Programa de Boas Práticas e certificações – Utilizar os defensivos agrícolas de maneira adequada é boa prática agrícola
Utilizar os defensivos agrícolas de maneira adequada é boa prática agrícola
Olá produtor, tudo bem?
Novamente estamos aqui para trazer informações importantes sobre as Boas Práticas Agrícolas. Desta vez vamos falar sobre o que os defensivos agrícolas e a sustentabilidade.
Muito nos enganamos quando pensamos que defensivos agrícolas são somente aqueles conhecidos como químicos, mas também os físicos e os biológicos, entram nesta lista. Manejar os defensivos de maneira correta é fundamental para obtermos produtividade e não poluirmos nosso planeta.
O manejo dos defensivos, visando às boas práticas, começa quando adotamos o monitoramento e o levantamento das pragas, doenças e plantas daninhas por pessoas capacitadas. Os monitoramentos, bem como o histórico da área, permitem que o engenheiro-agrônomo entenda quais tecnologias e soluções integradas podem ser utilizadas para realizar a recomendação dos defensivos. Este profissional, como boa prática agrícola, deve recomendar produtos eficientes, tecnológicos e respeitar a dose descrita pela bula. Ainda, deve orientar o produtor quanto a regulagem das máquinas de aplicação, bem como a tecnologia de aplicação que será utilizada. O tipo de bico que será utilizado, volume de calda e modalidade de aplicação, são exemplos de tecnologia de aplicação para que haja controle eficiente, garantindo a não contaminação do solo, água ou deriva de produto, que possa comprometer matas ou lavouras vizinhas. A regulagem das máquinas também faz com que o gasto com diesel seja reduzido, o que, de fato, é um quesito importante quando praticamos sustentabilidade e boas práticas agrícolas.
O produtor rural deve saber a procedência dos defensivos agrícolas e ter a nota fiscal de compra dos produtos. Além disso, como boa prática, deve ter uma lista com o estoque de defensivos que foram utilizados em sua lavoura, e ter o registro dos produtos utilizados pelos últimos 12 meses. Esta lista deve ser completa, com todas as informações sobre o produto, como ingrediente ativo, intervalo de carência, dosagem utilizada, etc. Estas informações são levadas em consideração pelo agrônomo na recomendação de produtos diferentes, a fim de evitar resistência, e o controle da quantidade de ingrediente ativo aplicado por ano, visando à produção sustentável.
Outro fato importante, quando abordamos o assunto defensivos em boas práticas agrícolas, é a importância em saber manipular os produtos adequadamente, isto evita desperdício e acidentes que comprometem a saúde do trabalhador rural ou ainda prejudicam o meio ambiente. É importante que a calda de aplicação seja suficiente para a aplicação a ser realizada, de modo que não haja sobras. Porém, se houver sobras, a calda deve ser descartada em local adequado, destinando o resíduo ao local correto. As benfeitorias agrícolas e o manejo de resíduos serão abordados em outra conversa, aqui mesmo nesta coluna.
As pessoas que manipulam os defensivos agrícolas devem ter treinamento em manuseio de defensivos da NR-31. Este treinamento permite que o trabalhador rural entenda os riscos na manipulação dos defensivos, quais EPIs ele deve utilizar e como proceder em caso de acidentes. É importante que o produtor e o trabalhador rural tenham fácil acesso à Ficha de Informação de Segurança de Produtos Químicos, as FISPQs, dos produtos manipulados na fazenda. A FISPQ é o meio dos fabricantes dos defensivos divulgarem informações importantes sobre os perigos dos produtos químicos. Geralmente, as FISQPs estão disponíveis no site do fabricante.
Tão importante como a manipulação e uso corretos dos defensivos, devemos dar atenção especial às embalagens dos defensivos, que devem ser armazenadas em local seguro, rotuladas e com material para recolha em caso de acidentes.
As embalagens vazias devem ser tríplices lavadas, armazenadas em local seguro, até a devolução em local de coleta de embalagens. Estas embalagens nunca devem ser reutilizadas. É comum ver na propriedade embalagens sendo reutilizadas para armazenar pregos, outros líquidos, etc., mas isto é perigoso, pode causar contaminação das pessoas e do meio ambiente, portanto, não é considerado boa prática agrícola reutilizar as embalagens. Ambas as embalagens, vazias e cheias, devem ficar protegidas, longe das áreas de vivência e do acesso de pessoas e animais. As embalagens vazias devem ser devolvidas ao estabelecimento comercial em que foram adquiridos, posto de recebimento ou centro de recolhimento credenciados e licenciados por órgão ambiental.
Visto os pontos que abordamos aqui até o momento, as perguntas que o produtor deve fazer para garantir as boas práticas em manipulação de defensivos agrícolas são:
• Eu faço levantamento e monitoramento de pragas, doenças e plantas daninhas com pessoas especializadas?
• Eu tenho o histórico de aplicações de defensivos atualizado?
• As recomendações são feitas pelo agrônomo?
• Minhas máquinas estão com a manutenção em dia?
• Meu equipamento de aplicação está calibrado?
• O modo de preparo de calda, o descarte de resíduos de fundo de tanque e método de aplicação poluem o meio ambiente?
• Meus funcionários sabem dos riscos no manuseio dos defensivos?
• Eles são treinados para este fim?
• Eu compro meus defensivos com recomendação e em local de procedência, com nota fiscal? • Eu armazeno minhas embalagens vazias e cheias em local adequado?
• Eu devolvo as embalagens em local adequado?
O departamento agronômico e os serviços da Canaoeste estão disponíveis para garantir que o associado tenha recomendações e uso de tecnologia de aplicação da melhor maneira possível para que o produtor produza cana-de-açúcar em seu máximo potencial. Converse com um agrônomo da sua regional, se após esta autoanálise, você identifica que precisa adotar boas práticas em correção e adubação do solo.
Entre em contato conosco através do telefone (16) 3946-3316.