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Conheça as estratégias eficazes para proteger os canaviais da Cigarrinha das Raízes

Cigarrinha

Manejo Integrado de Pragas é a chave para reduzir os danos causados por essa ameaça crescente à cultura da cana-de-açúcar

A cigarrinha das raízes desponta como uma das maiores preocupações para os produtores de cana-de-açúcar no Brasil. Alessandra Durigan, gestora técnica da Canaoeste, destaca que a evolução da colheita mecanizada e o acúmulo de palha no solo criaram condições ideais para a proliferação dessa praga, que impacta diretamente a produtividade das lavouras.

“A queima da palha, prática comum no passado, ajudava a eliminar ovos e reduzir a infestação no ciclo seguinte. Com a adoção do sistema de cana crua, o ambiente ficou mais favorável para o desenvolvimento das populações”, explica.

Presente em todas as regiões produtoras, com destaque para o estado de São Paulo, a cigarrinha das raízes apresenta três gerações durante o período chuvoso:

Primeira geração (setembro a outubro): ocorre com o início das chuvas.

Segunda geração (dezembro a janeiro): marca o pico de infestação.

Terceira geração (março a abril): apresenta menor intensidade.

As fêmeas depositam de 300 a 380 ovos próximos às raízes, e as ninfas, protegidas por uma espuma característica, atacam diretamente as raízes da planta, comprometendo seu desenvolvimento. Os adultos, por sua vez, injetam toxinas nas plantas, reduzindo a capacidade fotossintética, causando amarelecimento das folhas e diminuindo o teor de sacarose.

Os danos podem reduzir em até 40% a produtividade da cana colhida no final da safra. Além disso, variedades mais suscetíveis ao ataque exigem atenção redobrada no manejo, como a priorização dessas áreas para colheita no início da safra, aproveitando o vigor inicial da planta.

Alessandra enfatiza que o controle da cigarrinha deve ser integrado, envolvendo uma combinação de métodos. As principais ações incluem:

Monitoramento de Campo:

Realizar levantamentos regulares é essencial. Segundo a gestora, o monitoramento deve começar 15 a 20 dias após as primeiras chuvas da primavera, cobrindo pelo menos 30% dos talhões. A idade do canavial também é determinante: canaviais jovens são mais vulneráveis, enquanto canaviais maduros suportam populações maiores antes de exigir controle.

Controle Químico:

O uso de inseticidas como Thiametoxam, Etiprole, Dinotefuram, Piriproxifem, deve ser baseado em critérios técnicos, evitando a resistência da praga. Aplicações tratorizadas no sistema 70×30 (70% do produto na planta e 30% no solo) têm demonstrado maior eficiência.

Controle Biológico:

O fungo Metarhizium anisopliae é uma alternativa sustentável e eficaz, especialmente quando aplicado em densidades de ninfas próximas a 1 por metro linear. A aplicação deve ser realizada no final da tarde ou em dias nublados para maximizar sua eficácia.

Controle Cultural:

A prática de enleiramento, ou retirada parcial da palhada, pode ajudar a reduzir as populações da praga. No entanto, essa técnica deve ser usada com cautela para não comprometer a umidade do solo e o desenvolvimento da cultura.

Integração com outras estratégias:

É possível alinhar o manejo da cigarrinha com o controle de outras pragas, como o Sphenophorus levis, utilizando produtos com ação combinada.

O controle eficaz da cigarrinha das raízes exige ações integradas e imediatas. Além do monitoramento constante, é essencial seguir as boas práticas agrícolas e respeitar os critérios técnicos para a aplicação de produtos.

A Canaoeste oferece suporte técnico especializado aos produtores, auxiliando na implementação de estratégias de controle e promovendo o manejo sustentável da cultura. O uso do Manejo Integrado de Pragas (MIP) possibilita minimizar os danos, garantir a produtividade e proteger os canaviais de forma eficiente e ambientalmente responsável.

Consulte os engenheiros agrônomos da Canaoeste para um manejo bem-sucedido e aumente a resiliência da sua lavoura

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