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Fenasucro & Agrocana lança 31ª edição com destaque para Canaoeste Green

A 31ª edição da Fenasucro & Agrocana foi lançada no dia 15, durante o Seminário da Indústria 2025, no Auditório Sicoob Cocred em Sertãozinho – SP, e teve como destaque o programa CanaoesteGreen.

A iniciativa, que visa a aplicação de soluções sustentáveis no setor, busca valorizar os produtores rurais de cana-de-açúcar por meio do sequestro de gases de efeito estufa e preservação da vegetação existente em suas propriedades rurais, com foco na adoção de práticas agrícolas com menor impacto ambiental e uso eficiente de recursos naturais, conectando produção agrícola e bioenergia.

Com a parceria, o programa irá estimar o lançamento de gases de efeito estufa dos estandes e áreas comuns da Fenasucro & Agrocana e realizar a compensação em área de vegetação nativa localizada nas áreas dos produtores rurais associados.

“O Canaoeste Green permite que os expositores neutralizem as emissões de carbono geradas para a montagem dos estandes e deslocamentos até a feira, além de incluir os visitantes nesse compromisso ambiental”, afirmou Paulo Montabone, diretor da feira.

Segundo ele, o objetivo é claro. “Contribuir com a descarbonização do planeta e fazer da feira um exemplo de sustentabilidade no setor”, disse, complementando “Toda a estrutura da feira já está 100% comprometida com esse projeto. Isso significa que estamos construindo uma feira limpa, sustentável e com impacto ambiental reduzido. Juntos, vamos além dos negócios: vamos cuidar do futuro!”.

Modelo de transparente e rastreável de compensação ambiental

Fábio Soldera, gestor de sustentabilidade da Canoeste, destaca que o objetivo do programa CanaoesteGreen é oferecer um modelo transparente e rastreável de compensação ambiental, baseado em critérios reconhecidos internacionalmente. “A Fenasucro & Agrocana se consolida, assim, como um exemplo de que eventos de grande porte podem — e devem — ser aliados do meio ambiente”, destaca. Ele explicou que o programa é resultado de uma parceria entre a Canoeste e a feira, e conta com o apoio do escritório de advocacia BBMOV.

Diego Rossaneis, advogado do BBMOV, especialista em direito ambiental e agronegócio, afirmou que o escritório foi fundamental para a instrumentalização jurídica do programa CanaoesteGreen, que está sendo implementado pelo segundo ano consecutivo na Fenasucro&Agrocana.

“O BBMOV foi o responsável pela regulamentação jurídica do programa frente às legislações que regem a matéria”, disse Rossaneis. Ele destacou que, por se tratar de um programa voluntário, foi necessário um trabalho intenso de regulamentação e estudos jurídicos para garantir a conformidade legal.

“O programa depende de todo um trabalho prévio de regulamentação e estudos jurídicos relacionados ao assunto”, explicou. Ele ainda ressaltou que o objetivo é assegurar segurança jurídica aos envolvidos e garantir que o programa atue dentro das normas vigentes.

Edição 2025 da Fenasucro&Agrocana

Com novos formatos de conteúdo, expansão de mercados e foco na consolidação do Brasil como referência na transição energética global e nas tecnologias de baixo carbono, a feira será realizada entre os dias 12 e 15 de agosto, no Centro de Eventos Zanini, em Sertãozinho/SP, com apoio oficial do CEISE Br e organização e promoção da RX.

Em 2025, a Fenasucro & Agrocana receberá visitantes qualificados, com a participação de compradores de pelo menos 60 países, entre eles representantes dos setores de bioenergia, etanol de milho, açúcar, alimentos e bebidas, papel e celulose, biodiesel e logística.

O evento contará com mais de 600 marcas expositoras, mais de 3 mil produtos nacionais e internacionais em exibição e uma programação com mais de 100 horas de conteúdo. E a meta deste ano é ultrapassar os R$ 10,7 bilhões em negócios gerados na edição anterior.

 Foco em conteúdo qualificado

Esta edição terá como uma faz novidades o lançamento da FenaBio, novo espaço de conferências e exposição do setor de bioenergia, que contará com quatro dias de exposição de marcas focadas em alternativas energéticas renováveis e dois de conteúdos com palestrantes renomados com foco nas principais tendências da bioenergia e transição energética. A iniciativa tem curadoria de Adhemar Altieri, da Media Link Brasil.

De acordo com o gerente de produto da RX, Daniel Pereira, a proposta da FenaBio é ampliar o escopo da feira ao incluir os subprodutos provenientes do milho e da cana-de-açúcar, como biogás, hidrogênio verde, combustível de aviação, eficiência energética, além de captura de carbono.

“A FenaBio nasce integrada à Fenasucro & Agrocana, com conteúdo relevante, exposições e conexões focados em bioeconomia e no crescimento da demanda energética, tecnologia, modernização do setor e ascensão das energias renováveis”, explica.

Seminário da Indústria marcou os 45 anos do CEISE Br

Todos os detalhes da 31ª edição da Fenasucro & Agrocana foram apresentados na abertura do Seminário da Indústria “Desafios e Oportunidades na cadeia produtiva de bioenergia”. Realizado pelo CEISE Br para marcar os 45 anos de sua fundação (celebrados no dia 10 de maio) e o Dia da Indústria (que se comemora no dia 25 de maio), o evento contou com dois painéis de debates.

Leonardo Nakamura, engenheiro de Energia da COGEN, destacou o conceito de adensamento industrial como uma estratégia essencial para fortalecer a cadeia produtiva do setor energético. Segundo ele, essa abordagem possibilita a maximização da eficiência produtiva, promovendo uma redução significativa nos custos operacionais. Além disso, o adensamento contribui para a melhor utilização dos recursos naturais e energéticos, impulsionando a geração de empregos qualificados e fomentando o desenvolvimento econômico nas regiões onde ocorre.

Nakamura também ressaltou que o adensamento industrial amplia a capacidade de inovação e pesquisa, o que é fundamental para a competitividade do setor. Outro ponto importante é sua contribuição para a sustentabilidade ambiental, evidenciando o alinhamento da estratégia com as demandas globais por práticas produtivas responsáveis.

Crescimento e diversificação na produção de grãos

Bruno Alves, diretor de Relações Governamentais e Sustentabilidade da UNEM, apresentou dados relevantes sobre a evolução da produção de grãos no Brasil, destacando seu impacto direto no setor de bioenergia. Nos últimos sete anos, o país elevou seu volume de produção de 80,71 milhões para 124,70 milhões de toneladas, com uma projeção otimista de alcançar 151,14 milhões de toneladas no período 2033/44.

Além do aumento quantitativo, Alves enfatizou a diversificação da oferta de cereais, incluindo sorgo, trigo, triticale e milheto. Essa variedade amplia as possibilidades de matérias-primas para a indústria de bioenergia, tornando o setor mais resiliente e adaptável às demandas do mercado.

Políticas públicas pautadas pelo baixo carbono

Luciano Rodrigues, diretor de Inteligência Setorial da UNICA, abordou a necessidade de que as políticas públicas brasileiras sejam guiadas por princípios sólidos, em especial o compromisso com o baixo carbono ao longo de todo o ciclo de vida dos produtos. Ele ressaltou que o país não deve focar exclusivamente em tecnologias específicas, mas sim em diretrizes que promovam a sustentabilidade e a redução de emissões.

Rodrigues destacou que a produção de etanol no Brasil é um exemplo mundial de eficiência na redução de gases de efeito estufa por quilômetro rodado, reforçando o papel do país como líder global no segmento. Além disso, apontou o potencial brasileiro para assumir uma posição de destaque na bioeletrificação, área em expansão que pode trazer benefícios econômicos e ambientais significativos nos próximos anos.

Avanços regionais e reconhecimento das cadeias produtivas locais

No painel “CPL Bioenergia CEISE Br”, Júlia da Motta, subsecretária de Competitividade e Desenvolvimento Econômico e Regional do Governo do Estado de São Paulo, apresentou os progressos realizados pelo Programa SP Produz. Ela detalhou o processo de reconhecimento das Cadeias Produtivas Locais (CPLs), destacando os resultados positivos já alcançados em 2024.

Júlia reforçou a importância dessas iniciativas para fomentar a competitividade regional e fortalecer os setores produtivos locais, criando um ambiente propício para o crescimento sustentável da bioenergia no estado de São Paulo e, consequentemente, em todo o país.

Para a presidente do CEISE Br (Centro Nacional das Indústrias do Setor Sucroenergético e Biocombustíveis), Rosana Amadeu, a programação do Seminário da Indústria 2025 reflete os avanços e as urgências da cadeia produtiva de bioenergias.

“Debater novas rotas tecnológicas, políticas públicas e competitividade é fundamental para que o setor continue sendo protagonista na transição energética do Brasil. Temos um momento estratégico para ciência, inovação, sustentabilidade e desenvolvimento – de local a nacional -, com a união de especialistas, lideranças, indústria e governo”, afirma.

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