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Moagem de cana cai 17,81% na primeira quinzena de março, enquanto produção de etanol de milho cresce 41%

Volume processado diminui em relação ao ciclo anterior, mas biocombustível se destaca

Na primeira quinzena de março, as unidades produtoras da região Centro-Sul processaram 1,83 milhão de toneladas de cana-de-açúcar, uma redução de 17,81% em comparação com as 2,22 milhões de toneladas registradas no mesmo período da safra 2023/24. No acumulado da safra 2024/25, até 16 de março, a moagem totalizou 617,28 milhões de toneladas, refletindo uma queda de 4,94% em relação ao ciclo anterior.

Nos primeiros quinze dias de março, 19 unidades iniciaram a safra 2025/26. Ao fim da quinzena, 37 unidades estavam em operação na região Centro-Sul, das quais 22 processavam cana, dez produziam etanol a partir do milho e cinco eram usinas flex. Na safra passada, esse número era de 41 unidades.

Luciano Rodrigues, diretor de Inteligência Setorial da União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (UNICA), destacou que “estamos observando o início da retomada da moagem das usinas neste mês. Na segunda quinzena de março, pelo menos outras 19 unidades devem retomar as atividades, embora esse cronograma possa variar conforme as condições climáticas e operacionais de cada região”.

Qualidade da matéria-prima e produção de açúcar

O índice de Açúcares Totais Recuperáveis (ATR) na primeira quinzena de março foi de 99,17 kg por tonelada de cana, uma queda de 9,82% em relação aos 109,96 kg registrados no mesmo período da safra 2023/24. No acumulado do ciclo, o ATR atingiu 141,35 kg por tonelada, um leve aumento de 1,38%.

A produção de açúcar no período somou apenas 52 mil toneladas, representando uma queda de 19,10% na comparação anual. Desde o início da safra até 16 de março, a fabricação totalizou 39,98 milhões de toneladas, uma retração de 5,34%.

Destaque para o etanol de milho

A produção de etanol no Centro-Sul alcançou 441,5 milhões de litros na primeira quinzena de março, sendo 367 milhões de litros de etanol hidratado (+9,18%) e 74,6 milhões de litros de etanol anidro (+144,20%). No acumulado da safra, a produção de biocombustível somou 34,42 bilhões de litros, com um aumento de 4,11%.

Do total de etanol fabricado na primeira quinzena de março, 82,77% vieram do milho, alcançando 365,47 milhões de litros, um expressivo crescimento de 41,08% em relação ao mesmo período do ciclo passado. Desde o início da safra, a produção de etanol de milho somou 7,83 bilhões de litros, uma alta de 31,22%.

Vendas de etanol e impacto no mercado

As vendas de etanol na primeira quinzena de março totalizaram 1,34 bilhão de litros. O volume de etanol hidratado vendido no mercado interno foi de 805,60 milhões de litros, uma queda de 15% em relação ao mesmo período da safra passada. Já as vendas de etanol anidro cresceram 4,18%, alcançando 482,36 milhões de litros.

Desde o início da safra até 16 de março, a comercialização de etanol atingiu 34,03 bilhões de litros (+8,91%). O volume de etanol hidratado comercializado foi de 21,90 bilhões de litros (+14,66%), enquanto o de etanol anidro totalizou 12,13 bilhões de litros (-0,13%).

“O aumento expressivo de quase 15% nas vendas de etanol hidratado no acumulado da safra reforça a competitividade do biocombustível, proporcionando mais opções aos consumidores e contribuindo para a redução de custos com combustíveis”, afirmou Rodrigues.

Mercado de CBios mantém forte emissão

Segundo dados da B3 até 24 de março, os produtores de biocombustíveis emitiram 10,30 milhões de créditos de descarbonização (CBios) em 2025. Atualmente, há 22,91 milhões de créditos disponíveis para negociação entre agentes obrigados, não obrigados e emissores.

Os dados reforçam a dinamicidade do setor sucroenergético, que segue em constante evolução, com desafios na moagem, avanços na produção de etanol de milho e forte presença no mercado de biocombustíveis.

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