Preços do açúcar reagem no fim de novembro, mas ainda acumulam queda no mês
Cotações voltam à casa dos R$ 108 a saca após tocar mínima da safra; mercado segue pressionado por oferta elevada e avanço da moagem
O mercado doméstico de açúcar encerrou novembro com recuperação parcial nas cotações, após registrar, no dia 25, o menor valor da safra 2025/26. O Indicador CEPEA/ESALQ do cristal branco (Icumsa 130 a 180) atingiu R$ 105,52 por saca de 50 kg na terça-feira, mas reagiu nos dias seguintes e voltou ao patamar de R$ 108 no fechamento do mês. Apesar da retomada, o saldo mensal foi negativo: o indicador acumulou queda de 4,53% em novembro.
Segundo pesquisadores do Cepea, o movimento de desvalorização ao longo do mês reflete maior cautela dos compradores, que operam antevendo uma oferta crescente. O avanço da moagem e a manutenção de um ritmo robusto de processamento na região Centro-Sul ampliam a disponibilidade de açúcar no mercado interno.
A opção estratégica de parte das usinas por direcionar mais cana para a produção de açúcar, em detrimento do etanol, também contribui para pressionar os preços. Para os produtores, a combinação de cotações mais baixas e custos operacionais elevados mantém o ambiente desafiador.
Negócios pontuais marcam a reta final do mês
As transações com etanol hidratado e anidro seguiram pouco fluidas na última semana de novembro no mercado spot paulista. De acordo com o Cepea, distribuidoras concentraram-se nas retiradas de volumes já adquiridos, enquanto apenas algumas usinas permaneceram ativas nas negociações à vista.
Entre 24 e 28 de novembro, o Indicador CEPEA/ESALQ do etanol hidratado fechou em R$ 2,8653 por litro (líquido de ICMS e PIS/Cofins), leve alta de 0,35% frente ao período anterior. Para o etanol anidro, o indicador encerrou a R$ 3,3004 por litro, também líquido de impostos, avanço de 1,76% no mesmo comparativo.
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