Etanol segue em queda no mercado paulista, enquanto açúcar cristal registra valorização

Indicadores do Cepea apontam recuo do hidratado e do anidro; no spot de São Paulo, cristal atinge maior valor em quase um mês
O mercado paulista de etanol apresentou nova retração na última semana. Entre 15 e 19 de setembro, o Indicador CEPEA/ESALQ do hidratado (SP) fechou em R$ 2,7471/litro, líquido de ICMS e PIS/Cofins, queda de 1,23% frente ao período anterior. Foi a segunda semana consecutiva de desvalorização desse biocombustível.
O etanol anidro, que vinha se mantendo estável, também perdeu força. O Indicador CEPEA/ESALQ recuou 1,8%, para R$ 3,2155/litro, valor líquido sem PIS/Cofins. Segundo pesquisadores, o movimento refletiu a postura mais cautelosa da demanda, com negociações pontuais de compradores de diferentes portes, somada à maior flexibilidade de vendedores. Até mesmo usinas que mantinham preços firmes acabaram cedendo e ajustando valores para baixo.
No mercado de açúcar, o cenário foi oposto. O açúcar cristal negociado no spot paulista registrou expressiva recuperação. Na sexta-feira (19), o Indicador CEPEA/ESALQ (Icumsa 130-180) alcançou R$ 120,45/saca de 50 kg, avanço de 2,75% frente ao da sexta-feira anterior e o maior patamar em quase um mês.
A valorização, de acordo com o Cepea, tem suporte na baixa disponibilidade do cristal para pronta-entrega, já que parte significativa da produção segue destinada a contratos no mercado interno e para exportação.
O movimento de alta ocorreu mesmo diante do expressivo avanço da safra paulista. Segundo a Unica, na segunda quinzena de agosto de 2025 as usinas do estado produziram 2,521 milhões de toneladas de açúcar, aumento de 21,32% frente ao mesmo período de 2024. O clima seco favoreceu a colheita contínua da cana, garantindo maior oferta do adoçante.
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