Excelência e dedicação ao associado!

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Você ainda não vê valor na sua associação?

De repente, a produtividade vai lá para cima, as estratégias de manejo e, principalmente, um trabalho intenso no canavial começam a dar resultados. Finalmente, a rentabilidade da operação atinge níveis que permitem o crescimento.

Nesse cenário chega o boleto da associação com um valor muito maior do que costumava pagar anteriormente, quando a produtividade estava lá no chinelo. Num raciocínio rápido, o produtor mensura o valor do que “usa” na entidade e compara com o que irá pagar. Conclui, então, que é melhor deixar de ser um associado.

O fato descrito acima vem acontecendo com mais frequência do que se imagina. Muitos produtores que prosperam logo resolvem se desvincular das associações, diminuindo o universo de trabalhos oferecidos e executados por elas. Um dos exemplos está dentro do Consecana-SP, onde cinco profissionais do mais alto nível de conhecimento técnico representam todos os fornecedores, inclusive os que não pagam associação. Vale lembrar que no Consecana-SP, há o Canatec, grupo que após cinco anos de trabalho intenso chegou à fórmula do fator de qualidade e que agora se debruçará para gerar o melhor cálculo possível de pagamento sobre a participação no RenovaBio.

E sabe quem paga os salários e dá toda estrutura para o grupo e os profissionais trabalharem? Somente os produtores que recolhem a taxa da associação. Mas a apropriação indevida dos que se julgam autossuficientes e acham que conseguem viver dentro de uma bolha não para por aí, eles ainda colhem os frutos do trabalho na área política, principalmente nas conquistas relacionadas às questões ambiental e econômica. As associações também apoiam os institutos públicos de pesquisa para desenvolverem não somente as variedades que todos usarão, mas também a implementação de técnicas revolucionárias como a meiosi através do uso de MPBs ou a matriz em terceiro eixo de colheita, por exemplo.

Numa analogia, dá para comparar o atual cenário do associativismo canavieiro mais ou menos como se os grandes tenistas do mundo decidissem se desvincular da ATP (entidade que briga pelo interesse dos esportistas frente aos outros atores como organizadores dos torneios, arbitragem, patrocinadores, redes de TV, entre outros) e mesmo assim manter todos os direitos intactos. Pela sustentabilidade do tênis profissional essa realidade dificilmente existirá, pois quem não estiver na ATP, não importando se é o Federer, o Nadal ou o Djokovic, simplesmente estará fora do circuito. Assim, sem choro nem vela.

A atualização do Consecana-SP e o surgimento do Renovabio são fortes indícios de que o diálogo entre as partes precisa ser mais ativo, e se ele realmente ganhar corpo será possível vislumbrar o dia em que quem não fizer parte de sua associação, também estará fora do circuito.

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