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Etanol hidratado inicia setembro com alta consistente, enquanto açúcar sofre desvalorização

Preço do biocombustível registra a sétima alta consecutiva, enquanto o açúcar cristal enfrenta retração devido à baixa demanda

O preço do etanol hidratado iniciou o mês de setembro com uma nova alta no mercado spot do estado de São Paulo, marcando a sétima semana consecutiva de avanço. Segundo levantamento realizado pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), o etanol hidratado foi cotado a R$ 2,7831/litro (líquido de ICMS e PIS/Cofins), o que representa um aumento de 1,52% em comparação ao período anterior. Já o etanol anidro registrou elevação de 1,96%, fechando o preço em R$ 3,1838/litro, também líquido de impostos.

Esse aumento no preço do etanol está sendo sustentado pela postura firme dos vendedores, que seguem oferecendo volumes reduzidos no mercado spot e têm perspectivas de novas elevações nos próximos meses. Outro fator que tem influenciado o aumento nos preços é o encerramento da moagem da safra 2025/26, que está se aproximando, e a produção acelerada em razão do clima seco ao longo da temporada.

De acordo com o Cepea, algumas usinas no estado de São Paulo já deverão encerrar suas atividades em outubro, o que deve reduzir a oferta e pressionar os preços para cima. O desempenho da moagem também é destacado pelo levantamento, que aponta um ritmo de colheita mais rápido devido à safra antecipada.

Açúcar cristal registra queda de preços com baixa demanda e pressão externa

Enquanto o preço do etanol hidratado segue em alta, o açúcar cristal enfrentou uma leve queda de preços no mercado paulista. De acordo com dados do Cepea, entre os dias 1º e 5 de setembro, o Indicador CEPEA/ESALQ para o açúcar cristal (Icumsa de 130 a 180) fechou a R$ 118,52/sc, com uma redução de 0,14% em relação ao período anterior.

Os pesquisadores do Cepea explicam que essa desvalorização foi impulsionada pela baixa demanda e pelo movimento de flexibilização nos preços por parte das usinas, que buscaram viabilizar as vendas. Além disso, a queda nos preços do açúcar demerara na Bolsa de Nova York (ICE Futures) fez com que os compradores brasileiros adotassem uma postura mais cautelosa, aguardando o desfecho do mercado interno paulista antes de realizarem novas transações.

A produção de açúcar nas usinas de São Paulo segue em um ritmo intenso, apesar da menor qualidade da cana. Dados da UNICA (União da Indústria de Cana-de-Açúcar) indicam que o estado de São Paulo produziu 2,368 milhões de toneladas de açúcar até a primeira quinzena de agosto, o que representa um aumento de 20,46% em relação ao mesmo período da safra passada. Esse elevado volume de produção se deve ao mix de produção mais voltado para o açúcar, já que 61,64% das 27,722 milhões de toneladas de cana processadas no estado foram destinadas à produção do adoçante.

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