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Renovação da Bonsucro reforça avanço sustentável entre produtores da Canaoeste

Certificados somam mais de 1,2 milhão de toneladas de cana com padrões globais de sustentabilidade

Os produtores associados à Associação dos Plantadores de Cana do Oeste do Estado de São Paulo (Canaoeste) foram recomendados para a renovação da certificação Bonsucro, um dos principais referenciais internacionais de sustentabilidade para a cadeia da cana-de-açúcar. O resultado, alcançado com o suporte técnico do programa Sustentabilidade Econômica, Meio Ambiente, Eficiência e Inteligência Agronômica (Semeia), demonstra a evolução contínua da região na adoção de práticas agrícolas responsáveis. No total, 13 produtores e 67 propriedades receberam a recomendação de recertificação, somando aproximadamente 1,2 milhão de toneladas de cana produzidas com padrões globais de sustentabilidade.

A certificação Bonsucro reconhece sistemas produtivos que atendem a critérios rigorosos de eficiência agrícola, responsabilidade ambiental e conformidade social. O processo avalia indicadores como consumo hídrico, emissões de gases de efeito estufa, gestão energética, preservação de recursos naturais e condições de trabalho, fortalecendo a governança ambiental e ampliando a competitividade dos produtores no mercado.

Para o presidente da Canaoeste, Fernando dos Reis Filho, o desempenho reforça o compromisso do setor com a sustentabilidade e cria novas oportunidades comerciais. Segundo ele, a permanência na certificação representa um movimento estratégico. “A adesão crescente a padrões reconhecidos globalmente reforça a credibilidade do produtor e cria novas possibilidades de negócio, tanto no mercado interno, quanto no exterior”, afirma.

Reis Filho também destaca o papel do Semeia na tradução dos requisitos técnicos em ações aplicáveis ao dia a dia das propriedades. “O programa tem sido essencial para orientar os produtores em cada etapa do processo, desde o diagnóstico até a implementação de melhorias, transformando a sustentabilidade em um valor incorporado à rotina de gestão”, complementa.

O diretor executivo da Canaoeste, Almir Torcato, ressalta que a certificação Bonsucro consolida um marco de responsabilidade ambiental, social e econômica. “Ela assegura que a produção de cana e seus derivados siga critérios internacionais de boas práticas, com redução comprovada de emissões, uso racional de recursos naturais e valorização das pessoas envolvidas na cadeia produtiva”, explica.

Segundo o gestor de sustentabilidade da entidade, Fábio de Camargo Soldera, a ampliação do programa Semeia tem permitido que mais produtores avancem na transição para modelos produtivos sustentáveis. “A certificação não é apenas um selo; é uma ferramenta que eleva o padrão de gestão, aumenta a competitividade e demonstra que é possível unir produtividade, responsabilidade social e preservação ambiental”, pontua.

Soldera também reforça que a certificação traz ganhos concretos, como acesso a mercados mais exigentes, atração de investimentos ESG e mitigação de riscos regulatórios e ambientais. “Esses fatores fortalecem a imagem do produtor e da própria cadeia como agente de transformação positiva”, destaca.

A auditoria foi conduzida pela FoodChain ID Brasil, que avaliou propriedades e estruturas administrativas da Canaoeste. Para o analista de sustentabilidade Gabriel Roque Perticarrari, a conquista reflete a colaboração entre equipes técnicas e produtores. “Foi um desafio que exigiu dedicação de todos os envolvidos. Agora, o foco é aprimorar os processos internos e fortalecer ainda mais os mecanismos de monitoramento e controle”, afirma.

Entre os certificados, o Grupo Santa Rita relatou avanços significativos na gestão operacional. O administrador Roney Sakomura destaca que o apoio técnico foi decisivo. “A certificação exigiu ajustes estruturais e maior rigor nos registros operacionais. Com o suporte do Semeia, conseguimos evoluir na gestão e adotar práticas mais eficientes e seguras”, afirma.

Na Bom Destino, a diretora e sócia Lucila Meirelles reforça que a manutenção da certificação é resultado de um esforço conjunto de todas as propriedades vinculadas à Canaoeste. Para ela, a sustentabilidade já não é apenas um diferencial, mas uma exigência de mercado. “Esse reconhecimento reflete a união entre produtores e entidades que compartilham uma visão de longo prazo. Sustentabilidade hoje é um pré-requisito, e o equilíbrio entre as dimensões ambiental, econômica e social garante a solidez e a longevidade dos nossos negócios”, afirma, agradecendo o apoio da Canaoeste e parabenizando todos os envolvidos.

Para a Humus Agroterra, recertificada pelo segundo ano consecutivo, o processo consolidou uma transformação interna. O gerente agrícola Felipe Junqueira Reis Marchezzi avalia que o selo Bonsucro fortaleceu a governança e impulsionou melhorias estruturais e culturais. “O processo exigiu revisões profundas, tanto na infraestrutura da fazenda quanto nas rotinas operacionais e de comportamento da equipe. Cada etapa foi uma oportunidade de aprendizado e aprimoramento”, explica.

Entre os resultados, Marchezzi cita o ganho de clareza nos processos decisórios e a elevação da eficiência no uso de recursos. “A certificação nos levou a um modelo mais organizado, com otimização de orçamentos e redução de custos sem perda de qualidade. Passamos a trabalhar de forma mais estratégica e sustentável”, afirma. Ele também reconhece o papel da Canaoeste na coordenação e no suporte técnico. “O acompanhamento foi fundamental para que todas as etapas fossem cumpridas com segurança e consistência. Agora, a comercialização dos créditos Bonsucro, conduzida pela Canaoeste, será um novo passo importante para fortalecer o retorno financeiro e valorizar o empenho dos produtores”, diz.

Ao concluir o balanço, Soldera sintetiza o impacto do avanço regional. “Adotar práticas sustentáveis é mais do que cumprir uma exigência. É uma escolha estratégica que aumenta a eficiência, melhora a rentabilidade e abre portas para novos mercados. A certificação Bonsucro é a prova de que o setor sucroenergético paulista segue avançando de forma responsável e competitiva”, finaliza.

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