Dia de Campo analisa desempenho de nematicidas biológicos
No final do mês de fevereiro aconteceu na Fazenda Santa Adelaide (localizada na região do aeroporto, em Barretos-SP), de propriedade do produtor José Armando Milani, um dia de campo com o objetivo de comparar os resultados do uso de dois tipos de nematicidas biológicos.
O tratamento foi realizado em duas áreas, sendo que em uma foi mantido o padrão que a fazenda vinha utilizando, enquanto que na outra foi utilizado o Kit Gamon, produto que se caracteriza pela alta quantidade de microrganismos diferentes e também pela concentração mais elevada em relação aos produtos concorrentes no mercado.
As duas áreas são de cana-planta da variedade RB966928, uma das cultivares mais plantadas na região Centro-Sul e conhecida como sendo “difícil de errar”. As soluções biológicas foram inseridas nos sulcos de plantio.
Plantadas uma de frente para a outra, o resultado era nítido já no visual. Contudo, ao observar com mais atenção, o perfilhamento foi a característica mais evidente, apesar de apresentar também diferença no tamanho dos colmos.
Segundo os organizadores do evento, que contou com o apoio da Canaoeste, a diferença estimada deverá ser por volta de 10 toneladas de cana por hectare na hora que as duas forem cortadas. Para o gerente da fazenda, Elio do Nascimento Meirinhos, o resultado foi surpreendente, tanto que está convencido em mudar para o produto já no plantio deste ano.
Também no dia de campo, o pesquisador da Agroceres/Binova, Adolfo Luís dos Santos, fez uma apresentação e explicou o que são os bioflavonoides, presentes nos aminoácidos que fazem parte da composição da linha de nutrientes da linha Maxx Cana.
Segundo ele, na cana-de-açúcar essa substância traz diversos benefícios. O principal é o aumento da interação da raiz com os microrganismos do solo, inclusive ativando uma quantidade maior de fósforo armazenada.
Outra característica é em relação à sua atuação repelente a fungos, o que potencializa o uso do defensivo, funcionando como um escudo contra as doenças. Para comprovar essa teoria, Santos relatou um trabalho que mostrou maior controle de ferrugem em relação a uma testemunha que recebeu somente o fungicida.
Por: Marino Guerra – Revista Canavieiros