Programa de Boas Práticas e certificações – Corrigir e adubar o solo são Boas Práticas Agrícolas
Olá produtor, tudo bem?
Novamente estamos aqui para trazer informações importantes sobre as Boas Práticas Agrícolas. Dessa vez vamos falar a importância da correção e da adubação do solo.
Como foi dito em nossa última conversa sobre Conservação, o solo é um patrimônio da humanidade e é nossa responsabilidade mantê-lo agricultável para as novas gerações que virão. Segundo o último levantamento do IBGE, de 2019, 18% dos solos Brasileiros estão degradados e perderam seu potencial produtivo. As Boas Práticas Agrícolas, considerando a fertilidade do solo, quando realizadas de maneira satisfatória minimizam os riscos de degradação e garantem a longevidade do uso da terra.
A primeira boa prática que precisamos realizar, quando consideramos os temas de adubação e correção do solo, é a de identificar quais os tipos de solo e ambientes produtivos que temos em nossas propriedades. Dividir os talhões por ambiente e tipo de solo também é boa prática agrícola, e faz com que a correção e a adubação sejam realizadas de maneira que a variedade escolhida produza em seu maior potencial. A carta de solo é uma das ferramentas que permitem a classificação dos talhões da propriedade.
Após a classificação dos talhões em tipo de solo e ambiente e a escolha das variedades a serem plantadas, o próximo passo é fazer a análise de solo por talhão. A primeira etapa para análise de solo é a amostragem do solo e a orientação de como esta deve ser realizada. A amostragem é muito importante para que os resultados da recomendação condigam com a realidade. Posteriormente devem ser realizadas as análises químicas do solo em laboratórios especializados. A última etapa ocorre quando há a interpretação da análise de solo e a recomendação da correção e adubação realizada pelo agrônomo levando em consideração a análise, o ambiente e a variedade escolhida. O agrônomo vai utilizar das informações para corrigir o solo em relação ao pH e deixar disponíveis os macros e micronutrientes. Este último, por muitas vezes o produtor não considera na hora de realizar análise, deixando parcial o resultado da recomendação. Na nossa região existem solos com baixa disponibilidade de micronutrientes, e que pode fazer bastante diferença na colheita.
Além dos elementos, macro e micronutrientes, que são importantes para nutrição das plantas, a análise possui informações extremamente relevantes para que as plantas cresçam e se desenvolvam em seu maior potencial, como pH do solo, Al3+, Matéria Orgânica, CTC, V% etc. O agrônomo levará em consideração todos as informações para realizar a recomendação da correção e adubação.
Correções e adubações realizadas de maneira incorreta, ou seja, aquelas que não são baseadas em análise de solo prejudicam o desenvolvimento e a produtividade da cultura quando feitas abaixo do recomendado, ainda podem causar salinização, quando aplicados em maior quantidade que a recomendada recorrentemente, tornando o solo improdutivo e degradado, bem como a eutrofização do solo, que acontece quando excesso de nutrientes estimula o desenvolvimento de microrganismos que consomem rapidamente grande parte da matéria orgânica. Existem alguns casos que são irreversíveis ou o custo de recuperação do solo é inviável.
De fato, como boa prática agrícola devemos saber quais foram as últimas formulações de adubos utilizadas, a quantidade aplicada e quando foi aplicado na lavoura, bem como o que tem estocado na fazenda. Isto tudo permite ao produtor o planejamento da adubação e a otimização dos insumos remanescentes. O histórico de correções e adubações também auxilia em tomadas de decisões técnicas agronômicas.
Não podemos nos esquecer da calibração e manutenção das máquinas que distribuem o calcário e as formulações por pessoa qualificada. De que adianta seguir as boas práticas, conhecer o solo, amostrar e aplicar o recomendado e não executar a aplicação de maneira correta?
As perguntas que o produtor deve fazer para garantir as boas práticas em correção e adubação do solo são:
• Eu conheço meus tipos de solo e ambiente?
• Eu sei fazer amostragem de solo?
• Eu faço análise química de solo na reforma e a cada dois anos na soqueira?
• Eu baseio minha adubação conforme recomendação agronômica indicada pela análise de solo?
• Eu calibro minhas distribuidoras de adubo, calcário e gesso?
• Eu tenho o histórico das formulações aplicadas, quantidade de adubo aplicada e a data de aplicação nos últimos três anos?
• Tenho controle do meu estoque de adubo na propriedade?
O departamento agronômico da Canaoeste está disponível para garantir que o associado tenha seu solo corrigido e adubado da melhor maneira possível para que o produtor produza cana-de-açúcar em seu máximo potencial. Converse com um agrônomo da sua regional, se após esta autoanálise você identifica que precisa adotar boas práticas em correção e adubação do solo.
Entre em contato conosco através do telefone (16) 3946-3316.