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Etanol hidratado ganha força como alternativa estratégica para mobilidade no Brasil

Estudo da Copersucar aponta potencial de crescimento do biocombustível e reforça sua importância na descarbonização dos transportes

A matriz de mobilidade no Brasil está passando por transformações significativas, e o etanol hidratado se apresenta como uma alternativa viável e acessível para a redução de emissões no setor de transportes. Um estudo da Copersucar destaca que a demanda por combustíveis no país continuará crescendo na próxima década, impulsionando o uso do etanol como peça-chave para a transição energética e a sustentabilidade ambiental.

De acordo com o levantamento, o Brasil possui a maior frota de veículos flex do mundo, mas ainda enfrenta desafios para aumentar o consumo de etanol hidratado. Atualmente, mais de 70% dos automóveis flex são abastecidos com gasolina, um cenário que pode mudar com a ampliação de políticas públicas, maior conscientização dos consumidores e iniciativas voltadas à eficiência energética e à descarbonização.

Mudanças no padrão de mobilidade

Nos últimos sete anos, o Brasil tem registrado uma migração do transporte coletivo para o individual. A participação dos ônibus na mobilidade urbana caiu de 49% para 34%, enquanto o uso de veículos próprios subiu de 22% para 30%. Paralelamente, os serviços de transporte por aplicativo cresceram rapidamente e já representam 11% da preferência dos usuários, contribuindo para o aumento do consumo de combustíveis. O setor de entregas e transporte por aplicativos responde hoje por 15% do consumo total de combustíveis do Ciclo Otto (motores movidos a gasolina e etanol), refletindo diretamente no aumento da quilometragem média percorrida pelos veículos.

Diante desse cenário, a Copersucar reforça que o etanol hidratado tem potencial para reduzir os impactos ambientais da mobilidade urbana e se consolidar como uma solução sustentável.

Desafios e oportunidades para o etanol

Com 83% da frota nacional composta por veículos flex, o Brasil tem condições favoráveis para ampliar o consumo de etanol hidratado. O estudo aponta que, desde a introdução do carro flex em 2003, o uso do biocombustível já evitou a emissão de cerca de 280 milhões de toneladas de CO₂ equivalente. No entanto, a velocidade de renovação da frota tem sido um desafio: veículos com mais de 11 anos de uso passaram de 30% do total em 2015 para mais de 50% atualmente, o que reforça a necessidade de políticas que incentivem o uso de combustíveis mais limpos.

Mesmo em um cenário onde os veículos eletrificados representem 50% das vendas de novos automóveis até 2035, a frota flex ainda será predominante, com pelo menos 75% do total de veículos em circulação. O estudo projeta que um aumento de 10% no consumo de etanol hidratado em relação à gasolina pode evitar a emissão de aproximadamente 6 milhões de toneladas de CO₂ equivalente e gerar uma demanda adicional de 5 bilhões de litros do biocombustível.

Impacto econômico e políticas públicas

O etanol não apenas reduz emissões, mas também fortalece a economia nacional. Sem sua presença na matriz de combustíveis, o Brasil teria importado quase 430 bilhões de litros de gasolina nos últimos anos, o que representaria um gasto superior a 300 bilhões de dólares.

Para a Copersucar, o país possui um arcabouço robusto de políticas públicas voltadas para a eficiência energética e a transição para biocombustíveis, como os programas RenovaBio, Combustível do Futuro e Mover. Essas iniciativas podem contribuir para acelerar a adoção do etanol hidratado como uma solução sustentável e economicamente viável para o setor de transportes.

“Ao longo dos últimos 50 anos, o etanol demonstrou sua eficiência, produtividade e capacidade de contribuir para a transição energética. O Brasil tem uma oportunidade única de liderar esse movimento global, consolidando-se como referência na descarbonização da mobilidade”, conclui Tomas Manzano, presidente da Copersucar.

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