Açúcar bruto avança na ICE com investidores de olho no petróleo e no real
Os preços do açúcar bruto na ICE avançaram nesta terça-feira (5), com investidores avaliando os últimos movimentos do real e com reflexos de um rali nos preços do petróleo, desencadeado pela flexibilização dos “lockdowns” em alguns países.
O contrato julho do açúcar bruto fechou em alta de 0,38 centavo de dólar, ou 3,7%, a 10,78 centavos de dólar por libra-peso, depois de recuar 5,2% na segunda-feira, quando devolveu metade dos ganhos da semana passada.
Os preços do petróleo voltaram a subir diante de expectativas de uma recuperação no tráfego de veículos e na demanda por combustíveis, à medida que alguns países da Ásia e da Europa, bem como diversos Estados norte-americanos, começam a flexibilizar os “lockdowns” causados pelo coronavírus.
Um operador disse que ainda será visto se o relaxamento das restrições e os cortes de produção de petróleo terão grande impacto sobre a fabricação de etanol no Brasil, embora isso deva ao menos sustentar o açúcar ao redor de 10,50 centavos.
O Brasil deve produzir 35,3 milhões de toneladas de açúcar em 2020/21, alta de 18,5% em relação à safra anterior, à medida que usinas alocam mais cana para a fabricação do adoçante, em detrimento do etanol, estimou a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
O açúcar branco para agosto avançou 15,60 dólares, ou 4,6%, para 357,70 dólares por tonelada.
Marcelo Teixeira e Maytaal Angel
Fonte: NovaCana