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Centro-Sul enfrenta clima seco e ajusta projeções para a safra 2025/26

Moagem revisada para 608,5 milhões de toneladas, com expectativa de maior produção de açúcar

A safra 2025/26 no Centro-Sul do Brasil se desenha sob a influência de um clima mais seco no início do ano, impactando a umidade do solo e a produtividade dos canaviais. Entre janeiro e fevereiro, o acumulado de chuvas ficou 35% abaixo da média histórica, fator que levou a uma leve revisão na projeção de moagem, agora estimada em 608,5 milhões de toneladas – uma redução de 2% em relação à previsão anterior, conforme estimativa da StoneX.

Apesar disso, as condições climáticas favorecem um teor de açúcar mais elevado na cana, o que impulsionou a revisão para cima do ATR, que deve alcançar 141,1 kg/ton. Com isso, a produção de açúcar foi ajustada para 41,7 milhões de toneladas, um crescimento de 4,2% na comparação anual. Já as exportações devem atingir 32,6 milhões de toneladas ao longo do ciclo.

No mercado de etanol, espera-se uma queda na demanda em relação ao ano anterior, com a produção projetada em 34,5 milhões de m³, recuo de 2%. Um fator que pode influenciar positivamente esse mercado é a possível aprovação do aumento da mistura de etanol anidro na gasolina de 27% para 30%, embora a data de implementação da medida ainda não esteja definida.

Impactos climáticos e perspectivas para a produção

Segundo a consultoria, o período seco no início de 2025 trouxe desafios para os canaviais do Centro-Sul, com redução na umidade do solo e um impacto direto na produtividade. O TCH (toneladas de cana por hectare) foi revisado para 71,9 ton/ha, um corte em relação à estimativa anterior de 79,4 ton/ha, mas ainda acima dos níveis registrados na safra 2024/25.

As previsões para março indicam um possível aumento no volume de chuvas, o que poderia ajudar na recuperação da umidade do solo. Entretanto, a tendência de início antecipado da colheita pode influenciar a qualidade da cana no começo do ciclo, resultando em um mix menos açucareiro no primeiro trimestre da safra e maior oferta de etanol nesse período.

Safra 2024/25: retrospectiva e fechamento

Já na reta final, a safra 2024/25 acumulava 614,4 milhões de toneladas moídas até a primeira quinzena de fevereiro, uma queda de 5% em relação ao ciclo anterior. O mix açucareiro foi de 48%, totalizando uma produção de 40 milhões de toneladas de açúcar.

No mercado de etanol, as vendas internas de etanol hidratado registraram um crescimento expressivo de 16% no ano, impulsionadas pela competitividade do biocombustível nos postos. Ainda assim, os estoques de passagem devem encerrar o ciclo acima da média histórica, limitando a recuperação dos preços do etanol no curto prazo.

Com essas projeções, a safra 2025/26 se encaminha para um cenário de alta produção de açúcar e estabilidade no mercado de etanol, enquanto o clima seguirá sendo um fator determinante para a produtividade dos canaviais nos próximos meses.

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