Programa
SEMEIA
Programa de Boas Práticas e Certificações
A prática de atividades sustentáveis para o produtor rural, mais do que uma necessidade, é também uma demanda para agregar valor ao seu produto, e abrir as portas do mercado de consumo, através do acesso a importantes programas que certificam a qualidade ambiental de todo o processo de produção.
Diante desta necessidade, a Canaoeste desenvolveu o Programa SEMEIA com o intuito de promover ainda mais ações de sustentabilidade. As atividades dão suporte aos associados para adoção de práticas sustentáveis, auxiliando-os na preparação para certificações, além de apoiar na Gestão Interna da propriedade e nas atividades desempenhadas no campo.
Para a implantação e manutenção do programa foi criado o Comitê SEMEIA, que conta com uma equipe multidisciplinar para fornecer recursos e suportes necessários para a aplicação das atividades do programa.
Sobre o
programa
O nome “SEMEIA” é um acrônimo significativo: Ao combinar as primeiras letras das palavras “Sustentabilidade”, “Economia”, “Meio Ambiente”, “Ecoeficiência” e ” Inteligência Agronômica”, cria-se um acrônimo poderoso que resume os principais aspectos abordados na campanha, criando uma conexão instantânea com o público-alvo.
O termo evoca a imagem da semeadura, que é altamente relevante para a plantação de cana-de-açúcar e a sustentabilidade ambiental. Essa associação simbólica representa o compromisso da Canaoeste em promover práticas sustentáveis desde o início do processo, semeando as bases para um futuro mais sustentável.
Sustentabilidade e
economia
O Programa visa difundir práticas sustentáveis para todos os associados, objetivando a preservação do meio ambiente, melhoria dos aspectos sociais e desenvolvimento de uma gestão mais eficiente, visando uma maior rentabilidade. Dessa maneira, seguindo as diretrizes estabelecidas, serão contempladas as legislações vigentes nos quesitos ambientais e trabalhistas, evitando autuações e promovendo um ambiente de maior organização no ecossistema como um todo. E além de tudo isso, é possível certificar a produção com selos, programas e políticas públicas que garantam a sustentabilidade da produção agregando valor na cana-de-açúcar.
Apesar de o termo sustentabilidade ser comumente ligado a parte ambiental, é necessário que haja compreensão que a sustentabilidade só é atingida com o olhar social atrelado. Com isso, na propriedade rural, os colaboradores devem possuir boas condições de trabalho e higiene, contratos de trabalho, ambientes para descanso e alimentação, disponibilização de equipamentos de proteção individual (EPI’s) e treinamentos, estando em acordo com as legislações e normas vigentes.
O desenvolvimento do programa SEMEIA, também permeia na área econômica, pois durante o programa é realizado uma análise minuciosa da situação dos trabalhadores, garantindo a conformidade com as normas trabalhistas. Isso resulta em um aumento da eficiência laboral, beneficiando a produção. Esse enfoque também ocasiona a valorização entre os membros da equipe, contribuindo ainda mais para o aumento de desempenho da propriedade.
Além disso, as propriedades rurais que executam práticas sustentáveis, agregam valor na sua produção de cana-de-açúcar, possibilitando valorização da sua produção por meio de melhores negociações de contratos de entrega de cana-de-açúcar, principalmente para as usinas que visam exportação de subprodutos para a Europa, mercado conhecido pela alta exigência na rastreabilidade da produção.
Meio ambiente e
ecoeficiência
Manutenção e reflorestamento das Áreas de Proteção Permanente, recuperação de nascentes, realização de outorgas, medidas de proteção de contaminação com agroquímicos e combustíveis, tratamento de efluentes, descarte correto dos resíduos são ações que corroboram com a conservação e preservação do meio ambiente, possibilitando maior longevidade das atividades, protegendo a fauna e a flora, possibilitando a continuidade dos ciclos biogeoquímicos, regulando o microclima e assim garantir um futuro sustentável.
Essas ações são essenciais para a manutenção de um meio ambiente equilibrado, e através delas é possível obter a Certificação de produção sustentável, garantindo assim o compromisso com as boas práticas e o meio ambiente.
A ecoeficiência refere à capacidade de produção de bens e serviços utilizando os recursos naturais de forma mais eficiente e sustentável, tendo como objetivo principal maximizar os resultados positivos, como a geração de produtos de qualidade, lucro e bem-estar social, ao mesmo tempo em que se minimizem os impactos ambientais negativos. O programa sugere alternativas sustentáveis, como o uso de tecnologias limpas alternativas, foco no ciclo de vida do produto, inovação e mudança de hábitos, que são os princípios da ecoeficiência.
Inteligência
agronômica
O conceito de inteligência agronômica está ligado ao processo de desempenho sustentável do produtor de cana-de-açúcar, principalmente em relação à escolha correta dos produtos utilizados na lavoura canavieira. A Canaoeste, através do departamento técnico agronômico, orienta os associados na utilização de dosagens corretas para aplicação na cultura da cana, trazendo benefícios ao meio ambiente e diminuindo custo do associado.
Em relação a adubação das áreas, é indispensável uma análise de solo, para que seja possível aferir a real necessidade nutricional da terra. Com isso, por meio da aplicação de dosagens bem calculadas, é possível evitar o desperdício financeiro com produtos em excesso, bem como mitigar riscos de toxicidade, perda de produtividade e desequilíbrio no meio ambiente.
Bonsucro, Etanol Mais Verde e RenovaBio
A busca pela certificação de seus produtos também é um dos objetivos do SEMEIA, que através do seu corpo multidisciplinar orienta os associados a trilharem esse caminho, que além de agregar valor ao seu produto, abre as portas para a inserção em diversos mercados, inclusive o internacional.
Entre essas certificações elencamos os já consolidados programas Bonsucro, Etanol Mais Verde e RenovaBio.
Bonsucro
A Bonsucro é uma organização global sem fins lucrativos que desenvolve e promove práticas sustentáveis na cadeia de produção de cana-de-açúcar, visando melhorar a vida dos trabalhadores, proteção do meio ambiente e melhoria da eficiência econômica da produção.
Bonsucro também é o nome do padrão global de certificação criado pela organização, que define critérios rigorosos para a produção sustentável de cana-de-açúcar. A certificação Bonsucro é reconhecida internacionalmente e é um selo de garantia para consumidores e empresas que se preocupam com a sustentabilidade da produção de açúcar, etanol e outros derivados da cana-de-açúcar.
Em suma, o selo da Bonsucro agrega valor na produção de cana-de-açúcar, melhorando as negociações para as unidades industriais que exportam subprodutos para o mercado internacional, além de garantir a conformidade da propriedade com a legislação nacional.
Ainda, é possível negociar créditos Bonsucro, proporcional a produção de cana-de-açúcar sustentável, que são comprados por empresas com deficiências ambientais ou que querem melhorar a sua imagem sustentável.
A Certificação da produção de cana-de-açúcar também permite a negociação de Créditos Bonsucro, que são proporcionais à produção de cada propriedade certificada. Com isso, é possível também obtenção de maior rentabilidade com a venda destes créditos, para empresas que buscam a adequação ambiental.
Protocolo Etanol mais Verde
O Protocolo Etanol mais Verde foi criado com o intuito de promover o desenvolvimento sustentável do setor e enfrentar os desafios da mecanização da colheita canavieira.
O Programa teve início em 2007, quando foi estabelecido voluntariamente por usinas e fornecedores de cana-de-açúcar, em colaboração com o Governo do Estado de São Paulo, com o propósito de anualmente, as usinas e associações de fornecedores participantes enviarem documentos de acompanhamento para demonstrar o cumprimento das normas técnicas de sustentabilidade.
O protocolo foi o principal responsável pela proibição da queima como método de colheita de cana-de-açúcar no estado de São Paulo, além de incluir diretrizes que corroboram com o Código Florestal Brasileiro, a proteção e restauração das matas ciliares, a preservação do solo e a reutilização da água.
O programa se estende também a utilização dos subprodutos da cana-de-açúcar, a implementação de medidas de proteção da fauna, a prevenção e combate a incêndios florestais.
RenovaBio
E por fim, o RenovaBio, que é a Política Nacional de Biocombustíveis, instituída pela Lei nº 13.576/2017, com os objetivos de contribuir para o cumprimento dos compromissos determinados pelo Brasil no âmbito do Acordo de Paris, relacionado às emissões de gases do efeito estufa. Visa ainda a promoção e adequada expansão dos biocombustíveis na matriz energética, com ênfase na regularidade do abastecimento de combustíveis. Por fim, visa assegurar previsibilidade para o mercado de combustíveis, induzindo ganhos de eficiência energética e de redução de emissões de gases causadores do efeito estufa na produção, comercialização e uso de biocombustíveis.
O instrumento do RenovaBio é por meio do estabelecimento de metas nacionais anuais de descarbonização para o setor, aumentando ainda a produção e da participação de biocombustíveis na matriz energética de transportes do país.
As metas são anualmente desdobradas em metas individuais e compulsórias, calculadas por meio das denominadas Notas de Eficiência Energético-Ambiental. Quanto maior a nota, maior é a redução das emissões e consequentemente maior o recebimento de créditos de descarbonização (CBIO).
Além da nota, o processo de certificação da produção de biocombustíveis leva em conta a origem da biomassa energética matéria-prima do biocombustível. No caso de biomassa produzida em território nacional, somente pode ser considerada a produzida em imóvel com Cadastro Ambiental Rural (CAR) ativo ou pendente e sem ocorrência de supressão de vegetação nativa a partir dos marcos legais do RenovaBio (volume elegível).
O Certificado da Produção Eficiente de Biocombustíveis terá validade de três anos, contados a partir da data de sua aprovação pela ANP, e somente poderá ser emitido pela firma inspetora após a aprovação do processo pela Agência e uma vez certificados, os produtores e importadores de biocombustíveis poderão gerar lastro para emissão primária de Créditos de Descarbonização (CBIOs), utilizando-se das notas fiscais de comercialização de biocombustíveis.
As distribuidoras de combustíveis deverão comprovar o cumprimento de metas individuais compulsórias por meio da compra de Créditos de Descarbonização (CBIO), ativo financeiro negociável em bolsa, derivado da certificação do processo produtivo de biocombustíveis com base nos respectivos níveis de eficiência alcançados em relação a suas emissões.
A Canaoeste auxilia os produtores rurais associados a alcançarem as certificações nestes programas.
Objetivos de Desenvolvimentos Sustentáveis (ODS)
alcançados:
Nossos
informativos
Aqui você encontra informativos sobre diversos temas que te ajudarão no caminho das Boas Práticas Agrícolas.
Clique para baixar e aproveite este conteúdo!
Riscos no Trabalho Rural
A NR-31 em números
5s para sua fazenda na prática
Área de vivências
Adequação de poços existentes
Como se
certificar
O programa de boas práticas e certificação é um serviço oferecido uma vez por ano somente para associados da Canaoeste, e para fazendas que recolham as taxas da associação. Esse programa se inicia com o associado mostrando interesse no mês de julho a agosto de todos os anos, ou a qualquer momento em nosso site pelo formulário abaixo. A divulgação das vantagens, regras e requisitos da certificação Bonsucro serão realizadas por meio de palestras que se iniciam no mês de junho de cada ano, e elas terão pelo menos três diferentes datas em diferentes escritórios da Canaoeste, a fim de que todos possam participar.
Após mostrar interesse, a Especialista em Processos Agrícolas agenda uma visita e o associado responde um questionário de nivelamento. Este nivelamento separa os associados em dois grupos: notas acima de 55%, o associado está apto a iniciar com o programa de certificação, notas abaixo de 54,99% o associado ingressa no Programa de Boas Práticas.
O Programa de certificação tem a duração de um ano e três meses. Um plano de ação individual é desenhado para que se cumpra os requisitos para certificação Bonsucro durante este período. Este plano se inicia em janeiro do ano seguinte ao questionário até o final da safra. Ao final, cumprindo os requisitos da auditoria interna, as fazendas serão auditadas por uma certificadora para receberem a certificação.
O Programa de boas práticas tem duração indeterminada e tem plano de ação desenhado de acordo com a capacidade do associado em se adequar, ou seja, ele leva o tempo que o associado precisa para cumprir os requisitos, podendo durar mais de uma safra. É um plano com prazo mais longo.
Fique atento aos nossos canais de comunicação para não perder as datas de divulgação do programa.
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