De acordo com os dados recentes, a safra de cana-de-açúcar do Centro-Sul até setembro é notavelmente superior às colheitas anteriores, apresentando os melhores números em 20 anos.
De acordo com a consultoria, o bom clima ajudou na realização dos planos de colheita.
Para a temporada 2023/24 no Centro-Sul, a DATAGRO prevê uma colheita de 624,5 milhões de toneladas. Estima-se uma produção de açúcar de 40,30 milhões de toneladas e um mix de açúcar de 48,6%. “Nos últimos meses, a proporção destinada à produção de açúcar atingiu os níveis mais altos da última década”, afirmou a empresa. Sobre o rendimento, é esperado 139,40 kg ATR/t, uma diminuição de 1,0% em relação a 2022/23.
A produção de etanol é projetada em 32,30 bilhões de litros, um aumento em relação aos 28,91 bilhões do ciclo anterior. Essas informações foram apresentadas na 23ª Conferência Internacional DATAGRO sobre Açúcar e Etanol na capital paulista.
Graças às chuvas em 2022 e 2023 e sem ocorrências de geada, a safra 2023/24 foi bem-sucedida.
Em relação ao Norte/Nordeste, a DATAGRO espera 62,0 milhões de toneladas de cana moída para 2023/24, uma elevação de 0,6% em relação à safra anterior. A produção de açúcar deve crescer 7,0% para 3,60 milhões de toneladas, com um mix de açúcar de 48,4%. A produção de etanol está projetada em 2,35 bilhões de litros, similar à temporada anterior. O rendimento esperado é de 126,00 kg ATR/t, um aumento de 2,7% em relação a 2022/23.
Para o ciclo 2024/25, a DATAGRO indica uma colheita de 620 milhões de toneladas no Centro-Sul, uma queda de 0,7% em relação à safra anterior. A produção de açúcar é projetada em 42,60 milhões de toneladas, um aumento de 5,7%, com um mix de 51,8%. A produção de etanol deve ser de 31,32 bilhões de litros, uma queda de 3,0%.
Mercado global de açúcar
Com a oferta limitada e a tendência de alta nos preços, a safra global 2023/24 deve registrar um déficit de 2,1 milhões de toneladas, conforme indicado pela Organização Internacional do Açúcar (OIA) durante a Conferência DATAGRO. José Orive, diretor executivo da OIA, revelou que a produção mundial deve ser de 174,8 milhões de toneladas, enquanto o consumo global deve ser de 176,96 milhões de toneladas.
Orive destacou que o Brasil deve continuar a liderar as exportações, seguido por Tailândia e Índia. Ele também prevê que os preços globais do açúcar devem se manter em alta neste ciclo.
