O início de outubro presenciou um aumento expressivo de 17,64% na moagem de cana-de-açúcar, processando-se um total de 32,77 milhões de toneladas em comparação com os 27,85 milhões do ciclo anterior. A safra 2023/24, até agora, já contabilizou 525,99 milhões de toneladas moídas, superando a marca dos 459,48 milhões do período equivalente no ciclo 2022/23, um incremento de 14,47%.

No entanto, foi observado que o processamento desacelerou em relação à quinzena anterior. A União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (UNICA) ressaltou que esse decréscimo foi influenciado pelo aumento das precipitações nas áreas de colheita.

Há um foco contínuo em superar o recorde de 605 milhões de toneladas da safra 2020/21. Isso demandaria uma extensão da operação das unidades produtivas, além de condições favoráveis de colheita nos próximos meses, que tendem a ser mais chuvosos.

Os dados recentes apontam um déficit na moagem de 12,87 milhões de toneladas em relação ao marco anteriormente citado, uma elevação comparada à quinzena anterior. Detalhando esses números, São Paulo apresenta um atraso de 16,30 milhões de toneladas, enquanto outras regiões do Centro-Sul excedem a marca em 3,43 milhões de toneladas.

Quanto à eficiência agrícola, setembro mostrou um rendimento de 83,2 toneladas por hectare, um acréscimo de 21,3% comparado a 2022. No decorrer da atual safra, a taxa é de 91,1 ton/ha, uma subida de 22,3%.

Outubro viu a operação de 261 unidades produtoras na área do Centro-Sul, com 244 voltadas para o processamento de cana, oito para produção de etanol de milho e nove usinas flexíveis. Na mesma fase, na safra 2022/23, 242 unidades estavam em funcionamento.

Em relação à qualidade da cana, o índice de Açúcares Totais Recuperáveis (ATR) para a primeira metade de outubro foi de 149,57 kg por tonelada, um avanço de 3,84% se comparado aos 144,04 kg por tonelada na safra anterior. No total da safra, o ATR registrou uma ligeira queda de 0,30%, com 140,70 kg por tonelada.