava a Água Vermelha (localização de sua propriedade). “Hoje me sinto localizado, há um ponto para me encontrar em caso de necessidade”, disse o produtor que também já percebeu a presença das viaturas de maneira mais constante nas redondezas.
Outro cooperado que falou sobre os pontos positivos do programa foi Marco Siena, que representou a operação de cana-de-açúcar e amendoim de sua família. Ele ressaltou o fator psicológico do sistema que funciona como um inibidor, a partir do momento em que o contraventor tem a noção de que a polícia chegará rapidamente ao lugar, frustrando a ideia de roubo ou furto.
Na sua visão, o sistema também será importante em caso de acidentes de trabalho e para agilizar o combate a incêndios criminosos nos canaviais, tanto pensando no serviço dos bombeiros como o da polícia em encontrar os possíveis causadores.
Fonte: Revista Canavieiros
Escrito por: Marino Guerra
Fotos: Rodrigo Moisés