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IAC libera duas novas variedades com foco em produtividade e estabilidade

canavial lama

Novos materiais ampliam a diversificação varietal no Centro-Sul e apresentam ganhos consistentes em TCH e TPH

O Instituto Agronômico (IAC-Apta) apresentou no dia 25 duas novas variedades de cana, a IAC07-2361 e a IACCTC09-6166, desenvolvidas para ampliar a competitividade e a resiliência da canavicultura no Centro-Sul. A entrega marca a 23ª liberação varietal do Programa Cana IAC, cuja rede conta hoje com 660 experimentos ativos em 14 regiões, um dos maiores sistemas de avaliação de materiais do mundo.

Para Marcos Landell, líder do programa e diretor do IAC, os novos materiais refletem “a evolução estrutural do melhoramento genético da cana, com variedades que combinam estabilidade, produtividade agroindustrial e características que favorecem o manejo em sistemas mecanizados”. Já Mauro Xavier, diretor da Divisão Avançada de Pesquisa e Desenvolvimento de Cana, afirma que “Essas duas variedades ilustram a eficiência do Programa Cana IAC no desenvolvimento de variedades modernas e com equilíbrio entre a produtividade agrícola e a qualidade de matéria-prima”.

IAC07-2361: alto vigor, estabilidade e adaptação plena ao 3º Eixo

A variedade IAC07-2361 garante qualidade da matéria-prima entregue à indústria. Selecionada inicialmente em Ribeirão Preto – SP, apresenta excelente adaptação à mecanização no plantio e na colheita; apresenta 98 mil colmos/ha e mantém ótima população de colmos ao longo dos cortes, alta produtividade e rusticidade e raro florescimento. Tem porte semiereto, com boa resistência ao acamamento.

Ensaios regionais na própria região mostram TCH (Toneladas de Colmos por Hectare) de 137,4 t/ha e TPH (Toneladas de Pol por Hectare) de 17 t/ha, superando padrões como RB867515, IACSP95-5000 e RB855453.

O material também se destaca em estabilidade: na análise de Eberhart & Russell, apresentou 20 t/ha a mais que o padrão CTC4 em ambientes menos favoráveis e 18 t/ha de vantagem nos melhores ambientes, demonstrando versatilidade e forte resposta ao manejo.

Nos estudos do 3º Eixo, tecnologia de manejo do IAC, a variedade atingiu 121,9 t/ha, ganho de 15,6% frente ao manejo tradicional na terceira época de colheita, reforçando sua eficiência sob estresse hídrico e maior amplitude de colheita.

IACCTC09-6166: PUI longo e forte performance em múltiplos ambientes

Selecionada em Assis- SP, a variedade IACCTC09-6166 apresenta Período de Utilização Industrial (PUI) longo, o que favorece a produtividade agrícola e a qualidade da matéria-prima. Tem excelente adaptação às condições de cultivo mecanizado, destacando-se pela elevada produtividade e pela manutenção de uma população uniforme de colmos ao longo dos cortes, com alta adaptabilidade para diferentes ambientes. Possui porte semiereto e boa resistência ao acamamento.

O ensaio regional em Assis registrou 126,4 t/ha e 19,5 t/ha de Pol, superando RB867515 e RB966928.

No comparativo nacional consolidado, a variedade registrou vantagem média de 15,3% em TCH e 14,3% em TPH sobre a CTC4. Em ambientes favoráveis, a análise de estabilidade mostra forte responsividade, reforçando seu uso estratégico em áreas de maior potencial produtivo.

Genética, MPB e fitossanidade reforçam pacote tecnológico

Ambas as variedades são entregues com fingerprint genético, tecnologia que permite identificar com precisão cada material, funcionando como uma “fotografia molecular”, recurso essencial para viveiristas e programas de rastreabilidade varietal.

Os materiais também apresentaram elevado índice de brotação em MPB: IAC07-2361: 96,5% em gemas de 9 meses e IACCTC09-6166: 83,5% na mesma condição. Esses valores reforçam eficiência na multiplicação e sanidade inicial dos plantios.

O IAC lembra que, apesar de ambas poderem ser acometidas por carvão, práticas fitossanitárias obrigatórias, mudas sadias, tratamento térmico e roguing, continuam determinantes. E reforça também que o posicionamento varietal deve considerar o conceito da Matriz do 3º Eixo, que integra ambiente, época de colheita e ciclo. As duas variedades foram avaliadas nesse modelo e apresentaram caminhamento favorável, ampliando a flexibilidade de colheita e garantindo maior rendimento em diferentes épocas.

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