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Mapeamento nacional avança em profundidade e oferece base inédita para decisões estratégicas no agro e no território

Nova coleção do MapBiomas Solo e plataforma SoilData ampliam acesso a informações sobre textura, carbono e propriedades do solo no Brasil

A rede MapBiomas divulgou uma nova coleção de dados que marca um avanço importante no conhecimento sobre o solo brasileiro. O conjunto, desenvolvido em parceria com o IPAM (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia), permite análises em profundidade de até 100 centímetros, ampliando a compreensão sobre textura, granulometria, pedregosidade e estoque de carbono orgânico.

A atualização chega acompanhada da plataforma SoilData, que reúne informações de centenas de estudos e oferece uma base pronta para uso em setores como agricultura, pecuária, conservação ambiental e planejamento territorial.

Segundo a analista de pesquisa do IPAM, Bárbara Costa, o acesso organizado a essas informações reposiciona o solo no centro das políticas ambientais. Ela lembra que esse compartimento pode atuar tanto como emissor quanto como sumidouro de carbono e que seu papel estruturante nem sempre recebe a devida atenção.

A nova coleção soma 60.883 registros de granulometria e 28.065 medições de carbono orgânico, cerca de 32% acima da série anterior. Os dados revelam que 63,4% do país apresenta textura média na camada superficial e que solos argilosos predominam a partir de 60 cm de profundidade. A variabilidade entre biomas é expressiva: a Mata Atlântica concentra a maior proporção de solos muito argilosos, enquanto Caatinga, Cerrado e Pampa mantêm predominância de textura média.

Estoque de carbono orgânico do solo 

O levantamento também atualiza o estoque de carbono orgânico do solo até 30 cm. Hoje, 35,9% das áreas armazenam entre 40 e 50 toneladas por hectare. Do total das 37,5 gigatoneladas estocadas no país, 52% estão na Amazônia. A pesquisa reforça o impacto do manejo na dinâmica do carbono. Pastagens degradadas aceleram perdas, enquanto sistemas bem conduzidos e o plantio direto favorecem a retenção.

A análise histórica é outro diferencial. A coleção reúne mais de 45 mil coletas realizadas ao longo de 66 anos, harmonizadas e disponibilizadas de forma unificada. A maioria das amostras está na Amazônia, seguida pela Mata Atlântica e o Cerrado. Para Costa, o acesso integrado a esse acervo abre caminhos para múltiplas aplicações, que vão da agricultura ao monitoramento de água, biodiversidade e impactos de mudanças no uso da terra.

Com interface intuitiva, filtros temáticos e possibilidade de cruzamento de dados, a plataforma SoilData oferece subsídios imediatos para estudos, modelagens e decisões estratégicas. O conteúdo já está disponível para consulta pública no site da iniciativa.

A plataforma SoilData está disponível no site: Link 

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