Workshop do MME discute integração do RenovaBio à lei do Combustível do Futuro
Evento celebra cinco anos do programa e analisa perspectivas para alinhamento com metas globais de sustentabilidade
O Ministério de Minas e Energia (MME) realizou, nesta terça-feira (3), o Workshop RenovaBio, marcando os cinco anos de existência do programa com debates sobre seus desafios e o futuro. O evento integra a série “Próximos Passos: Combustível do Futuro e Novas Políticas do Setor de Óleo e Gás”, que visa discutir a construção do arcabouço regulatório no contexto da lei do Combustível do Futuro.
A abertura foi conduzida por Pietro Mendes, secretário Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, que apresentou os números expressivos alcançados em 2024. “Nossa meta anual é de 38,78 milhões de CBIOs, mas já ultrapassamos 39 milhões emitidos até agora. Cada CBIO representa uma tonelada de CO₂ equivalente evitada, refletindo o impacto positivo da substituição de combustíveis fósseis. Além disso, 41,2 milhões de CBIOs foram comercializados, movimentando R$ 3,6 bilhões. É, sem dúvida, a moeda mais eficaz do Brasil em termos de redução de emissões”, destacou Mendes.
O deputado federal Arnaldo Jardim, relator da lei do Combustível do Futuro, também celebrou os avanços obtidos. “O RenovaBio foi essencial para abrir novos caminhos, e o CBIO é uma das moedas verdes mais evoluídas do mundo. Concluímos 2024 com a certeza de estarmos no rumo certo, e isso é fruto do trabalho incansável do Ministério de Minas e Energia”, enfatizou.
Debates reforçam alinhamento do RenovaBio com metas internacionais
O evento contou com mesas de discussão sobre o impacto do RenovaBio e seu alinhamento com certificações globais de sustentabilidade. A primeira mesa reuniu lideranças da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), União Brasileira do Biodiesel e Bioquerosene (Ubrabio), Federação Nacional das Distribuidoras de Combustíveis, Gás Natural e Biocombustíveis (BRASILCOM), Sindicato da Indústria do Açúcar (Sindaçúcar) de Pernambuco e Alagoas, VIBRA e Bioenergia Brasil. O debate destacou a relevância do programa para o setor e as perspectivas de longo prazo.
A segunda mesa, com o tema “Compatibilização do RenovaBio e Corsia: Perspectivas, aprimoramentos e desafios”, abordou o papel do programa na promoção da aviação sustentável no Brasil. O objetivo principal foi explorar o alinhamento entre o RenovaBio e as certificações internacionais do setor aéreo, como o Corsia, fortalecendo a liderança do país no mercado global de combustíveis renováveis. Entre os participantes estavam representantes da ANP, Embrapa, Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), Agroícone e LATAM.