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Etanol avança em junho, mas açúcar cristal atinge menor cotação em quatro anos

Levantamento do Cepea aponta tendências distintas para os mercados de etanol e açúcar no estado de São Paulo, refletindo oscilações na demanda e nas condições climáticas

O mês de junho terminou com movimentos contrastantes nos principais produtos da cadeia sucroenergética. De um lado, os preços do etanol encerraram o mês em alta no mercado spot paulista, impulsionados por fatores climáticos e institucionais. De outro, o açúcar cristal branco registrou sua menor cotação nominal desde julho de 2021, pressionado pela fraca demanda interna e pela desvalorização no cenário internacional.

Entre os dias 23 e 27 de junho, o Indicador CEPEA/ESALQ para o etanol hidratado atingiu R$ 2,6099 por litro (líquido de ICMS e PIS/Cofins), o que representa uma valorização de 1,57% em relação ao período anterior. No mesmo intervalo, o anidro teve uma elevação ainda maior, de 2,84%, fechando a R$ 2,9962 por litro, também sem impostos.

Segundo analistas do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), as chuvas recentes, associadas a episódios de geada em estados produtores, contribuíram para o aquecimento do mercado, somando-se à aprovação da elevação da mistura obrigatória de etanol anidro na gasolina de 27% para 30%, a partir de agosto.

Além disso, o aumento no volume de etanol hidratado negociado diretamente nas usinas foi outro elemento relevante para sustentar os preços. A expectativa de incremento na demanda do biocombustível, frente à paridade competitiva com a gasolina, também reforça um cenário de valorização para o etanol nos próximos meses, especialmente em estados com maior frota flex, como São Paulo, Paraná, Mato Grosso e Minas Gerais.

Mercado de açúcar

Por outro lado, o mercado do açúcar cristal branco segue em trajetória descendente. Na sexta-feira, 27 de junho, o Indicador CEPEA/ESALQ – cor Icumsa 130-180 – registrou o valor de R$ 117,00 por saca de 50 kg, o mais baixo nominalmente desde o final de julho de 2021. No balanço da semana entre 23 e 27 de junho, a média do indicador ficou em R$ 120,25 por saca, o que representa uma retração de 4,4% em relação à semana anterior.

Os pesquisadores do Cepea atribuem essa pressão negativa à baixa demanda para pronta-entrega no mercado doméstico, além da desvalorização do açúcar no mercado internacional. Apesar da queda contínua, o preço pago pelo açúcar no spot paulista ainda é mais vantajoso do que as cotações externas, o que pode servir como um ponto de apoio para o setor nas próximas semanas.

Enquanto o etanol se beneficia de condições conjunturais e de políticas públicas que favorecem sua competitividade, o açúcar cristal enfrenta desafios ligados ao consumo e à competitividade global. O comportamento dos preços nos próximos meses dependerá da dinâmica da safra, da regularidade climática e da resposta dos mercados às mudanças na demanda e nas exportações.

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