Chuvas abaixo da média e altas temperaturas preocupam produtores

Os últimos 30 dias foram marcados por um cenário climático desafiador para o agronegócio brasileiro. Segundo relatório do Itaú BBA, as chuvas ficaram abaixo da média em grande parte do país, com destaque para o Sul, onde a estiagem prolongada e as temperaturas superiores a 40°C comprometeram o rendimento das lavouras de soja. A irregularidade das precipitações, antes restrita ao Sul, agora se espalha por outras regiões, afetando culturas como café e cana-de-açúcar.
A situação climática adversa é consequência de um bloqueio atmosférico que impediu a formação de chuvas e elevou as temperaturas. Enquanto isso, na Argentina, o cenário é mais favorável: as chuvas registradas nas últimas semanas ajudaram no enchimento de grãos, beneficiando as lavouras de soja e milho. Projeções indicam que a produção argentina de soja deve alcançar entre 46 e 49 milhões de toneladas, enquanto o milho pode atingir entre 48 e 50 milhões de toneladas.
Previsão climática aponta para neutralidade, mas desafios persistem
O relatório também destaca que os próximos meses devem seguir um padrão climático de neutralidade, segundo a NOAA (Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA). Embora março ainda registre bons volumes de chuva no Centro-Oeste, os mapas meteorológicos indicam redução das precipitações em abril e maio, o que pode afetar o desenvolvimento da segunda safra de milho.
O fenômeno La Niña, que esteve presente até fevereiro, deve dar lugar a uma condição de neutralidade climática até setembro. Essa mudança pode trazer maior estabilidade para o plantio e desenvolvimento das lavouras nos Estados Unidos. No entanto, para o Brasil, a previsão de chuvas abaixo da média para a safra de milho segunda safra acende um alerta para os produtores.
A combinação de estiagem, temperaturas elevadas e incertezas climáticas reforça a necessidade de estratégias para mitigar os impactos nas lavouras brasileiras. O monitoramento climático e o uso de tecnologias para otimizar a irrigação e a adaptação das culturas serão fundamentais para enfrentar os desafios nos próximos meses.
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