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Se não der 100 toneladas…

Atingir a produtividade de três dígitos por hectare em cana-de-açúcar não é apenas um número desejado por produtores que querem ter saltos de rentabilidade, mas fator primordial para garantir, em médio prazo, a sobrevivência do produtor no meio. Como não poderia deixar de ser, o corpo técnico da Canaoeste trabalha ao lado dos produtores no sentido de conseguir chegar a uma evolução de produtividade constante.

Para retratar melhor esse trabalho, a Revista Canavieiros acompanhará áreas com produtividades muito aquém até mesmo do mínimo esperado, mas que, com a participação efetiva de todo o corpo da Canaoeste, já iniciaram o planejamento de reforma e posteriormente implementarão as melhores práticas com a meta de chegar à média de 100 toneladas por hectare ao longo de todo o ciclo.

O primeiro trabalho já começou, em Barretos, com a tutela do agrônomo Felipe Volpe na fazenda São Luiz, localizada na região das Contendas. Sob a administração do engenheiro agrônomo e empresário Caian Bazzo Zactiti, a Canaoeste trabalha para garantir o retorno da produtividade de seus associados área de 115 hectares voltou para suas mãos há duas safras, pois antes estava arrendada e num estágio avançado de degradação.

Os agrônomos, Felipe Volpe e Caian Bazzo Zactiti, juntos na conquista das cem toneladas por hectare.

O cenário é caótico, começando pela montagem dos talhões, sem lógica nenhuma. Não é preciso dizer que a quantidade de plantas invasoras é tamanha que fica complicado em separar aquilo que é cana ou mato.

Até para circular na lavoura é complicado porque os carreadores, literalmente, sumiram devida à falta de manutenção.

Dá dó ao ver o tamanho da cana, no oitavo corte, com cerca de 1,5 m, e boa parte ainda floresceu, o que implica em produtividade medíocre.

Contudo, o trabalho de recuperação já começou e a primeira medida foi acertar os aceiros que fazem divisa com as áreas de preservação. Através de um trabalho conjunto entre os departamentos ambiental e técnico da associação, a área já está enquadrada dentro do programa de boas práticas por meio da dissecação do mato e utilização de uma motoniveladora para acertar a estrada.

Segundo Volpe, os próximos passos serão o levantamento de pragas, a preparação da área para receber a cultura de rotação (ainda a ser escolhida), o planejamento das variedades que serão plantadas e o projeto de sistematização. Para o proprietário, que tem pouco tempo para tocar a roça por ter uma empresa e também um laranjal, o atendimento diferenciado da associação, aliado ao seu amplo portfólio de serviços, o convenceu a iniciar a nova empreitada na cultura de cana-de-açúcar, mesmo diante de sua confissão de desânimo em razão das dificuldades. Nas próximas edições, relataremos como está o desenvolvimento das ações descritas acima e também o resultado da equipe de levantamento de pragas, além da produtividade da área.

Por: Marino Guerra – Revista Canavieiros

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