Canaoeste leva para Fenasucro debate sobre o papel das instituições
Na Arena de Sustentabilidade lideranças do setor bioenergético discutem o papel estratégico das entidades do agronegócio
Em um contexto global de transformações constantes, as Organizações Civis (OCs) desempenham um papel essencial na defesa de interesses da sociedade e na formulação de políticas mais justas. Dentro desse cenário, o fortalecimento das instituições no agronegócio foi o tema central do episódio especial do CanoesteCast, o podcast da Canaoeste, gravado durante a Fenasucro & Agrocana 2024, na Arena de Sustentabilidade.
O programa, conduzido pelo gestor executivo da Canaoeste, Almir Torcato, reuniu importantes lideranças do setor bioenergético, como Rosana Amadeu, presidente da CEISE-Br; Luciano Rodrigues, diretor de Inteligência Setorial da UNICA; José Guilherme Nogueira, CEO da ORPLANA; Gustavo Rattes de Castro, presidente da ORPLANA; e Claudio Brisolara, gerente técnico econômico da Faesp-SP.
Gustavo Rattes de Castro destacou a importância da profissionalização das associações dentro do setor. Ele elogiou a Canaoeste por seu exemplo de organização e gestão, ressaltando que o compartilhamento de conhecimento e a interação entre as entidades são fundamentais para o crescimento e fortalecimento do agronegócio. Gustavo também relatou sua experiência pessoal no setor sucroenergético, reforçando a importância de associações bem estruturadas.
Luciano Rodrigues enfatizou a necessidade de colaboração entre os diversos elos da cadeia produtiva, desde os produtores até os distribuidores. Ele afirmou que, apesar de eventuais divergências, os stakeholders do setor sucroenergético compartilham mais interesses em comum do que discordâncias. A integração e participação ativa de todos os envolvidos são fundamentais para a implementação de mudanças e o fortalecimento do setor.
José Guilherme Nogueira aproveitou o debate para parabenizar o crescimento significativo da ORPLANA nos últimos anos. Segundo ele, a entidade passou de lidar com 62 milhões de toneladas de cana há uma década para uma previsão de 83 milhões de toneladas na atualidade. Além disso, mencionou a expansão da organização para novas regiões, como Minas Gerais e o Nordeste, o que exige uma compreensão mais aprofundada das necessidades dos associados para a formulação de estratégias eficazes.
Rosana Amadeu trouxe à discussão a importância da sucessão e do engajamento das novas gerações no agronegócio. Ela sugeriu iniciativas que conectem os jovens à história e relevância do setor, como a inclusão de stands dedicados à indústria sucroenergética em feiras de livros. A proposta busca despertar um maior encantamento e envolvimento dos jovens, que muitas vezes enfrentam dificuldades para se conectar com causas tradicionais.
Cláudio Brisolara ressaltou a necessidade de união entre as entidades do setor para aproveitar oportunidades emergentes, como o Mover, o programa Combustível do Futuro e o desenvolvimento do hidrogênio verde. Segundo ele, focar nas grandes tendências e temas comuns é essencial para garantir a sustentabilidade e rentabilidade do setor. Cláudia fez um apelo pela colaboração mútua, visto que a união é a chave para enfrentar os desafios e maximizar as oportunidades do mercado.
Almir Torcato concluiu o debate reforçando a importância da comunicação aberta e transparente com os associados. Ele ressaltou o compromisso das associações em defender os interesses da cadeia produtiva e enfatizou que a participação ativa de todos é crucial para a construção de um futuro promissor para o setor.
“Esperamos que tenhamos conseguido transmitir não só a complexidade do sistema, mas também a segurança de que o associado está inserido no processo e que seus interesses estão sendo defendidos e como a Canaoeste está aberta a se relacionar com todos os elos da cadeia. Esse trânsito que a nossa Associação dispõe, vem sendo construído no decorrer dessas nossas oito décadas de atuação, nos colocando como importante referência institucional do setor”, finalizou Torcato.