Conversa com especialistas – Agronegócios Copercana
O segundo dia da edição on-line do Agronegócios Copercana (23/06) começou com um café, literalmente! Com patrocínio da FMC a live “Café com a Canaoeste” reuniu parte da equipe da associação que abordou vários assuntos de interesse dos produtores rurais.
A gestora técnica da Canaoeste, Alessandra Durigan, comentou um pouco sobre a atual safra canavieira. “Em relação ao volume de cana processada, estamos adiantados por conta das poucas chuvas de março para cá. Sobre a qualidade e ATR, o índice está maior em relação ao período anterior e também por conta das poucas chuvas. Com isso, a cana está estressada, o que leva a um amadurecimento mais rápido e maior quantidade de açúcar”, disse.
Os números de TCH nas áreas de atuação da Canaoeste também estão maiores. Alessandra cita como ponto de atenção o retorno rápido das chuvas para que o cenário continue positivo.
O engenheiro agrônomo André Volpe salientou que as chuvas dos meses de janeiro e fevereiro foram distribuídas acima da média; em março ficaram dentro da média, e nos meses de abril e maio tiveram uma queda acentuada. “Estamos sem chuva na região, o que impactará a safra no segundo semestre, podendo levar a um gap de produtividade”, observou.
Diante de um cenário de estiagem, é muito comum a incidência de incêndios rurais. “O setor sucroenergético e o setor público definiram alguns critérios que devem ser seguidos pelo produtor em sua lavoura. É importante o cumprimento de todos os critérios da portaria CFA-16 para evitar multas e processos”, lembrou o advogado e assessor jurídico da Canaoeste, Juliano Bortoloti.
“Entre eles estão os aceiros, que devem ter o mínimo de seis metros, além de estarem limpos, com a terra exposta. A Canaoeste também ajuda o produtor nessa e em outras ações como o Plano Integrado de Safra, monitoramento de focos de incêndios via satélite, PAM (Plano de Auxílio Mútuo), elaboração de mapa de risco, adesão ao protocolo Etanol Mais Verde e outros”, elencou Fábio Soldera, gerente de Geotecnologia da Canaoeste.
A qualidade da cana foi outro ponto abordado. Thiago de Andrade Silva, responsável pela Gestão de Soluções Integradas da associação, explicou que o fator qualidade foi instituído no Consecana no ano passado. “Isso teve um resultado expressivo para os produtores, um impacto de 57% de ganho na cana entregue às usinas. Dessa forma, o produtor recebe de forma justa e correta sobre a matéria-prima produzida”, frisou.
A reunião contou ainda com uma breve apresentação do gerente de Desenvolvimento de Mercado Cana da FMC, Leonardo Brusantim, que destacou o Programa Gennesis como uma ferramenta para ganhos de produtividade no canavial.
Trata-se de um programa de manejo que busca produtividade de maneira sustentável e focado em quatro pilares: stand do canavial, vigor, sanidade e eficiência. Entre os resultados para o produtor está a otimização de recursos com eficiência, rentabilidade e redução dos custos de produção”, contabilizou.
Na oportunidade, a FMC lançou a campanha de valorização do setor canavieiro “Onde tem cana, tem energia”.
O gestor corporativo da Canaoeste, Almir Torcato, também destacou a campanha “Juntos nossa cana é mais forte” e o aplicativo da associação, disponível nos sistemas Android e IOS.
Com o aplicativo, o associado tem acesso a todas as áreas da Canaoeste, acesso a mapas, informações sobre pragas, comunicações de incêndios e outras”, disse, ressaltando que o atendimento pode ser realizado ainda nas formas presencial e por telefone.
Fonte: Revista Canavieiros – Escrito por: Diana Nascimento