Case IH testa trator a etanol em parceria com a São Martinho
Equipamento opera com colhedora Austoft 9000, ambos movidos ao biocombustível
O etanol está se consolidando como alternativa energética para máquinas agrícolas, e a Case IH ampliou esse movimento ao iniciar os testes de campo do trator Puma 230 movido exclusivamente ao biocombustível. A operação, realizada em parceria com a São Martinho, em Pradópolis – SP, integra o equipamento ao trabalho da colhedora de cana da série Austoft 9000 também equipada com motor a etanol.
A iniciativa é parte da agenda de descarbonização da marca, que aposta no combustível renovável como solução estratégica para viabilizar um portfólio de máquinas de menor emissão. O trator utiliza o motor N67 Ciclo Otto, da FPT Industrial, de 234 cv, arquitetura semelhante à aplicada em veículos leves, mas dimensionada para as exigências do campo, com ganhos de redução de ruído e de emissões.
Apresentado na última Agrishow, o trator acumulou mais de 100 horas de testes de bancada antes de entrar em operação agrícola. “A parceria com a São Martinho é determinante para validar eficiência e confiabilidade em condições reais. Estamos avançando de forma consistente rumo a uma linha completa movida a etanol”, afirma Leandro Conde, diretor de Marketing e Comunicação da Case IH para a América Latina.
Para a São Martinho, o projeto reforça a estratégia de reduzir a pegada de carbono da produção agrícola. “A tecnologia tem potencial para transformar não só o setor sucroenergético, mas todo o agronegócio. O uso do etanol como combustível renovável está alinhado às nossas metas ambientais”, diz Fábio Venturelli, CEO da companhia.
Motores dedicados ao biocombustível
Os motores N67 Etanol, do trator, e Cursor 13 Etanol, da colhedora Austoft 9000, foram desenvolvidos para manter resistência e disponibilidade típicas da FPT Industrial, adicionando menor nível de ruído e uso de combustível renovável amplamente disponível. A fabricante avalia que o biocombustível representa uma solução prática para a descarbonização na América Latina, com impacto direto no custo total de operação (TCO).
“A região tem grande potencial em biocombustíveis. Nosso papel é transformar esse potencial em solução real e escalável para diferentes segmentos”, afirma Carlos Tavares, presidente da FPT Industrial para a América Latina.
Com o fim da colheita, o trator seguirá para testes em outras atividades, como preparo de solo e plantio, para aferir autonomia, durabilidade e desempenho em ciclos mais longos. A máquina também será avaliada em operações ligadas ao etanol de milho. A expectativa da Case IH é expandir a tecnologia para outras linhas, incluindo pulverizadores e colheitadeiras de grãos.
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