O etanol de milho brasileiro está deixando de ser uma promessa para se tornar uma força concreta no cenário internacional. Impulsionado pela crescente demanda global por biocombustíveis e pela abertura do mercado chinês aos coprodutos do cereal, o setor nacional começa a escrever um novo capítulo de protagonismo, especialmente com os grãos secos de destilaria (DDG/DDGS).

A expectativa e os desdobramentos dessa nova rota comercial estarão no centro das atenções da 31ª edição da Fenasucro & Agrocana, entre os dias 12 e 15 de agosto, em Sertãozinho – SP.

China mira qualidade brasileira: dobrar capacidade é o próximo passo

O foco da China em produtos sustentáveis e de alto valor agregado abre uma janela estratégica para os coprodutos do etanol de milho brasileiro. Para Bruno Alves, diretor de Relações Governamentais e Sustentabilidade da União Nacional do Etanol de Milho (UNEM), a parceria sino-brasileira não é apenas possível — é inevitável:

“A demanda chinesa por DDG/DDGS é duas vezes maior que a produção atual do Brasil, o que está totalmente alinhado à nossa meta de dobrar a capacidade instalada nos próximos anos.”

A UNEM tem reforçado sua atuação no exterior, promovendo o coproduto com a marca internacional Brazilian Distillers Grains, que destaca os principais diferenciais do DDG/DDGS nacional: qualidade, segurança alimentar e sustentabilidade.

Produção de milho e etanol decola

O Brasil está se consolidando como player mundial na produção de milho e derivados. Em apenas sete anos, a safra do cereal saltou de 80,71 milhões para 124,70 milhões de toneladas. E as projeções são ainda mais otimistas: em 2033/2034, espera-se um volume de 151,14 milhões de toneladas.

Esse crescimento acompanha o avanço das usinas de etanol de milho no país. Atualmente, são 25 plantas em operação, 16 autorizadas e mais 16 anunciadas, totalizando uma cadeia industrial em forte expansão. A produção do biocombustível também evoluiu significativamente:

2013/14: 0,03 milhão de m³

2024/25: 8,24 milhões de m³

2033/34 (projeção): 21,75 milhões de m³

Etanol de milho: uma marca da sustentabilidade brasileira

Para Paulo Montabone, diretor da Fenasucro & Agrocana, a visibilidade global dos coprodutos do etanol reforça a posição do Brasil como referência em soluções sustentáveis no agronegócio:

“Temos uma cadeia industrial moderna, com plantas eficientes e alto padrão de qualidade. O mundo está buscando novas oportunidades em bioenergia e o Brasil está pronto para liderar essa onda verde.”

Fenasucro & Agrocana 2025: palco das grandes decisões

O novo cenário global do etanol de milho e seus subprodutos será amplamente discutido durante a Fenasucro & Agrocana 2025, evento que se consolidou como o maior do mundo dedicado à bioenergia.

Realizada pela RX Brasil, com apoio exclusivo do CEISE Br, a feira é reconhecida por reunir os principais fabricantes, compradores, pesquisadores e tomadores de decisão do setor, promovendo networking de alto nível, inovação tecnológica e negócios estratégicos.

O credenciamento gratuito para visitantes já está disponível no site oficial do evento. Em breve, também será aberto o credenciamento exclusivo para imprensa e assessorias. Acesse www.fenasucro.com.br para mais informações.