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Volkswagen aposta em híbridos flex nacionais e investe R$ 20 bilhões até 2028

Novos modelos chegarão ao mercado a partir de 2026 com foco em etanol e eficiência energética

A Volkswagen do Brasil iniciou uma nova fase de sua trajetória industrial ao confirmar que, a partir de 2026, todos os novos veículos desenvolvidos na América do Sul terão versões eletrificadas. A estratégia regional combina inovação tecnológica, sustentabilidade e produção local, com foco em motores híbridos flex abastecidos com etanol — reforçando o papel do biocombustível como elemento-chave da descarbonização no país.

O plano envolve a adoção de três tipos de sistemas: mild-hybrid (MHEV), híbrido convencional (HEV) e plug-in hybrid (PHEV), cada um voltado a diferentes perfis de uso e faixas de preço. O primeiro modelo da nova geração sairá da fábrica Anchieta, em São Bernardo do Campo (SP), e será montado sobre a plataforma MQB37, arquitetura que permite integração completa de sistemas eletrificados e flex, algo impossível na base anterior, a MQB27. A produção local simboliza o início da transição industrial da Volkswagen no Brasil.

A engenharia brasileira será responsável pela calibração de software e integração dos conjuntos híbridos, enquanto o novo motor 1.5 TSI Evo2, fabricado em São Carlos – SP, trará ganhos expressivos em consumo e emissões. O propulsor, que substitui o 1.4 turbo, opera no ciclo Miller, possui turbo de geometria variável, injeção direta a 350 bar e desativação de cilindros, garantindo mais eficiência e desempenho quando combinado ao sistema elétrico.

Nos híbridos leves, o gerador de 48V substitui o alternador tradicional, recuperando energia e auxiliando em retomadas. Já os híbridos plenos (HEV) utilizarão um sistema de propulsão combinada, permitindo rodar apenas com o motor elétrico em determinadas condições. Os modelos mais sofisticados receberão baterias de maior capacidade e tecnologia plug-in (PHEV), com autonomia acima de 50 km em modo 100% elétrico.

Para financiar a transição, a montadora firmou acordo de R$ 2,3 bilhões com o BNDES, por meio da linha Mais Inovação, que destina recursos para o desenvolvimento de veículos híbridos, sistemas ADAS (assistência avançada ao condutor) e plataformas de conectividade veicular. Parte do crédito também será usada para impulsionar exportações, consolidando a posição da VW como líder nacional em vendas externas, com mais de 4,4 milhões de unidades exportadas desde 1970 para 147 países.

O aporte faz parte do ciclo de R$ 20 bilhões em investimentos até 2028, sendo R$ 16 bilhões aplicados no Brasil, que prevê 21 novos produtos para a América do Sul — 17 deles para o mercado brasileiro. Segundo o CEO da Volkswagen do Brasil, Ciro Possobom, o plano coloca o país no centro da estratégia global da marca.

“Tem início uma nova era de eletrificação para a Volkswagen do Brasil. Nosso objetivo é democratizar o acesso a tecnologias híbridas e avançadas de segurança, sempre integrando o etanol como vetor de sustentabilidade e autonomia”, afirmou o executivo durante cerimônia na Anchieta, que contou com a presença de Geraldo Alckmin e Aloizio Mercadante.

A plataforma MQB37 sustentará os próximos lançamentos da linha, como o T-Cross híbrido (2026) e o Nivus híbrido (2027). Ambos serão equipados com conjuntos HEV flex de nova geração, calibrados para o uso eficiente do etanol e projetados para reduzir o consumo de combustível em até 20% em relação às versões convencionais.

O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, destacou que a parceria é exemplo da política de reindustrialização verde. “O apoio à inovação automotiva é central para uma nova economia industrial. O Brasil tem competência técnica e base energética limpa para liderar essa transição”, disse.

Além da eletrificação, a Volkswagen investe na digitalização e no aumento da segurança veicular. O pacote financiado pelo BNDES abrange o desenvolvimento de tecnologias ADAS, como frenagem autônoma de emergência, monitoramento de ponto cego, assistente de permanência em faixa e controle de velocidade adaptativo. A montadora reforça que já possui o portfólio mais seguro da América Latina, com modelos T-Cross, Virtus, Nivus, Jetta e Taos avaliados com nota máxima (5 estrelas) pelo Latin NCAP.

Em sustentabilidade, a marca segue alinhada à sua meta global Way to Zero, que prevê neutralidade de carbono até 2050. No Brasil, todas as fábricas da Volkswagen utilizam energia 100% renovável certificada, e a empresa foi a primeira do setor automotivo nacional a conquistar o certificado Lixo Zero em todas as unidades. A companhia também foi pioneira no uso de biometano em seu processo produtivo, reduzindo em até 99% as emissões de CO₂ nas operações de pintura das fábricas de Anchieta e Taubaté.

Para Rafael Teixeira, CFO da Volkswagen América do Sul, a transição representa um marco para o setor. “Estamos construindo uma nova indústria automotiva, mais verde, conectada e exportadora. O etanol e a engenharia nacional são as chaves dessa transformação”, declarou.

Com a consolidação dos novos investimentos, a Volkswagen fortalece o papel do Brasil como hub regional de inovação automotiva e amplia sua relevância na cadeia global da marca. “A eletrificação feita aqui nasce de uma base sólida de engenharia e sustentabilidade. Produzimos para o Brasil e para o mundo”, concluiu Ciro Possobom.

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