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Espécies da nossa Fauna

A biodiversidade da nossa fauna é um dos maiores tesouros naturais que temos, repleta de espécies únicas que desempenham papéis essenciais nos ecossistemas. Conhecer essas espécies é o primeiro passo para compreendermos a importância de preservá-las e garantirmos a continuidade de seu ciclo de vida.

Cada animal, desde os pequenos insetos até os grandes mamíferos, tem uma função crucial na manutenção do equilíbrio ambiental. Eles contribuem para a polinização, controle de pragas, dispersão de sementes e até para a regeneração dos solos.

Infelizmente, muitas dessas espécies estão ameaçadas devido à degradação ambiental, caça ilegal e destruição de habitats naturais. Conhecer e valorizar nossa fauna é, portanto, uma ação fundamental para a conscientização ambiental e para o engajamento na proteção desses seres incríveis.

Onça-Parda (Puma concolor)

Conhecida como Onça-Parda, Puma ou Suçuarana, esse felino é a espécie terrestre com a mais ampla distribuição geográfica das Américas, podendo ocupar vários tipos de ambientes. Pode medir em média 1,50 metros (sem a cauda) e pesar até 72 kg, apesar de já ter sido registrados machos com 110 kg.

São animais crepusculares/noturnos, ou seja, são ativos no final da tarde e começo da noite, tendo hábitos solitários. São estritamente carnívoros, podendo abater qualquer tamanho de animal. Considerada como “vulnerável” conforme a lista nacional do Instituto Chico Mendes de Conservação e Biodiversidade (ICMBio) e como “pouco preocupante” pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), a Onça-Parda vem sofrendo diminuição da população devido a diferentes fatores, como: caça esportiva, preventiva ou retaliação a predação de animais domésticos, perda de habitat e atropelamentos.

Caso fique frente a frente com esse animal, as orientações são as seguintes: A Onça-Parda raramente vai ao encontro de pessoas, porém manter distância é a melhor opção, aguardando que o animal siga seu caminho de forma natural. Caso a Suçuarana esteja próxima a sua residência, mantenha-se dentro da residência até o animal se afastar. No canavial é comum o hábito de encontrar filhotes e animais jovens, não os retire nem espante do local, avise as autoridades competentes ou aguarde até a mãe resgatar os seus filhotes, o que deve ocorrer durante a noite.

capivara

Capivara (Hydrochoerus hydrochaeris)

A capivara é o maior roedor do mundo. Quando adultos, podem atingir até 100 kg, seu comprimento varia de 106 a 134 cm. São animais que possuem uma pelagem longa e grossa, variando nas cores, de um marrom-avermelhado até um marrom-amarelado.

Uma característica excepcional são suas patas, contam com quatro dedos nas patas dianteiras e três nas traseiras, os quais são revestidos por uma membrana interdigital, que auxiliam os movimentos do animal na água. Como todos os roedores, as capivaras também possuem dois dentes incisivos protuberantes.

O animal é encontrado em toda a América do Sul, e em todo o território brasileiro, se adaptando super bem a ambientes modificados pelos homens. Seu comportamento da espécie é extremamente dócil, ao menor sinal de perigo, se lançam na água e mergulham, podendo ficar até cinco minutos submersos.

As capivaras formam grupos sociais, podendo conter até 40 indivíduos, dominados por um macho alfa. São ativas em qualquer hora do dia, mas mais ativas das 16 horas, até o início da noite.

São totalmente herbívoros, alimentando-se basicamente de capim. Se reproduzem todos os anos (até duas vezes), gerando uma média de oito filhotes por gestação. Cada gestação desses animais dura 16 semanas.

Na questão de extinção, essa espécie é classificada como pouco preocupante pela lista nacional do ICMbio.

Cachorro-do-Mato (Cerdocyon thous)

O conhecido Cachorro-do-Mato mede cerca de 57 a 77 centímetros de comprimento. Podem pesar de 4,5 a 8,5 kg, a pelagem do animal tem a coloração cinza-clara, podendo variar em alguns indivíduos da espécie. Possuem hábitos noturnos e crepusculares, quase sempre vagando em duplas ou solitários.

Esses animais são encontrados em uma grande parte da America Latina, no Brasil, cobrem quase todo o território, exceto uma grande parte da floresta amazônica, área em que ocorre uma outra espécie, o Cachorro-do-Mato-de-Orelha-Curta (Atelocynus microtis).

São animais onívoros, sua dieta inclui frutos, animais de pequeno porte, insetos, anfíbios, caranguejos, aves e carniça.

Considerado pouco preocupante tanto pela lista do ICMBio quanto pela IUNC, o Cachorro-do-Mato por conseguir viver próximo de áreas urbanizadas, é uma constante vitima de atropelamentos em todo o Brasil.

Esses animais são inofensivos, nunca registrados ataque a humanos. O mais certo de se fazer é manter a distância, não fazer contato e acionar as autoridades competentes.

Gambá (Didelphis albiventris)

Ocorre nos Campos Sulinos, Caatinga, Cerrado, Pantanal e Mata Atlântica, se adequando muito bem em áreas de produção rural e urbanas (abrigando-se em forros e em terrenos baldios).

Esses animais pesam de 500 g a 2,75 kg e podem medir de 30 a 44 cm de comprimento. As fêmeas são sempre maiores que os machos. A coloração varia muito, de indivíduos escuros até quase brancos, mas normalmente são cinza-claros, com as orelhas esbranquiçadas. As características são as mesmas dos seus parentes, Gambá-de-Orelha-Preta (Didelphis aurita).

Possuem hábitos predominantemente noturnos, abrigando-se, durante os dias, em locais escuros. São excelentes escaladores, vivendo a maior parte do tempo em cima das árvores. São animais de hábitos solitários, exceto na época reprodutiva.

Em relação à alimentação, os gambás são onívoros, comendo desde pequenos animais, principalmente insetos e frutos, sementes, cobras, escorpião, entre outras coisas. São bem vistos quando estão nas áreas de produção, pois auxiliam no controle natural de animais peçonhentos.

Uma característica curiosa sobre os Gambás é que eles são marsupiais, assim como os cangurus da Austrália, ou seja, as mães carregam seus filhotes no marsúpio durante 46 dias aproximadamente.

São considerados como “pouco preocupante” tanto na lista nacional do ICMbio quanto da IUCN. Os principais casos de morte desses animais são atropelamentos. Porém, correm bastantes riscos quando invadem as propriedades rurais ou residências, sendo sempre confundidos com ratos. A diferença entre esses dois animais é o tamanho, sendo bem fácil a diferenciação.

Em situações frente a frente, devemos manter a distância, não são comuns ataques a humanos, entretanto, quando ameaçados podem reagir, ainda mais se tiverem com filhotes. A melhor opção é comunicar as autoridades responsáveis, para que eles possam ser retirados e levados para seus habitats naturais.

Lobo-Guará (Chrysocyon brachyurus)

O lobo-guará é endêmico da América do Sul, ou seja, é encontrado apenas na parte inferior do continente americano. São comumente encontrados em habitats com a maior proporção de gramíneas e arbustos, com árvores bem espaçadas, como os biomas do Cerrado e Pampas. Porém, é possível encontrá-los em outras reuniões como Pantanal e Mata Atlântica.

São os maiores membros da família Canidae (mesma família dos cachorros) na América do Sul. Seu nome científico significa, “cachorro dourado da cauda curta”, pela cor da sua pelagem. O termo “Guará” vem do Tupi, que significa “pelo de penugem”.

Os indivíduos podem atingir entre 95 e 115 cm de comprimento, pesando entre 20 a 36 kg. Possuem pelagem que varia de vermelho-dourado ao laranja, sendo que a parte da crina, das patas e do focinho são pretos, além de uma mancha branca na garganta. Possui um corpo esguio, com pernas longas e finas, sendo uma característica marcante da espécie.

Com hábitos noturnos, o maior pico de atividades é no crepúsculo e na alvorada, contudo esse comportamento varia conforme a temperatura e umidade. Para demarcar seu território, o lobo, urina e defeca em locais bem visíveis, encontrados com facilidade nas áreas em que ocorre. São considerados onívoros, variando de frutos, insetos, até presas maiores.

Também são comumente encontrados em áreas de lavouras em busca de presas, como pequenos mamíferos e aves. Dentre a alimentação da vegetação, um fruto importante para a sua dieta é a Lobeira (Solanum lycocarpumI).

Considerado como “quase ameaçado de extinção” pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), esses animais são afetados por três ameaças principais, sendo elas, descaracterização ambiental/perda de habitat, caça e atropelamentos.

Eles não apresentam riscos para os seres humanos. São muito cuidadosos e acanhados, se afastando em qualquer sinal de perigo. A melhor forma de conduzir uma situação de confronto com o lobo é manter a distância e acionar as autoridades competentes.

Tatu-Galinha (Dasypus novemcinctus)

O Tatu-Galinha, conhecido também como Tatu-Folha e Tatu-Nove-Bandas, são parentes próximos dos tamanduás e preguiças, se diferenciando pela articulação das pernas traseiras, podendo se manter de pé com apoio do rabo. Os tatus da família Dasypus são bem fáceis de identificar, possuem escudo dérmico, visivelmente semelhante às escamas, que forma uma carapaça visando proteger o animal de predadores e vegetação. Em comparação os outros espécimes da família, o Tatu-Galinha é o segundo maior e possui geralmente nove cintas móveis e pele macia, o que confere flexibilidade ao animal.

Possui um corpo de 39 a 58 cm, pesando cerca de 3 a 4 quilos, vivendo em média 22 anos. Possuem hábitos fossoriais, isso é animal adepto a escavar o solo e viver em baixo dele. São mais ativos no fim da tarde e no início da manhã, podendo ser visto a noite e durante o dia, dependendo da temperatura do dia. A alimentação desses animais fica restrita a pequenos invertebrados, podendo se alimentar de partes de vegetais, ovos e carniça.

Os Tatus-Galinhas é a espécie de tatus mais distribuída no Brasil, encontrado em todas as regiões e biomas do país. Além da caça, os atropelamentos são as principais causas de mortes envolvendo a espécie. Entretanto, esses animais não estão na lista de animais ameaçados de extinção.

Esses animais são inofensivos, nunca registrados ataque a humanos. O mais certo de se fazer ao se deparar com um é manter a distância, não fazer contato e acionar as autoridades competentes.

Quati (Nasua nasua)

O corpo do Quati mede em média 73 a 136 cm, podendo pesar até 14 kg. O formato da cabeça é triangular, com orelhas pequenas e arredondadas e focinho estreito. A coloração da pelagem varia do marrom ao avermelhado, apresentando cauda com listras escuras em formato de anel.

Ocorrem em todo o Brasil com uma ampla distribuição pelo país, tendo como habitat a floresta amazônica, mata atlântica, caatinga, savanas (cerrado) e montanhas.

Possuem uma alimentação variada, considerado onívoro. Vivem em média 17 anos. O status de conservação da espécie se encontra como não ameaçado. São animais que vivem em bandos, apesar dos machos terem uma vida solitária. São conhecidas duas espécies de Quatis no mundo todo, o Nasua nasua, na América do Sul e o Quati-de-focinho-branco, na América do Norte e Central.

Esses animais são inofensivos, porém curiosos. O mais certo de se fazer ao se deparar com um Quati é manter a distância, não fazer contato e acionar as autoridades competentes.

Jaguatirica (Leopardus pardalis)

A jaguatirica ocorre em grande área, estando presente em todos os biomas do Brasil, povoando mais de 80% das áreas do país. A jaguatirica possui de 72 a 100 cm de comprimento, podendo chegar até 15,5 kg. Muitas vezes são confundidos com filhotes de onça-pintada, por conta da sua aparência e seu tamanho.

A espécie possui hábitos crepusculares/noturnos, podendo ser vista também de dia, normalmente caçando aves. As jaguatiricas são ótimas nadadoras, solitárias e territoriais, podendo gerar grandes conflitos entre membros da mesma espécie.

No seu cardápio restrito a carne, a jaguatirica se alimenta de pequenos roedores, peixes, gambás, tatus, cotias, coelhos, entre outras espécies. Como a maioria dos felinos, a jaguatirica esconde a carcaça do animal abatido para se alimentar depois. O modo de caça desses animais costuma ser bem peculiar, podendo o animal ficar imóvel de 30 a 60 minutos à espreita de sua presa.

Classificada como “pouco preocupante” atualmente, a espécie sofreu vários danos por conta do comércio ilegal de pele, perdendo 200 mil animais entre 1960 a 1970.

Caso fique frente a frente com esse animal as orientações são as seguintes: A jaguatirica raramente vai ao encontro de pessoas, porém manter distância é a melhor opção, aguardando que o animal siga seu caminho de forma natural. Caso esteja próximo a sua residência, mantenha-se dentro da residência até o animal se afastar.

Irara (Eira barbara)

Conhecida também como Papa-mel, a Irara ocorre em toda a América Latina, no Brasil ocorre em todas as regiões e biomas. Os indivíduos dessa espécie possuem corpo esguio, patas curtas e uma cauda comprida e peluda, podendo medir até 71 cm e pesar entre 3 e 7 kg. A coloração varia de um marrom escuro ao preto no corpo todo, da cabeça ao pescoço castanho-claro ou acinzentado. Existe uma mancha alaranjada ou bege na garganta característica da espécie, formando algo como um “babador”.

São animais solitários com hábitos diurnos, possuindo grandes habilidades de nadar, correr e escalar. Consome tudo o que encontram, sendo considerados onívoros, utilizam o olfato como ferramenta.

O nível de conservação do Papa-mel é “pouco preocupante” segundo os dados do ICMBio e IUCN. As principais ameaças são os desmatamentos e degradação dos habitats.

Queixada

Queixada (Tayassu pecari)

Os queixadas ou porco-do-mato, são animais presentes em todo o território brasileiro, exceto em algumas regiões do Nordeste do país. Quando adultos, podem medir até 113 cm de comprimento e pesar até 40 kg. A pelagem varia de um castanho-acinzentado a preto. Os queixadas se diferenciam dos catetos (Pecari tajacu) por conta de uma mancha branca na região da mandíbula que vai até o focinho, nos catetos essa mancha forma um colar branco em volta do pescoço.  Podem ser confundidos também com javalis e porcos-monteiros, que são espécies exóticas/invasoras, bem diferentes e pertencentes a outra família.

Com hábitos predominantemente diurnos, esses animais vivem em grupos de mais ou menos 300 indivíduos, se defendendo do perigo juntos. Os queixadas possuem a necessidade de estarem próximos a florestas e com muita disponibilidade de água, sendo também sensíveis a mudanças no ambiente. Para se comunicar com o grupo, a espécie possui várias vocalizações como bater de dentes. Demarcam território com uma glândula presente no corpo do animal.

São considerados “vulneráveis” para o estado de conservação tanto pelo ICMBio e IUCN. Na Mata Atlântica e no Cerrado as populações de queixadas são consideradas como “criticamente ameaçada” e “em perigo”, respectivamente. A principal causa desse estado é a caça e a perda de habitat.

Esses animais são altamente territorialistas, entretanto não costumam atacar. O bater de dentes funciona inicialmente como um aviso, se continuar a desrespeitá-los, provavelmente irão se defender. Os queixadas possuem dentes bem afiados e todo o grupo defenderá o bando, por isso, o mais certo de se fazer é manter a distância, não fazer contato e acionar as autoridades competentes.

Veado-Catingueiro (Mazama gouazoubira)

O Veado-Catingueiro tem coloração variando entre o avermelhado e cinza, podendo apresentar coloração mais clara no ventre e manchas brancas acima dos olhos. Pode chegar a pesar até 25 kg e medir até 105 cm. Possuem chifres ramificados atingindo em média o tamanho de 12 cm. É comumente confundido com o Veado-Mateiro (Mazama americana).

Ocorrem em grande parte do país, em biomas como o Pantanal, Mata Atlântica, Cerrado, Pampas e Caatinga. Possuem hábitos diurnos e solitários, são tímidos e esquivos, pois são presas de diversos predadores. Esses animais se alimentam de basicamente frutos, folhas e flores. Os filhotes nascem com manchas brancas no corpo todo, para facilitarem na camuflagem e desaparecem no sexto mês de idade.

Em relação ao estado de conservação são considerados como “pouco preocupantes” tanto pelo ICMBio e IUCN, tendo como pericial ameaça a caça.

Esse animal não apresenta risco para os seres humanos. São muito cautelosos, se afastando em qualquer sinal de perigo. A melhor forma de conduzir uma situação de confronto é mantendo distância e acionando as autoridades competentes.

Tamanduá (Myrmecophaga tridactyla)

O Tamanduá-Bandeira é um animal de grande porte, podendo chegar a medir até 120 cm de corpo e 90 cm de cauda. Possui cor cinza-acastanhada, com uma banda lateral que sobe do peito em direção ao dorso, margeada por duas faixas brancas. Com focinho comprido e a boca na extremidade, o comprimento da sua língua pode chegar a 60 cm. Possui garras grandes e fortes e uma cauda grande e peluda, lembrando uma bandeira, origem do nome. Sua distribuição pelo Brasil é bem vasta, exceto no sul do país.

Sua dieta consiste em cupins e formigas, porém pode consumir besouros e outros insetos, tem a língua coberta com uma camada de muco, utilizada para capturar suas presas e suas unhas para abrir os formigueiros e cupinzeiros. O tamanduá chega a consumir até 30 mil formigas/cupins em um único dia.

Por conta dos atropelamentos, incêndios e caça, esses animais estão classificados como “vulneráveis” na lista do ICMB quanto na da IUCN.

O Tamanduá não apresenta riscos para os seres humanos. São muito cuidadosos e acanhados, se afastando em qualquer sinal de perigo. A melhor forma de conduzir uma situação de confronto Tamanduá-Bandeira é manter a distância e acionar as autoridades competentes.

Bugiu-Preto (Alouatta caraya)

O bugio ocorre no nordeste da Argentina, no leste do Paraguai e na Bolívia.

No Brasil, ocorre nas regiões sudoeste, sul e central do Brasil, nos biomas Cerrado, Pantanal e Pampa.

Esses primatas apresentam um dimorfismo sexual muito aparente. Os machos são totalmente pretos e as fêmeas são bege/castanho. Os bugios estão entre os maiores primatas do novo mundo: os machos podem pesar até 7 kg e as fêmeas, 4,5 kg.

Esses animais são conhecidos pela sua forte vocalização, podendo ser ouvidos a até 5 quilômetros de distância, o que é usado para demarcação de território. São encontrados sempre em grupos, sempre com um macho dominante, algumas fêmeas e jovens. Passam a maior parte da sua vida nas árvores, descendo pouco ao chão, apenas para beber água e passar de um fragmento de mata para outro.

Sua dieta é composta por folhas, podendo se alimentar de flores e de frutos. Essa dieta faz com que sejam animais que se adaptam muito bem à mudança de ambiente, porém é muito pobre em proteínas, fazendo com que eles não se movimentem muito. Com isso, sua espécie é classificada como “pouco preocupante” no Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

O bugio não representa muitos riscos aos seres humanos, porém, ao ouvir sua vocalização, o ideal é manter distância e acionar as autoridades competentes.

Fonte: https://oncafari.org/especie_fauna/bugio-preto/

Cutia (Dasyprocta azarae)

As cutias, conhecidas também como cotias, possuem uma distribuição restrita às regiões Centro-Oeste, Sul e Sudeste do Brasil, assim como no Paraguai e na Argentina.

São animais pequenos, medindo cerca de 50 centímetros e pesando até 5 quilos. O corpo é repleto de pelos não espinhosos, cauda reduzida ou ausente e patas posteriores com três dígitos. Podem ser encontradas em florestas, no Cerrado ou na Caatinga e utilizam sempre as mesmas trilhas e áreas para dormir e se alimentar.

Alimentam-se de frutos, brotos, sementes e raízes. Possuem o hábito de estocar alimento para o período de escassez, enterrando o alimento longe de onde o capturaram. Muitas vezes, as cutias esquecem onde a comida foi enterrada e, por conta disso, transformam-se em importantes disseminadoras de sementes.

De acordo com a lista brasileira do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), a cutia se encontra classificada como espécie “pouco preocupante”. As cutias não apresentam riscos para os humanos, são extremamente ágeis e, a qualquer sinal de perigo, se afastam.

Fonte: https://oncafari.org/especie_fauna/cutia/

Tamanduá-mirim (Tamandua tetradactyla)

O tamanduá-mirim tem esse nome por conta do seu tamanho em relação ao tamanduá-bandeira. É conhecido também como tamanduá-de-colete, por conta do desenho da sua pelagem. Essa espécie está presente em toda a América do Sul. No Brasil, é encontrada em toda a extensão continental e em todos os biomas.

É um animal de médio porte, chegando a medir até 1,45 metro, pesando 7 kg. Possui uma pelagem muito característica, com coloração amarelo-pálida, como um “colete” preto. Seus membros dianteiros são desenvolvidos, com garras bem afiadas, em forma de gancho. Os dentes são ausentes, porém a língua pode chegar a até 40 centímetros de comprimento.

Pode ser encontrado tanto nas árvores quanto no chão, sendo mais ativo durante o dia. Quando se sente ameaçado, senta sobre as patas traseiras, abrindo braços em forma de cruz, parecendo maior, com o objetivo de intimidar o agressor. Sua dieta consiste, basicamente, de cupins e formigas, mel e abelhas.

São animais considerados espécie “pouco preocupante” pela lista da International Union for Conservation of Nature (IUCN) e pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). O tamanduá-mirim não apresenta riscos para os seres humanos. É um animal muito cuidadoso e acanhado, afastando-se a qualquer sinal de perigo. A melhor forma de conduzir uma situação de confronto com um tamanduá é manter distância e acionar as autoridades competentes.

Fonte: https://oncafari.org/especie_fauna/tamandua-mirim/

Paca (Cuniculus paca)

No Brasil, a paca pode ser encontrada em todo o território nacional, abrangendo todos os biomas brasileiros. É um roedor de grande porte, ficando atrás apenas da capivara. Pode medir até 70 centímetros de comprimento e pesar até 15 quilos. Sua coloração varia da pelagem avermelhada até o cinza-escuro. A marca registrada da espécie são as manchas brancas nas laterais do corpo. São animais noturnos e ótimos nadadores, possuindo um fôlego incrível.

Alimentam-se de frutas, folhas, raízes e sementes.

O seu estado de conservação enquadra-se como “pouco preocupante”, mesmo que a caça ilegal pela espécie seja uma das mais ativas, por conta da sua carne e do seu valor no mercado ilegal. Atualmente, no Brasil, já existem criadouros comerciais autorizados para a criação desses animais para fins comerciais, estratégia essa para diminuir a caça. Caso fique frente a frente com esse animal, a orientação é a seguinte: a paca raramente vai ao encontro de pessoas, porém manter a distância é a melhor opção.

Lontra (Lontra longicaudis)

A lontra, ou lontra-neotropical, ocorre desde o México até a Argentina.

No Brasil, ocorre em todos os biomas, menos na Caatinga e em regiões mais áridas. É um animal de médio porte, podendo medir até um metro e meio de comprimento e pesar até 15 kg. A pelagem possui a cor marrom-escura.

Possui hábitos predominantemente diurnos, vivendo sempre nas proximidades de locais com água. Não forma grupos grandes e, na maioria das vezes, os casais ficam junto dos filhotes.

A alimentação é totalmente carnívora, composta de peixes e crustáceos. As lontras capturam suas presas na água e se alimentam nas margens. Atualmente, as lontras se enquadram como “quase ameaçadas” pelas listas nacional e internacional (ICMBio e IUCN). As lontras, assim como as ariranhas, não apresentam riscos para os humanos, são extremamente ágeis e se jogam na água a qualquer sinal de perigo

Cachorro-Vinagre (Speothos venaticus)

O cachorro-vinagre, ou cachorro-do-mato-vinagre, ocorre no Brasil, nos biomas Amazônia, Mata Atlântica, Cerrado e Pantanal, tendo sido recentemente visualizado na Caatinga, fora da área de ocorrência da espécie.

Esses canídeos costumam viver em bandos de até 12 indivíduos. Possuem coloração castanho-avermelhada, de onde deriva o nome popular da espécie. Medem cerca de 75 cm e podem chegar a até 8 quilos. Uma característica marcante na espécie é uma membrana interdigital em seus dedos, o que facilita a locomoção na água.

Vivem comumente em florestas, perto de fontes de água, saindo durante o dia e dormindo em suas tocas durante a noite. Os cachorros-do-mato- vinagre possuem uma peculiaridade: ao marcar seus territórios, apoiam-se nas duas patas dianteiras, erguendo o tronco e as duas patas traseiras, conseguindo, assim, uma altura bem maior.

A espécie é considerada “quase ameaçada” pela lista da International Union for Conservation of Nature (IUCN), porém, no Brasil, é considerada “vulnerável” pela lista do ICMBio. Para os seres humanos, o cachorro-vinagre é inofensivo. O mais certo a se fazer, ao encontrar um desses espécimes, é manter a distância, não fazer contato e acionar as autoridades competentes.

Fonte: https://oncafari.org/especie_fauna/cachorro-vinagre/

Veado-mateiro (Mazama americana)

O veado-mateiro ocorre em toda a América do Sul, desde a Venezuela até o norte da Argentina, e em praticamente todo o Brasil. O animal chega a pesar até 50 quilos e a medir até 145 centímetros.

Possui hábitos diurnos e solitários. É encontrado quase sempre em regiões de florestas, próximo à água, pois os veados-mateiros são exímios nadadores. Alimentam-se de frutos, sementes, fungos, flores e brotos, podendo comer folhas e gramíneas em época de escassez de alimento.

Os filhotes do veado-mateiro nascem com listras brancas irregulares distribuídas pelo dorso, enquanto o animal adulto possui uma coloração avermelhada por todo o corpo, com manchas brancas apenas debaixo da cauda e nas orelhas.

Seu status de conservação é classificado como “dados insuficientes” pela lista da International Union for Conservation of Nature (IUCN) e pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Esse animal não apresenta risco para os seres humanos, pois é muito cauteloso, afastando-se a qualquer sinal de perigo. A melhor forma de conduzir uma situação de confronto é mantendo distância e acionando as autoridades competentes.

Tatu-peba (Euphractus sexcinctus)

O tatu-peba ou tatu-peludo ocorre no leste da Bolívia, no Paraguai, na Argentina e no Brasil. No território nacional, está presente nos biomas Pantanal, Pampa, Mata Atlântica, Cerrado, Caatinga e na porção leste da Amazônia.

Pode chegar a medir 40 centímetros e pesa entre 3,6 e 6,5 quilos. Sua coloração com vários pelos esbranquiçados. Sua cabeça tem formato de cone, achatada na parte superior. Sua visão é bem ruim, entretanto seu olfato é muito apurado. A espécie possui duas glândulas que disparam um odor característico, utilizado para demarcar território e atrair parceiros sexuais.

São animais onívoros, alimentando-se com frutos, insetos, pequenos répteis, anfíbios, roedores e, ocasionalmente, carniças. Possuem hábitos diurnos, solitários e semifossoriais e vivem em tocas em formatos de “U”.

Seu estado de conservação é considerado “pouco preocupante” na lista nacional, ICMBio, e na internacional, IUCN. Esses animais são inofensivos; nunca foi registrado ataque a humanos. O mais certo a se fazer, ao se deparar com um, é manter distância, não fazer contato e acionar as autoridades competentes.

Tapiti (Sylvilagus sp.)

O tapiti, coelho silvestre ou coelho brasileiro, ocorre em todo o território brasileiro, em todos os biomas. Pode medir entre 21 e 40 centímetros, pesando até 1,2 quilo. Possui orelhas pequenas e coloração pardo-amarelada.

Essa espécie tem hábitos noturnos e solitários. Durante o dia, o tapiti fica escondido em tocas de outros animais, debaixo de pedras ou em tocos ocos.

Sua alimentação é baseada em frutos, brotos e talos de vegetais. Uma das características marcantes dessa espécie é a reprodução: a gestação dura, em média, entre 28 e 44 dias, com a fêmea dando à luz entre um e seis filhotes.

O tapiti é muito importante ecologicamente. O coelho brasileiro serve de alimentos para vários animais, garantindo a sobrevivência das espécies, como onças-pardas, jaguatiricas e serpentes. Seu estado de conservação é considerado “pouco preocupante” tanto pela lista nacional (ICMBio) quanto pela internacional (IUCN). O tapiti não apresenta riscos para os humanos, pois é extremamente ágil e, a qualquer sinal de perigo, afasta-se.

Mão-pelada (Procyon cancrivorus)

O mão-pelada, conhecido popularmente como guaxinim, ocorre em uma grande área, desde a Costa Rica até o sul da América do Sul. No Brasil, está em todo o território nacional, em todos os biomas.

O guaxinim pode chegar a medir 95 centímetros e a pesar até 8 quilos. Possui uma pelagem densa, acinzentada, quase negra. Ao redor do rosto, possui uma “máscara” negra, além de uma cauda anelada.

Guaxinins são animais de hábitos noturnos, geralmente associados a corpos d’água. Seu nome popular deriva da ausência de pelos nas suas patas dianteiras e pelo sentido tátil muito desenvolvido.

Seu estado de conservação é considerado como “pouco preocupante” pela IUCN e pelo ICMBio. A principal ameaça à espécie é a caça ilegal, por conta da sua valiosa pele. Esses animais são inofensivos, porém curiosos. O mais certo de se fazer, ao se deparar com um guaxinim, é manter distância, não fazer contato e acionar as autoridades competentes.