China assume liderança nas exportações de fertilizantes ao Brasil
Demanda segue fraca e preços recuam nos portos, enquanto mercado global aguarda retomada das compras no Hemisfério Norte
O mercado de fertilizantes permanece enfraquecido pela demanda contida e pela pressão baixista sobre os preços. A ureia, após queda de 2,9% em novembro, atingiu cerca de USD 400 por tonelada nas primeiras semanas de dezembro, acompanhando o ritmo mais lento das compras globais.
Fosfatados e potássicos também recuaram, com o MAP negociado próximo de USD 625 por tonelada e o KCl em torno de USD 352 por tonelada nos portos brasileiros, segundo o Agro Mensal, relatório da Consultoria Agro do Itaú BBA que reúne fatos recentes do setor e atualizações das perspectivas para as principais commodities agrícolas.
Entre janeiro e novembro, o Brasil importou 38,8 milhões de toneladas, volume 2,1% superior ao do mesmo período de 2024, mas com perda de fôlego na margem. Apenas em novembro, as compras recuaram 18% na comparação anual. A mudança estrutural mais relevante é o avanço da China, que se consolidou como principal fornecedora do país ao superar a Rússia e elevar sua participação para 23% do total importado. Em 2016, a fatia chinesa era de apenas 5%.
O setor projeta que a demanda internacional volte a ganhar tração no início de 2026, acompanhando o ciclo de compras do Hemisfério Norte. Até lá, o cenário deve seguir de preços acomodados e negociações pontuais, com produtores brasileiros avaliando janelas de aquisição que considerem a volatilidade cambial e a necessidade de reposição para a próxima safra.
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