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Coletividade como pilar do futuro sustentável da produção de cana-de-açúcar

Como a associação de produtores pode ser a chave para inovação, acessibilidade e competitividade no setor canavieiro

Durante o painel “Investindo na Resiliência do Canavial”, na Conferência NovaCana 2025, realizada nesta segunda e terça-feira (15 e 16),  na capital paulista, Almir Torcato, Diretor Executivo da Canaoeste, destacou os desafios enfrentados pelos produtores de cana-de-açúcar e como a coletividade tem sido fundamental para superar os obstáculos impostos pelo cenário atual. Combinando fatores climáticos, econômicos e regulatórios, o setor canavieiro enfrenta constantes dificuldades, mas é a união dos produtores que permite mitigar esses impactos.

Torcato apontou que o custo de produção é uma das questões mais sensíveis para os produtores, afetado por fatores como a flutuação nos preços dos insumos, os custos com mão de obra e as mudanças no câmbio. “O controle do custo de produção é limitado, e as políticas públicas, muitas vezes, acabam pressionando ainda mais as margens dos produtores”, afirmou.

Ele também abordou a falta de previsibilidade enfrentada pelos canavieiros, agravada pela volatilidade nos preços de insumos, câmbio e condições climáticas imprevisíveis. O risco crescente de incêndios nas lavouras foi outro ponto crítico abordado. Para combater esse desafio, a Canaoeste implementou o SOS Incêndios, um sistema de monitoramento contínuo que envia alertas em tempo real, ajudando a evitar grandes perdas.

Coletividade como modelo de negócio e acesso à inovação

O diretor destacou a coletividade como a chave para a democratização das tecnologias, permitindo que produtores de menor escala tenham acesso às inovações mais avançadas, o que seria impossível sem a união. A Canoaeste, com sua vasta rede de serviços, garante a implementação de soluções eficazes que impactam diretamente o custo de produção, beneficiando 1.500 produtores em 3,5 mil propriedades espalhadas por 90 municípios.

A associação oferece uma série de serviços, incluindo suporte técnico agronômico, que oferece acompanhamento completo do processo produtivo, desde o preparo do solo até a colheita, com foco no manejo de pragas e doenças. Geotecnologia, com o mapeamento e monitoramento das lavouras para otimização da gestão agrícola. Consultoria jurídica e ambiental, disponibilizando suporte em licenciamento, renovação de outorgas e projetos de restauração ecológica e orientação para a obtenção de Certificação Ambiental, que gera receita adicional por meio da venda de créditos de carbono, entre outros.

Inovação e sustentabilidade: impactos diretos no custo de produção

A inovação tecnológica desempenha um papel essencial na transformação do setor. Torcato destacou que, graças à coletividade, a Canaoeste tem conseguido reduzir custos e democratizar o acesso a tecnologias que, individualmente, seriam inacessíveis para pequenos produtores. A biofábrica, por exemplo, oferece soluções biológicas que resultam em uma redução de até 50% nos custos de produção, beneficiando os associados com uma economia considerável, como os R$ 1,2 milhão economizados no último ano.

Além disso, a associação facilita o acesso de seus associados a políticas públicas e apoios institucionais, fundamentais para a sustentabilidade financeira e ambiental dos produtores. Ao gerenciar 120 mil hectares, a Canoaeste tem mostrado como a união de produtores pode gerar resiliência e aumentar a competitividade frente aos desafios do setor.

Um dos programas mais inovadores da Canoaeste é o Canaoneste Green, um projeto de compensação de carbono que conta atualmente com a participação de mais de 20 empresas, e o Sistema de Apoio à Restauração Ecológica (SARE), que auxilia na recuperação de áreas de preservação permanente. Essas iniciativas não só geram benefícios ambientais, mas também retornos econômicos aos produtores, com o objetivo de gerar uma renda extra através da venda de créditos de carbono.

A associação também investe no social, com o Projeto Vem Ser Canaoeste, uma iniciativa transformadora voltada para o desenvolvimento integral dos jovens, promovendo aprendizado e crescimento em múltiplas dimensões.

Torcato concluiu sua fala destacando: “A resiliência do canavial é a resiliência do produtor. E a resiliência do produtor é a resiliência do setor. Assim, com a coletividade, os produtores podem enfrentar os desafios com mais força e continuar a evoluir, gerando impacto positivo no setor como um todo”.

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