Safra 2024/2025 enfrenta queda na moagem e impactos climáticos
Chuvas e estiagem afetam produtividade e qualidade da cana no Centro-Sul
A safra 2024/2025 da região Centro-Sul apresentou retração na moagem e impactos significativos na produtividade. Na segunda quinzena de novembro, foram processadas 20,35 milhões de toneladas de cana, uma redução de 15,2% em relação ao mesmo período da safra anterior. No acumulado até 1º de dezembro, a moagem totalizou 602,94 milhões de toneladas, queda de 2,75% comparada ao ciclo anterior.
Segundo Luciano Rodrigues, diretor da UNICA, as chuvas no início de novembro retardaram a colheita, mas impulsionaram a moagem em São Paulo no final do mês. No entanto, o número de unidades em operação na safra atual é menor, com 135 usinas encerrando atividades até o início de dezembro, frente a 82 no ciclo anterior.
A qualidade da matéria-prima também sofreu. O ATR médio da segunda quinzena de novembro foi de 124,59 kg por tonelada, queda de 5,93% em relação ao mesmo período de 2023/2024.
A produção de açúcar atingiu 1,08 milhão de toneladas na quinzena, queda de 23,06% em comparação ao ano anterior. No acumulado, a retração foi de 3,72%, somando 39,36 milhões de toneladas. A fabricação de etanol cresceu 4,31%, alcançando 31,17 bilhões de litros, com destaque para o etanol de milho, que registrou aumento de 43,05% na quinzena.
Já as vendas de etanol cresceram 3,24% em novembro, com destaque para o mercado interno, onde o etanol hidratado registrou alta de 10,54%. No acumulado da safra, a comercialização totalizou 23,84 bilhões de litros, crescimento de 13,13%.
Quanto aos CBios, 39,78 milhões de créditos foram emitidos até 9 de dezembro, superando a meta do programa RenovaBio para 2024.
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