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Irrigação é ferramenta indispensável para mitigação dos riscos climáticos

O cenário climático de 2024 deixou cicatrizes nos canaviais que serão colhidos na safra atual. Déficits hídricos altos e prolongados reduziram o ritmo de desenvolvimento das lavouras, com impactos também na qualidade de brotação das soqueiras. Diante desse cenário, a expectativa é de quebra na produção. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estima que a safra 2025/26 terá uma moagem de 663,4 milhões de toneladas, volume 2% inferior ao registrado em 2024/25 e 7% menor na comparação com 2023/24.

Sócios e Consultores da Planiagro Consultoria e Assessoria, Rogério do Nascimento e Rodrigo Vinchi afirmam que as canas colhidas neste primeiro semestre serão as mais afetadas. “Senão bastasse o clima de 2024, o início de 2025, em especial os meses de fevereiro e março, também apresentou chuvas muito abaixo do esperado. Fato que impactou ainda mais a produção desses canaviais, que registraram uma das piores produtividades agrícolas de início de safra dos últimos anos”.

Felizmente, as expectativas para o segundo semestre são melhores. Rogério e Rodrigo destacam que os canaviais que serão colhidos a partir de julho estão sendo agraciados com boas chuvas desde abril. Pluviosidade esta que deverá atenuar parte das perdas registradas no início da safra. “Resumidamente, o cenário do ciclo atual é de um início muito ruim e um final melhor do que a média”.

Toda essa instabilidade climática só reforça a tese de que o clima vem “jogando” contra o segmento canavieiro nos últimos anos, reduzindo as médias de produção e impactando negativamente a rentabilidade de usinas e agrícolas pelo país. Cada vez mais frequente, essa situação tem levado produtores a buscar formas de mitigar esses riscos. A irrigação – outrora vista como essencial apenas para a produção de cana no Nordeste brasileiro – desponta como a opção mais viável.

Especialistas afirmam que a tecnologia se tornou indispensável para o sistema de produção de cana-de-açúcar na atualidade, pois mesmo naqueles períodos de melhor pluviosidade, as áreas irrigadas entregam maiores produtividades. Em 2020, um ano de boas condições climáticas, por exemplo, a produção nas áreas de gotejamento foi 58% superior ao sequeiro. Já no ano seguinte, o pior da série histórica, a diferença foi de 72%.

Diante dessas informações, é correto afirmar que já passou da hora de criarmos uma cultura irrigante dentro das empresas bioenergéticas. Ninguém mais tem dúvidas sobre a eficácia da irrigação em cana-de-açúcar. O necessário agora é parar de pensar nela apenas nos anos em que secas severas destroem os canaviais. É preciso começar a investir na tecnologia desde já, criando uma espécie de “seguro contra o clima”, visando garantir a produção mesmo diante de condições climáticas adversas que, uma hora ou outra, irão surgir no horizonte.

Jornada pela recuperação da produtividade agrícola passa, obrigatoriamente, pela irrigação

As condições climáticas dos últimos anos têm sido cada vez mais impetuosas. Quando analisadas as séries dos últimos 10 ou 15 anos, é visível uma redução nos volumes de chuva. Além disso, a concentração da precipitação em curtos episódios de maior intensidade também se mostra verdadeira. Ao que parece, esse será o grande desafio do futuro: lidar com condições climáticas mais desafiadoras em uma sociedade que cresce sem freios.

Segundo o consultor associado da Canaplan e sócio-diretor Solucrop, Nilceu Piffer Cardozo, muitos culpam o aumento dos custos de produção e, consequentemente, o avanço da idade média dos canaviais pela estagnação da produção dos canaviais brasileiros. No entanto, ele afirma que o histórico de produtividade agrícola x idade média mostra que, embora sejam importantes, não há uma relação direta entre as partes. “As condições climáticas podem não ser as únicas vilãs, mas constituem em um dos principais fatores redutores da produção agrícola”.

Na visão de Cardozo, vivemos à mercê do clima a todo momento, e a única saída é tentar fazê-lo se dobrar às nossas necessidades. “Se olharmos o balanço hídrico das últimas safras, fica claro que, mesmo em anos de boa pluviosidade, a precipitação foi bastante irregular, com chuvas intensas, mas espaçadas. Por conta disso, a jornada pela recuperação da produtividade passa, obrigatoriamente, pela irrigação”.

Para debater mais sobre os benefícios da irrigação, o GIFC – Grupo de Irrigação e Fertirrigação de Cana-de-Açúcar realiza no dia 25 de setembro de 2025, em São José do Rio Preto – SP, o Encontro técnico do GIFC – Irrigação em cana-de-açúcar e seus desafios: variedades responsivas, produtividade e colheitabilidade. Para saber mais acesse www.gifc.com.br.

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