Etanol hidratado mantém valorização pelo quinto período seguido em São Paulo

Restrições de oferta e competitividade de outros estados limitam negócios no spot paulista
O etanol hidratado em São Paulo completou a quinta semana consecutiva de valorização, de acordo com dados divulgados pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada). Apesar de a demanda ter se mantido ativa no período, as usinas optaram por ofertar o biocombustível a preços mais elevados, cenário que acabou restringindo o volume efetivamente comercializado.
Outro fator que contribuiu para a baixa liquidez no mercado paulista foi a maior competitividade do etanol hidratado proveniente de Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso do Sul, que se apresentou mais vantajoso em relação ao produto paulista. Entre os dias 18 e 22 de agosto, o Indicador CEPEA/ESALQ para o etanol hidratado em São Paulo fechou em R$ 2,6830 por litro (líquido de ICMS e PIS/Cofins), representando uma alta de 1,05% frente à semana anterior.
Já no caso do etanol anidro, o levantamento do Cepea apontou um recuo leve de 0,12%, com o Indicador CEPEA/ESALQ registrando R$ 3,0848 por litro (também líquido de impostos, sem PIS/Cofins).
Açúcar cristal sustenta estabilidade com oferta reduzida
Já o mercado de açúcar cristal em São Paulo segue praticamente estável desde a segunda quinzena de julho, segundo levantamentos do Cepea. Na semana passada, a média do Indicador CEPEA/ESALQ para o cristal com cor Icumsa de 130 a 180 foi de R$ 120,31 por saca de 50 kg, variação positiva de 0,28% em relação ao período anterior.
A manutenção dos preços está ligada à postura firme das usinas, que têm limitado a oferta disponível do produto. No caso do açúcar de melhor qualidade, o Icumsa 150, a maior parte da produção já se encontra comprometida com contratos de fornecimento ao mercado interno e com exportações, o que restringe a disponibilidade no spot.
Do lado da demanda, compradores mantêm o ritmo estável de aquisições, e a liquidez captada pelo Cepea se mostra constante, reforçando o quadro de equilíbrio entre oferta reduzida e consumo controlado no mercado paulista.
Compartilhe este artigo:
Veja também:
Você também pode gostar
Confira os artigos relacionados: