“Agricultores do futuro” visitam biofábrica da Canaoeste
No laboratório os estudantes puderam acompanhar as etapas dos processos de produção e análise dos microrganismos
Estudantes de Pontal e Pitangueiras, tiveram no último dia 14 de setembro, a oportunidade de conhecer o funcionamento do laboratório e demais dependências da fábrica de bioinsumos da Canaoeste. Em parceria com instituições de ensino, inseridas no programa “Jovem Agricultor do Futuro”, a Associação vem promovendo visitas monitoradas em suas dependências.
O gestor da biofábrica, André Volpe apresentou toda a unidade, explicando aos alunos sobre os detalhes e funcionamento, falando sobre os impactos provocados pelas pragas no canavial e sobre os primeiros produtos gerados na biofábrica para combatê-las. Tanto o CanaBoveBio e CanaMetaBio baseados respectivamente no beauveria e metarhizium.
Volpe também falou da estrutura da biofábrica, que tem uma capacidade de produção estimada entre 100 e 120 mil litros/ano. Temos 2 biorreatores, um pré-inóculo de 200 litros e um biorreator para produto final de 2.000 litros.
Maysa Correa Cardoso, analista de microbiologia, apresentou o laboratório, o processo da produção e as análises que são feitas, promovendo ainda atividades com participação dos alunos como: verter o meio de cultura, repicagem de micro-organismo, visualização no microscópio, e falando também sobre a profissão de biólogo e microbiologia.
Para o professor da turma de Pitangueiras, Ademir Ribeiro Mendonça, o projeto contribui para mostrar que a preocupação ambiental faz parte da nossa agricultura. “Quando a gente diz para os alunos que a agricultura vem evoluindo, visando a conservação do meio ambiente, o que nem sempre condiz com o que a grande mídia diz, esse projeto vem trazer essa significância para o meio ambiente, que consiste na redução dos insumos químicos. Mostrando que essa imagem predatória, não é real. Valorizando também a cultura da cana, que vem se modernizando e gerando empregos. Esses insumos biológicos, por exemplo, que antes tinham que ser comprados de empresas multinacionais, estão sendo fabricados aqui na nossa própria região”, ressaltou Mendonça.
Para Manuela G. Siquieri, coordenadora de projetos do Senar, a visita é muito válida, pois agrega conhecimento e crescimento. “Essa parceria com a Canaoeste, tem dado essa grande abertura para os alunos, e com certeza fará muita diferença, lá na frente, pois eles saem daqui com mais conhecimento”, disse.