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Venda de etanol no Centro-Sul mantém ritmo forte no início de 2025

combustíveis

Mercado segue aquecido com aumento na comercialização e crescimento na produção a partir do milho

O setor sucroenergético do Centro-Sul iniciou o ano com forte desempenho na comercialização de etanol. Em janeiro, as vendas do biocombustível totalizaram 3,06 bilhões de litros, um aumento de 2,07% em relação ao mesmo período da safra 2023/24.

No mercado interno, o etanol hidratado apresentou um avanço expressivo, com 1,83 bilhão de litros comercializados, representando um crescimento de 3,90% frente ao mesmo período da safra anterior. Já o etanol anidro teve uma expansão ainda maior, alcançando 1,09 bilhão de litros vendidos, um aumento de 5,34%.

Segundo Luciano Rodrigues, diretor de Inteligência Setorial da UNICA, “na segunda quinzena de janeiro, as vendas de etanol hidratado no mercado interno surpreenderam, ultrapassando 1 bilhão de litros pela primeira vez nesta safra, o que não ocorria desde julho da safra 2019/20”.

Desde o início da safra 2024/25 até 1º de fevereiro, a comercialização de etanol no Centro-Sul atingiu 29,83 bilhões de litros, um crescimento de 10,73%. O volume de etanol hidratado acumulado chegou a 19,21 bilhões de litros (+18,18%), enquanto o de etanol anidro registrou 10,62 bilhões de litros (-0,60%).

Rodrigues destacou que, apesar da retração na moagem, o aumento na produção de etanol de milho, o mix mais alcooleiro nas usinas de cana, os estoques elevados no início do ciclo e a redução das exportações impulsionaram o crescimento das vendas no mercado interno.

Desempenho da moagem e produção

Na segunda metade de janeiro, as usinas do Centro-Sul processaram 239,37 mil toneladas de cana, uma queda de 66,28% em relação às 709,8 mil toneladas processadas no mesmo período da safra anterior. No acumulado da safra 2024/25 até 1º de fevereiro, a moagem totalizou 614,16 milhões de toneladas, um recuo de 4,93% frente ao ciclo anterior.

Durante a última quinzena de janeiro, 19 unidades produtoras operaram na região Centro-Sul, sendo três dedicadas ao processamento de cana, dez especializadas em etanol de milho e seis usinas flex, capazes de produzir etanol tanto de milho quanto de cana. Em igual período da safra 2023/24, o número de unidades ativas foi de 21.

Rodrigues pontuou que a moagem neste período tem impacto reduzido, visto que a região está em entressafra. O executivo prevê a retomada do processamento da cana a partir de meados de março.

Produção de açúcar e etanol

A produção de açúcar na segunda quinzena de janeiro foi modesta, somando apenas 7,3 mil toneladas. No acumulado da safra, a fabricação totalizou 39,80 milhões de toneladas, representando uma queda de 5,52% em relação às 42,13 milhões de toneladas do ciclo anterior.

Já a produção de etanol manteve crescimento robusto. Na segunda quinzena de janeiro, a fabricação do biocombustível somou 401,8 milhões de litros, com destaque para o etanol hidratado (237,5 milhões de litros, alta de 8,79%) e o etanol anidro (164,3 milhões de litros, avanço expressivo de 73,97%). No acumulado da safra, a produção total de etanol atingiu 33,19 bilhões de litros, um crescimento de 3,43%, sendo 21,11 bilhões de litros de etanol hidratado (+9,84%) e 12,08 bilhões de anidro (-6,14%).

O etanol de milho vem ganhando protagonismo na produção. Na segunda metade de janeiro, 96,49% do total fabricado teve como matéria-prima o milho, resultando em 387,67 milhões de litros produzidos – um salto de 38,40% em relação ao mesmo período da safra passada. Desde o início do ciclo 2024/25, a produção de etanol de milho já soma 6,78 bilhões de litros, um aumento de 31,23% na comparação com o mesmo período do ano anterior.

De acordo com Rodrigues, a produção acumulada de etanol de milho já supera o volume total registrado na safra 2023/24. “Faltando dois meses para o encerramento oficial do ciclo 2024/25, já alcançamos um recorde histórico na produção do biocombustível no Centro-Sul”, afirmou.

Mercado de CBios

Os créditos de descarbonização (CBios) seguem em alta. Dados da B3 até o dia 10 de fevereiro apontam a emissão de 4,49 milhões de créditos por produtores de biocombustíveis em 2025. Atualmente, a quantidade de CBios disponível para negociação entre agentes obrigados, não obrigados e emissores soma 20,60 milhões de créditos.

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