Clima afeta produção de cana, mas preços da safra 2024/25 permanecem elevados
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Com a boa vantagem do biocombustível nas bombas, o desempenho das vendas de gasolina nos principais estados consumidores foi menor
A safra 2024/25 de cana-de-açúcar enfrentou desafios devido a condições climáticas desfavoráveis, impactando a produção. Apesar disso, o ritmo de moagem manteve-se semelhante ao da temporada anterior. Segundo dados da União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (UNICA), entre abril e 16 de novembro de 2024, foram processadas 582,61 milhões de toneladas de cana, volume 2,24% inferior ao registrado no mesmo período da safra passada.
No mercado de preços, os valores médios do etanol anidro e do hidratado, calculados pelos Indicadores CEPEA/ESALQ para o estado de São Paulo, mostraram estabilidade durante o período. As médias, entre abril e novembro de 2024, superaram os valores do mesmo intervalo de 2023/24 em 0,26% e 2,03%, respectivamente.
Ao longo da safra, os preços oscilaram, acompanhando movimentos pontuais de aumento na demanda por parte dos distribuidores, especialmente em períodos de maior procura pelo consumidor final. Fora desses momentos, as distribuidoras priorizaram compras já contratadas, afastando-se do mercado spot. No caso do etanol anidro, contratos de longo prazo predominaram, com apenas 9% do volume comercializado pelas usinas paulistas negociado no mercado spot, conforme dados do Cepea.
A competitividade do etanol frente à gasolina impulsionou as vendas do biocombustível nos postos, enquanto a comercialização de gasolina C recuou nos principais estados consumidores. No mercado externo, as exportações brasileiras de etanol somaram 1,73 bilhão de litros entre abril e novembro de 2024, uma queda de 5,62% em comparação ao mesmo período da safra anterior, de acordo com a Secex.
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