Promovendo hoje o futuro sustentável que já bate a nossa porta
O agro mostrou sua força e contribuiu significativamente para a elevação do PIB (Produto Interno Bruto) no primeiro trimestre deste ano. O PIB do agro registrou alta de 21,6%. O desempenho extraordinário da agropecuária contribuiu com cerca de 1,7 ponto percentual para a alta de 1,9 % do PIB Nacional.
Os dados do IBGE contribuem para aumentar a percepção de que a tão anunciada frase de que o Brasil será celeiro do mundo está próxima de se tornar realidade.
Estima-se que, em 2050, a população mundial baterá a casa de 9,5 bilhões de pessoas. A Índia, em 2023, com 1,428 bilhão de pessoas, superou a China (1,425) como país mais populoso do mundo, o que estava previsto para acontecer só em 2027. Com tamanho crescimento populacional, aumenta também a insegurança alimentar, um mal que ronda diversas regiões no planeta, e poucos países reúnem as condições que o Brasil tem para produz ir alimento para tanta gente.
Nesse sentido, o Brasil caminha para ser o fiel da balança, na geopolítica mundial, em que a manutenção da paz poderá estar condicionada à probabilidade de se obter alimento para cada população, sem falar na transição energética e nos biocombustíveis. Enquanto a falta de opção para substituição dos combustíveis de origem fóssil aponta para a eletrificação, o Brasil tem o etanol da cana-de-açúcar, que tem tudo para se tornar o sinônimo mais perfeito de sustentabilidade.
Para atender a toda essa demanda, a nossa agricultura, que já vem avançando, ainda tem muito o que evoluir. E, para isso, faz-se necessária a constante busca de métodos que permitam o desenvolvimento sustentável. É primordial fazer da informação e do conhecimento as principais ferramentas para se alcançar esses objetivos, participando e promovendo networking de cultura, para que, com as diferenças, consigamos progredir tecnicamente, politicamente e, acima de tudo, socialmente.
O setor sucroenergético, ao longo dos últimos anos, vem se reinventando e passando por transformações necessárias na produção de cana. A evolução vem se solidificando desde o protocolo de produção, colheita mecanizada, eficiência e rendimento ao longo de todos esses anos.
O Brasil e suas políticas públicas e capacidades industriais em biocombustíveis e motores flex e híbridos tem servido como referência para as medidas que vêm sendo adotadas em outros países, como a Índia, por exemplo, que, seguindo o modelo brasileiro, vem alcançando substantiva descarbonização da matriz de transportes, gerando emprego, renda e riqueza.
Ainda existem inúmeros desafios a serem superados. O mundo, atualmente, enfrenta um conjunto de situações urgentes: degradação ambiental, diminuição da biodiversidade, mudanças climáticas e pobreza. Todos esses desafios, no entanto, podem ser enfrentados, em grande medida, por meio da agricultura, que deve ter como meta superar a produção, dependendo cada vez menos de recursos não renováveis.
Diante desse cenário, começa a aparecer um mundo de possibilidades como a bioeconomia: negócios focados em desenvolvimento através de uma base biológica com o menor impacto possível e processos seguros, limpos e com uma coerência ambiental.
Os microrganismos possuem funções importantes na natureza e, consequentemente, são imprescindíveis para a vida do ser humano na Terra. O equilíbrio e o uso de suas potencialidades fazem com que, de maneira natural, consiga-se corrigir o curso de determinado desequilíbrio.
Sua especificidade para o alvo pretendido e o baixo impacto em organismos não-alvo, o que leva a um baixo risco de resistência, faz em com que o manejo tenha um baixo impacto ambiental.
Nesse sentido, os insumos biológicos nada mais são do que derivados desses microrganismos, vegetais e outros componentes naturais ou orgânicos que podem ser usados como pesticidas naturais para controle de pragas e como estimulantes biológicos, capazes de promover maior crescimento, com a melhor absorção de nutrientes, lembrando que o agronegócio brasileiro está muito bem estruturado. Somos o único país que tem potencial de dobrar nossa produção, mantendo a preservação de 66 % do território nacional.
Dentro desse contexto, é necessário ressaltar a importância das instituições que servem de apoio aos produtores de cana, seja na orientação, no direcionamento e na implantação de uma nova cultura, que tem como premissa desenvolver a cadeia e que, além de antenada a esse novo modelo, entre como uma um agente facilitador de acesso a esse tipo de tecnologia.
Na Canaoeste, praticamos um modelo associativo de acesso à sustentabilidade. Há 78 anos em atividade, atendemos a mais de 90 municípios no estado de São Paulo, com 12 escritórios regionais. São mais de dois mil associados, que somam 3.500 propriedades e 40 unidades produtoras em mais de 120 mil hectares, somando sete milhões de toneladas de produção de cana-de-açúcar em 2022.
A associação entrega soluções voltadas ao dia a dia no campo. Um dos nossos pilares mais expressivos é o nosso suporte agronômico, buscando todo o amparo necessário para a lavoura dos associados. Disponibilizamos também apoio jurídico e ambiental. Acreditamos que, para a produtividade ser sustentável de verdade, é preciso entregar valores aos três pilares: economicamente viável, ambientalmente viável e socialmente viável.
Ainda na área de sustentabilidade, temos o programa de boas práticas e certificações, que oferece suporte aos associados para a manutenção de boas práticas agrícolas e preparação para as auditorias de certificações.
Temos consciência da existência desse movimento, muito forte e rigoroso, direcionando o setor para esse caminho de sustentabilidade e manejo biológico. Sabemos que, mais importante do que estar inserido nesse movimento, é ser um catalisador dos seus benefícios para os nossos associados. Dentro deste princípio, quero antecipar aqui que, para os próximos meses, teremos um grande lançamento que irá pavimentar o caminho para que nossa cadeia possa atingir a tão esperada sustentabilidade.
E fazemos isso tudo para você, nosso associado. Vamos caminhar juntos para esse futuro tão promissor!
Almir Aparecido Torcato – Gestor Corporativo
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