Pelican Spray promete revolucionar a pulverização aérea com tecnologia sustentável

O Brasil terá uma aeronave agrícola não tripulada e 100% elétrica para uso da pulverização aérea. Desenvolvido pela empresa californiana Pyka Inc., o avião autônomo será comercializado no país por meio de uma parceria com a SynerJet Corp., empresa especializada em aviação executiva e soluções tecnológicas para o setor.

A aeronave, considerada o maior Sistema Aéreo Não Tripulado (UAS) autorizado pela Administração Federal de Aviação (FAA) dos Estados Unidos para uso comercial, será adaptada para operar no Brasil, seguindo as regulamentações da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC). A expectativa é de que as primeiras unidades sejam entregues no país a partir de 2026.

O Pelican Spray se destaca por sua tecnologia avançada, oferecendo maior precisão na aplicação de defensivos agrícolas e redução de custos operacionais. A aeronave possui quatro motores elétricos, 6,1 metros de comprimento e 11,6 metros de envergadura. Sua autonomia de voo varia entre 35 e 45 minutos, alcançando uma velocidade de 130 km/h.

Com capacidade para transportar até 300 litros de produto, a aeronave pode cobrir 90 hectares por hora, aplicando 10 litros de defensivo por hectare. Além disso, um dos grandes diferenciais do modelo é a redução de 15% no consumo de insumos, resultado de seu sistema avançado de pulverização, que minimiza perdas por deriva.

O Pelican Spray tem capacidade de operar durante a noite, dobrando a janela de pulverização e aumentando a produtividade no campo.

A empresa considera o Brasil um mercado promissor para a aviação agrícola autônoma. Desde o lançamento da primeira unidade em 2021, a Pyka expandiu suas operações para a América do Norte e Central, contando atualmente com uma frota de 10 aeronaves em operação.

Segundo Mateus Dallacqua, diretor de Vendas e Inovação da SynerJet, a expectativa é de que o mercado brasileiro absorva até 100 unidades do Pelican Spray por ano, com um volume inicial de 20 aeronaves no primeiro ano de comercialização. A produção das primeiras unidades para o Brasil deve começar em 2025, com entregas previstas para o início de 2026.