CNA discute remuneração de produtores de cana por CBios
A Comissão Nacional de Cana-de-Açúcar da CNA debateu a remuneração dos produtores e fornecedores de cana por meio do Crédito de Descarbonização por Biocombustíveis (CBios) durante reunião realizada na quarta (20), em Brasília.
O benefício está previsto dentro da Política Nacional de Biocombustíveis (RenovaBio) para usinas produtoras de etanol. Segundo o presidente da Comissão, Enio Fernandes, as indústrias irão receber uma remuneração pelos serviços ambientais, mas o produtor deve ser remunerado por um ativo que ele produziu.
“O produtor vai gerar esses CBios, mas quem vai comercializar é a indústria. Parte desse recurso tem que vir para o produtor e o que é de direito da usina deve ser repassado para a indústria”, afirma Fernandes.
O diretor da Federação dos Plantadores de Cana do Brasil (Feplana), Luís Henrique de Oliveira, reforça o direito dos produtores, mas ressalta que o RenovaBio é um programa que está sendo implantado e ainda precisa de ajustes nas partes de regulamentação e negociação.
“O CBios é feito no campo. Portanto é justo que os produtores recebam uma parcela desse crédito que será recebido pelo RenovaBio. Com bastante união das entidades e apoio da CNA, nós conseguiremos avançar”, disse ele.
A programação da reunião também contou com palestras sobre a ação da CNA contra a venda casada de produtos bancários atrelados ao crédito rural e as perspectivas macroeconômicas 2020 e os desafios fiscais do Brasil. O assessor técnico da Comissão de Cana-de-Açúcar da CNA, Rogério Avellar, fez uma apresentação sobre o acompanhamento dos resultados da safra 2019/2020.
Assessoria de Comunicação CNA