União gera sustentabilidade
Um dos entendimentos globais da Solidaridad é que a conquista da sustentabilidade passa, prioritariamente, pela união de todos os atores de uma cadeia do agronegócio.
“Trabalhamos muito o diálogo, temos uma preocupação em respeitar todos os atores. Na cana, respeitamos as usinas, os fornecedores de insumos, as associações e cooperativas, o grande, médio e pequeno produtor, porque juntos construímos as soluções duráveis, e sustentabilidade é alcançar a harmonia setorial. Não adianta ter brigas intermináveis de preço entre produtores e usinas, cada um abrir planilhas de custos e mostrar que tem mais razão. É preciso chegar num denominador comum, numa relação ganha-ganha, de chegar num ponto em que todos fiquem satisfeitos e, para isso é preciso conversar, mas principalmente ouvir muito, entender o outro lado, respeitar a outra visão, estar disposto a escutar mais do que falar para aprender coisas que o outro tem a dizer e que você não sabe”, explica Castro.
Como exemplo dessa integração setorial, ele cita o GTPS (Grupo de Trabalho da Pecuária Sustentável), em que todos os elos da cadeia discutem, juntos, as questões no sentido de evolução da sustentabilidade da pecuária nacional. O Consecana também foi lembrado como um exemplo de integração setorial, principalmente mediante o seu caráter aberto ao diálogo, de modo que é possível enxergar uma linha condutora que serve como base para mostrar o quanto a cadeia avança ou retrocede em relação aos milhares de fatos interagidos com o passar do tempo.
Para concluir o raciocínio, o líder da organização no Brasil expõe a teoria de que os setores unidos são mais fortes comercialmente, conquistando sempre novos mercados, o que acarreta em ganhos que serão transferidos em eficiência no campo, pedra fundamental para o produtor rural conseguir se desenvolver economicamente, e com isso avançar nos quesitos sociais e ambientais, ou seja, ser cada vez mais sustentável.
Fonte: Revista Canavieiros
Por: Marino Guerra