Clima favorável impulsiona a segunda safra no Brasil e o plantio nos EUA

De acordo com o relatório Agro Mensal, divulgado pela Consultoria Agro do Itaú BBA, o clima desempenhou um papel crucial para o avanço das safras agrícolas no Brasil e nos Estados Unidos durante o início de 2025.
Contrariando as previsões iniciais dos mapas meteorológicos, o mês de abril apresentou volumes satisfatórios de chuva sobre as principais regiões produtoras brasileiras, especialmente beneficiando a segunda safra. Além disso, a primeira quinzena de maio manteve chuvas localizadas que contribuíram para a preservação da umidade do solo.
Nos Estados Unidos, as condições climáticas também foram favoráveis, impulsionando o plantio e o desenvolvimento inicial das lavouras.
Brasil: chuvas distribuídas e impactos regionais
Em abril, as maiores precipitações concentraram-se em amplas áreas do Norte do Brasil, no norte do Nordeste, no oeste do Centro-Oeste e no leste da região Sudeste, com acumulados que ultrapassaram 150 mm. Essas condições foram determinantes para manter os níveis adequados de umidade do solo, fundamentais para o desenvolvimento das culturas da segunda safra. Por outro lado, regiões que abrangem do interior do Nordeste até o Sul do país enfrentaram acumulados pluviométricos mais baixos, refletindo em menor umidade do solo nesses locais.
A distribuição homogênea das chuvas ao longo de abril favoreceu amplamente o desenvolvimento das lavouras de segunda safra, trazendo otimismo para a produção agrícola nacional. No mês de maio, mesmo com volumes mais reduzidos, os episódios de chuva isolados continuaram a apoiar positivamente essas culturas.
Estados Unidos: condições propícias para o plantio
O cenário climático nos EUA foi amplamente positivo nas últimas semanas, com chuvas regulares e distribuídas ao longo do cinturão agrícola, favorecendo o avanço dos trabalhos de plantio e o crescimento inicial das lavouras. Apesar de alguns excessos pluviométricos pontuais, não foram registrados impactos significativos que comprometessem o andamento das operações. As temperaturas, embora tenham ficado abaixo da média recentemente, também não acarretaram prejuízos relevantes ao desenvolvimento das culturas.
O plantio da soja e do milho ocorre em ritmo acelerado, superando as médias dos últimos cinco anos, o que reforça as expectativas de uma safra produtiva.
Previsões para as próximas semanas
Para o Brasil, a previsão indica um período de tempo seco predominante na região central, com as maiores concentrações de chuva previstas para as extremidades Norte e Sul do país. Essa condição deve favorecer o avanço da colheita da segunda safra, que exige menor umidade para o correto manejo das máquinas e menor risco de perdas. As temperaturas mínimas vêm caindo em consonância com a sazonalidade, sem ocorrência de extremos até o momento, mas há previsão de nova queda acentuada na virada de maio.
O trimestre de junho a agosto projeta bons volumes de chuva, especialmente para a região Sul, partes de São Paulo e Mato Grosso do Sul. Essas condições serão essenciais para manter a umidade do solo adequada para o plantio e desenvolvimento das culturas de inverno, garantindo assim a continuidade da produção agrícola com qualidade.
Nos Estados Unidos, as próximas duas semanas devem registrar chuvas acima da média na porção leste do cinturão de grãos, enquanto a metade oeste enfrentará precipitações mais irregulares. Mesmo assim, o panorama permanece favorável para o plantio e o desenvolvimento das lavouras, sem indícios atuais de estresse hídrico.
Contexto sazonal e eventos climáticos
O inverno brasileiro terá início oficial na segunda quinzena de junho, porém, ondas de frio já são esperadas em períodos anteriores. Entre os dias 30 de maio e 2 de junho, há possibilidade de frio mais intenso, especialmente nas regiões Centro-Oeste, Norte e Nordeste, onde as temperaturas diurnas deverão ser mais elevadas em comparação com outras regiões.
Esses fenômenos climáticos poderão influenciar o manejo das culturas, reforçando a importância do monitoramento contínuo para assegurar decisões precisas na condução das atividades agrícolas.
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