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Açúcar Global: estimativa é de superávit menor em 2024/25

Brasil assume papel central enquanto Ásia enfrenta desafios produtivos

O mercado global de açúcar segue com um superávit reduzido para a safra 2024/25, estimado em apenas 0,26 milhões de toneladas. A frustração produtiva na Índia e ajustes nas estimativas para a Tailândia levaram a um cenário praticamente neutro. De acordo com a consultoria StoneX, o Brasil, agora, assume um papel fundamental na definição do equilíbrio global, uma vez que os principais produtores asiáticos já se encaminham para o encerramento de suas safras.

Os estoques finais de açúcar devem atingir 77,2 milhões de toneladas, um aumento modesto em relação ao ciclo anterior. Com um crescimento de 0,7% na demanda global, a relação estoque/uso deve apresentar uma leve queda de 0,2 pontos percentuais, ficando em 39,9%.

As projeções iniciais para 2025/26 já indicam uma possível supersafra na Índia, além da continuidade da oferta robusta por parte do Brasil. Esses fatores podem resultar em um superávit mais expressivo no próximo ciclo, dependendo do comportamento das exportações e das condições climáticas.

Panorama Regional

Ásia

A Índia enfrenta um declínio de 13,9% na produção em comparação com a safra anterior, resultando em uma estimativa revisada de 26,5 milhões de toneladas – volume inferior ao consumo doméstico. Já na Tailândia, a moagem abaixo das expectativas reduziu a previsão de produção para 10,88 milhões de toneladas. Por outro lado, a China registrou um crescimento significativo de 22%, atingindo 11,4 milhões de toneladas, impulsionada por uma safra recorde de beterraba.

Europa

A produção na União Europeia cresceu 7,1%, alcançando 17,6 milhões de toneladas. O aumento das exportações para mercados como Oriente Médio e Norte da África reforça o desempenho positivo do bloco. No entanto, já há sinais de uma possível redução na área plantada de beterraba para 2025/26, o que pode impactar a produção futura.

Américas

No Brasil, o clima seco no início de 2025 trouxe incertezas, mas a moagem no Centro-Sul deve alcançar 608,5 milhões de toneladas. A produção de açúcar foi revisada para 41,3 milhões de toneladas, consolidando-se como a segunda maior da história. Já no México, apesar de uma moagem 5,7% menor até o momento, a produtividade melhorou, podendo favorecer as exportações.

Austrália e América Central

A Austrália enfrenta sua menor produção desde 2011/12, com apenas 3,9 milhões de toneladas. Enquanto isso, na América Central, a produção deve permanecer próxima aos níveis de 2023/24.

Tendências para o mercado global

O fluxo comercial global de açúcar segue ajustado. A frustração produtiva na Ásia adiou parte da demanda por importações para o segundo trimestre de 2025. No curto prazo, o mercado mantém uma tendência mais equilibrada, com um superávit no primeiro trimestre sendo compensado por um balanço mais apertado no segundo.

A partir do terceiro trimestre de 2025, o Brasil deverá entrar com uma oferta robusta para exportação, aliviando os fluxos da commodity e potencialmente influenciando os preços globais. Já para 2025/26, as projeções otimistas para a Índia podem ampliar ainda mais o superávit global, consolidando um cenário de maior disponibilidade do produto no mercado internacional.

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