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Variações climáticas influenciam a produção agrícola no Brasil e na Argentina

Déficit hídrico e ao calor acima da média em algumas regiões comprometeu o potencial produtivo de algumas lavouras

A análise mais recente do setor agrícola, elaborada pela Consultoria Agro do Itaú BBA, destaca os principais eventos climáticos e suas implicações para as principais commodities agrícolas. O mês de janeiro trouxe mudanças significativas no padrão climático, afetando colheitas e projeções de produção.

O mês de janeiro registrou volumes expressivos de chuva no Centro-Norte do Brasil, enquanto o Sul enfrentou precipitações irregulares, especialmente no Rio Grande do Sul. O excesso de umidade causou atrasos na colheita e impactos na qualidade dos grãos, embora a produtividade no Mato Grosso – MT tenha sido mantida. A Argentina enfrentou um cenário semelhante ao do RS, com chuvas reduzidas e calor intenso comprometendo o potencial produtivo de algumas lavouras.

Em dezembro, as chuvas ocorreram de forma uniforme em quase todas as regiões produtoras do Brasil, mas em janeiro houve concentração das precipitações no Centro-Norte e maior irregularidade no Sul. Essa alteração reduziu o potencial produtivo das lavouras gaúchas, principalmente devido ao déficit hídrico e ao calor acima da média.

O Mato Grosso, por outro lado, deve registrar uma produção expressiva, apesar dos atrasos na colheita da soja devido ao grande volume de chuvas em janeiro. Alguns produtores colheram grãos com umidade acima do ideal, mas os primeiros resultados indicam uma safra recorde para 2024/25.

Na Argentina, a condição climática foi favorável até o final de 2023, mas a redução das precipitações em janeiro alterou esse panorama. Com menor volume de chuvas, a produção de soja e milho no país deve ficar abaixo das estimativas iniciais, refletindo um impacto direto na oferta global de grãos.

Redução das chuvas favorece a colheita na região central

As projeções climáticas para os próximos dias indicam chuvas concentradas no Norte do Brasil, enquanto o Sul deve receber algumas precipitações. Ao mesmo tempo, uma nova onda de calor atingirá o interior do país, elevando as temperaturas.

Os modelos meteorológicos apontam que, nas próximas duas semanas, a região central do Brasil terá uma trégua nas chuvas, o que favorecerá a aceleração da colheita e do plantio da segunda safra. Por outro lado, o Rio Grande do Sul e a Argentina devem receber chuvas que podem amenizar, ao menos parcialmente, o estresse hídrico das lavouras.

Após uma forte onda de calor que impactou a Argentina e o RS, um novo evento climático atingirá as regiões Sudeste e Nordeste, com temperaturas podendo ultrapassar 40°C em estados como Minas Gerais, Bahia, Pernambuco e Piauí. Em São Paulo, os termômetros podem alcançar até 38°C. Segundo a Climatempo, essa onda de calor deve persistir até pelo menos 18 de fevereiro.

O Oceano Pacífico continua apresentando características do fenômeno La Niña (águas frias), mas projeções indicam um aquecimento nos próximos meses, levando a uma condição de neutralidade climática, sem influência de La Niña ou El Niño. Durante anos de transição entre verão e outono com clima neutro, a estação chuvosa tende a se encerrar mais cedo na região central do Brasil, resultando em precipitações abaixo da média em abril e maio.

Esse padrão atmosférico também pode elevar o risco de geadas precoces no Centro-Sul, o que gera preocupação devido ao plantio atrasado. Caso ocorra, a menor umidade durante a fase reprodutiva das plantas pode comprometer ainda mais a produção agrícola.

Com essas atualizações, os agentes do setor devem monitorar atentamente as mudanças climáticas e seus impactos no rendimento das culturas, ajustando estratégias para mitigar riscos e aproveitar oportunidades no mercado de commodities agrícolas.

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