Lia Junqueira transformou a Fazenda Pavão

No coração do setor sucroenergético, a história de Lia Junqueira Netto Teixeira é um exemplo inspirador de resiliência, inovação e liderança feminina. Natural de São Paulo, nascida em 1955, Lia cresceu em meio à agricultura, herdando o amor pela terra e a determinação que hoje definem sua trajetória.
Com uma produção atual de 60 mil toneladas de cana-de-açúcar e uma produtividade média de 100 toneladas por hectare, a Fazenda Pavão, localizada na região de Barretos – SP, é um modelo de organização e eficiência no setor, resultado direto do empenho e da visão de sua gestora.
Vinda de uma família de produtores rurais, Lia foi marcada desde cedo pelo exemplo de trabalho incansável de seus pais. Sua mãe, que herdou a propriedade de seu avô, comandava ao lado do pai de Lia atividades que incluíam o cultivo de laranja e a criação de gado e cavalos da raça Mangalarga.
Entretanto, a crise da laranja na região trouxe desafios inesperados, forçando a família a repensar sua estratégia produtiva. Foi nesse contexto que a Fazenda Pavão direcionou seus esforços para a produção de cana-de-açúcar, dando início a um novo capítulo de sua história.
Em 2002, já com seu pai em idade avançada, Lia assumiu a administração da propriedade. Ao lado dele, consolidou um modelo de gestão eficiente, transformando a fazenda em um exemplo de produtividade e organização.
Um modelo de transformação e sustentabilidade
Desde o início de sua liderança, Lia, que é divorciada e tem duas filhas e dois netos, tinha uma meta clara: fazer da Fazenda Pavão um modelo de excelência no setor sucroenergético. Sua dedicação e planejamento renderam frutos, e hoje a propriedade é certificada pela Bonsucro, um marco que reflete seu compromisso com a sustentabilidade.
Para Lia, essa conquista é motivo de orgulho: “Hoje posso dizer que entregarei para meus sucessores uma propriedade produtiva e organizada. A certificação Bonsucro foi a realização de um sonho”, afirmou.
Com o apoio da Canaoeste, Lia implementou práticas modernas e sustentáveis, reforçando a eficiência da fazenda e garantindo um legado promissor para as próximas gerações.
Mais do que uma gestora, Lia é uma apaixonada pelo campo. Para ela, o trabalho rural não é apenas uma obrigação, mas um estilo de vida: “Meu esporte, meu hobby e meu vício é meu trabalho. Moro e gosto muito da vida tranquila da fazenda”, elucida.
Essa paixão, aliada à sua personalidade simples e dedicada, é a base de seu sucesso. Lia acredita que o esforço, o planejamento e o amor pelo que se faz são os principais ingredientes para conquistar resultados sólidos.
Ela também enxerga o crescente protagonismo feminino no agronegócio como uma mudança positiva e necessária. “As mulheres são muito determinadas. Se dedicam de corpo e alma quando se propõem a fazer algo”, destaca.
Esta matéria faz parte do livro “Mulheres da Cana” – 2ª edição – lançado nesta quinta-feira (20), durante o 13º Cana Substantivo Feminino.
Para baixar a edição, clique aqui:
https://www.canaonline.com.br/conteudo/livro-mulheres-da-cana-edicao-2.html
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