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7 Fake news Meteorológicas que você já deve ter caído

pessoas lendo fake news

Uma fake news é uma notícia falsa ou uma notícia inventada por alguém a fim de manipular uma determinada parte da população. Atualmente as fakes news são espalhadas em redes sociais como Facebook, Instagram e Whatsapp.

Geralmente quando ouvimos falar de fake news, ela está diretamente ligada à política ou algum mercado econômico. Mas também há fake news no mundo da meteorologia que também podem impactar na economia.

Provavelmente você já recebeu alguma mensagem falando de calor ou frio extremos, ou que algum furacão vai atingir o Brasil. Mas você já parou para pensar nos impactos que estas notícias falsas podem gerar nos mercados que dependem do tempo para lucrar? Como agricultura, setor de energia, varejo, seguradoras, entretenimento, entre outros.

Se você está interessado no assunto, continue acompanhando o nosso material e fique por dentro do que é verdadeiro ou falso e do quanto é importante ter uma consultoria meteorológica para te ajudar a não ser uma vítima.

Fevereiro mais quente da história

Imagine um comerciante de varejo que lucrou muito com o calor absurdo de janeiro de 2019 lendo que fevereiro vai ser mais quente do que o mês anterior e que será o mais quente da história, sem uma gota de chuva.

Empolgado com a notícia que leu em seu celular, já foi preparar o seu estoque de ar condicionado, ventiladores, umidificadores e outros artigos de calor. Quem fez isso, sem consultar um especialista, se deu mal.

Esta fake news é recente e foi espalhada pelo Whatsapp. Teve origem depois que o bloqueio atmosférico impediu o avanço de frentes frias em janeiro e também devido o início do El Niño, que é o aquecimento do Pacífico Leste. Com isso, a pessoa que criou esta fake news, supôs que fevereiro seria igual ou ainda mais quente.

Como esta mensagem envolveu o nome do INMET e do INPE – órgãos oficiais de meteorologia do Brasil – os próprios institutos colocaram uma nota em suas páginas iniciais desmentindo a notícia.

A mensagem era tão absurda que a própria natureza se encarregou a desmentir logo nos primeiros dias do mês.

Fortes temporais atingiram o Sudeste e a temperatura diminuiu. Pelos dados do INMET, fevereiro de 2019 ainda foi o mais chuvoso na capital paulista dos últimos 15 anos, e em Peruíbe, litoral de São Paulo, choveu três vezes a mais em relação à média climatológica.

Como dito no início, esta fake news poderia impactar o mercado de varejo mas também o de agricultura. Como janeiro teve muito calor e pouca chuva em grande parte do Brasil, muitos agricultores ficaram preocupados com as suas lavouras.

Com o solo seco, muitas plantações estavam precisando de água para se desenvolver ou até mesmo para germinar. Se um produtor acreditou nessa fake news, se precipitou e gastou dinheiro de forma desnecessária com irrigação ou outros insumos.

Outro setor que seria atingido é o de energia. Este setor recebe muitos impactos de uma simples especulação. Por exemplo: se uma determinada simulação atmosférica dá como resultado um mês chuvoso (ou seco), a empresa pode se deixar levar por isso e ter sérias consequências em seus lucros, podendo até mesmo, quebrar.

As empresas de energia necessitam saber não apenas do volume da chuva, mas também o local onde a chuva vai cair. Se algum analista se precipita ao ler esta notícia, pode tomar decisões erradas impactando não apenas o seu negócio, mas até mesmo a população.

Equinócio de 5 dias trará muito calor

Esta fake news aconteceu praticamente em conjunto com a do fevereiro mais quente, só que foi ainda mais absurda por não citar nenhum órgão de meteorologia e muito menos, por não ter base científica. Mesmo assim, gerou impactos nos setores de varejo e agricultura.

Nesta notícia apareceu a palavra “equinócio”, então primeiramente vamos entender o que é isso.

Equinócio é quando o Hemisfério Sul e Norte possuem dias e noites com a mesma duração, ou seja, com 12 horas cada, próximo à linha do equador. Isso acontece apenas duas vezes por ano: quando começa o outono ou quando começa a primavera; não cinco dias, como dizia a mensagem.

Se qualquer comerciante, seja varejista, agricultor ou empresa de energia, lê esta fake news sem base, iria cair nos mesmos erros citados anteriormente.

Inverno mais frio dos últimos 100 anos

Não é apenas o falso calor que prejudica a economia. O falso frio é ainda mais perigoso. O varejista necessita saber quando e quanto irá vender blusas e aquecedores, enquanto que os produtores precisam se precaver com as geadas.

Quase todos os anos surge uma especulação dizendo que o frio vai ser mais rigoroso, com geadas mais fortes. Em 2018 circulou no Whatsapp, Facebook e até em alguns sites que o inverno de 2018 seria o mais frio dos últimos 100 anos, que teríamos muitos episódios de geadas e até mesmo, de neve. Mesmo que bem escrita, não há base científica.

Muitas pessoas pensam que devido o verão ter sido muito quente, como compensação, o inverno será muito frio. Puro engano. Uma coisa não tem relação com a outra.

Para tal afirmação, é preciso saber se na determinada estação teremos o fenômeno do El Niño, La Niña ou neutralidade, dentre outras variabilidades.

A geada é um dos fatores meteorológicos mais temidos pelos agricultores, pois se são pegos de surpresa, podem perder grande parte da lavoura causando prejuízos gigantescos.

Como os produtores têm de respeitar a fase genealógica das plantas, precisam saber com meses de antecedência quando deve vir a primeira onda de frio com potencial para geada.

A notícia cita que os modelos numéricos de previsão do tempo indicavam este frio. Porém, mesmo se algum modelo atmosférico indica este frio, cabe ao meteorologista saber interpretar essa informação.

Para isso, nada melhor do que um monitoramento com meteorologistas para manter-se sempre bem informado.

Forte geada vai danificar as lavouras

Esta não é exatamente uma fake news, mas sim, especulações no mundo agrícola para mexer com a bolsa de valores.

Quase todos os anos falam por aí que uma forte geada vai danificar as lavouras, principalmente o café, a fim de fazer o preço da commodity subir e consequentemente alguns agricultores lucrarem mais.

Como dito anteriormente, os agricultores necessitam estar bem informados para uma geada, especialmente, se ela for mais intensa.

Nada melhor do que um monitoramento meteorológico em base das previsões numéricas para ajudá-los.

Furacão vai atingir o Brasil

Quem não se lembra da tragédia que o furacão Catarina causou no Brasil em março de 2004?

Foram quase 36 mil residências danificadas e prejuízo de cerca de 1 bilhão de reais. Na área rural do estado, culturas de milho, banana e hortifruti culturas foram extremamente danificadas, gerando prejuízos na economia.

Depois desse desastre, sempre que há uma tempestade intensa, surge nas redes sociais que um furacão vai atingir o Rio Grande do Sul, Santa Catarina ou até mesmo, o Rio de Janeiro. E em 2019, aconteceu justamente isso.

Entre os dias 6 e 7 de fevereiro de 2019 fortes temporais atingiram a região metropolitana do Rio de Janeiro com chuva acima da média climatológica do mês de fevereiro e ventos de pelo menos 110 km/h.

Com isso, surgiu boatos que um tornado e/ ou furacão atingiram o Rio de Janeiro, reforçados em sites e redes sociais, sendo que a causa da catástrofe foi uma série de outros sistemas meteorológicos.

Quando se trata de um furacão no Brasil, temos que ter em mente que isso é extremamente raro aqui no Brasil. O Catarina, foi o único furacão já registrado em território nacional. Então a chance de uma notícia sobre furacão no Brasil ser uma fake news, é enorme.

Setores como engenharia civil, seguradoras, offshore, concessionárias de rodovias e defesa civil também seriam impactados por esta notícia.

Se alguma empresa planejou uma obra e recebe uma notícia falando que vai ter um furacão, isso pode paralisar a obra sem necessidade e gerar prejuízos. Para saber mais como o tempo influencia na engenharia civil, leia mais sobre isso no nosso post blog: Gerenciamento de processos na construção civil: como fazer no mau tempo?

Uma vez que tenha o boato de que um furacão irá atingir o Brasil, as cidades litorâneas seriam as mais afetadas. Com isso, as rodovias que ligam o litoral às grandes cidades, teriam um enorme fluxo. E imaginem o desespero em uma plataforma offshore que não recebe boletins meteorológicos de especialistas.

Para ter surgido a fake news sobre um furacão, provavelmente tinha uma tempestade severa a caminho. As concessionárias teriam que preparar suas equipes para uma possível operação comboio ou resgate de acidentes e até mesmo, melhorar as sinalizações para evitar acidentes.

Falando em ventania e temporais, as seguradoras seriam mais acionadas. Árvores ou muros caindo em casas e carros e destelhamentos são apenas alguns casos que fazem as seguradoras consultarem especialistas para saber se tem que ressarcir o cliente ou não.

Além de tudo isso, a Defesa Civil iria receber inúmeras ligações e chamados sobre transtornos nas cidades.

Tornado vai atingir cidade brasileira

Tornado é um fenômeno meteorológico que dá medo na população. Imagina sair espalhando por aí que um tornado atingiu ou vai atingir uma determinada cidade.

Os impactos mais imediatos seriam divulgação da fake news nas redes sociais, caos no trânsito, comerciantes fechando as lojas, agricultores desesperados com perda de sua plantação.

Em agosto de 2018 surgiu um boato que um tornado iria atingir a cidade de Itajaí, em Santa Catarina. Isso aconteceu devido à uma má interpretação de texto do Ciram, (Centro de Informações de Recursos Ambientais e de Hidrometeorologia de Santa Catarina) – órgão estadual, no qual falava em ventos fortes no estado.

Em pouco tempo, inúmeras pessoas ligaram desesperadas para o Ciram para confirmar o tal tornado.

Entre os dias 15 e 16 de fevereiro de 2019 outro boato: depois de um forte temporal na região metropolitana de São Paulo que trouxe muitos prejuízos como destelhamentos, quedas de árvores e de postes e até feridos, a população de São Caetano do Sul e de Santo André começou a falar que um tornado atingiu as cidades.

Tudo bem que praticamente todos os anos temos relatos de tornados no Brasil, mas a previsibilidade de um fenômeno como este é extremamente baixa, e é praticamente impossível saber a sua trajetória.

Assim como citado na fake news sobre furacão, a engenharia civil, concessionárias de rodovias, seguradoras e defesa civil iriam ser impactados pela notícia falsa.

Já houve casos que após um forte temporal, um cliente entrou com pedido à seguradora para ser ressarcido alegando que havia tido um tornado. Se a seguradora acredita cegamente no cliente, iria perder a ação por causa de uma mentira. Para isso, é importante um monitoramento de tempo severo com especialistas.

Forte explosão solar vai atingir a Terra

Essa fake news não tem muito a ver com meteorologia, e até foi comparada com o “bug do milênio”. Se ocorresse, o mundo iria parar. Literalmente.

Primeiro, vamos entender o que é uma explosão solar. Quando há excesso de energia no sol, ocorre essa explosão em sua superfície para soltar esta energia, liberando muita radiação pelo universo.

O campo magnético da Terra tem a função de nos proteger, por isso não sentimos. Quando isso ocorre, acaba gerando as famosas auroras boreais (ou austrais) como consequência. Apenas uma explosão solar muito intensa seria capaz de romper o campo magnético terrestre.

Apesar da mensagem citar fontes importantes como a NASA, dificilmente isso aconteceria. A agência norte-americana sempre está em observação nas explosões solares, então se realmente houver uma explosão solar forte, ela será a primeira a emitir um aviso de alerta.

E como isso afetaria os aparelhos tecnológicos? Do jeito que fala no texto, também é mentira. A radiação cósmica afetaria mais os satélites que estão em órbita e, consequentemente, afetaria todo o sistema de navegação via GPS, celulares, transmissões de rádios e Tvs.

Quais são os impactos?

Agora, sabendo de algumas das fake news meteorológicas mais espalhadas, quais são os impactos dessas notícias para o mercado de diferentes setores sem a confirmação de um especialista?

Das notícias citadas aqui, o setor de varejo e de agricultura seriam, sem dúvida, dois dos mais prejudicados. Mas não podemos nos esquecer dos outros.

Ora, se um varejista acredita em um calor ou no frio extremos, vai preparar a sua loja com um grande estoque dos respectivos produtos.

Pela notícia ser falsa, os produtos que pretende vender vão ficar estagnados. E quanto maior é a quantidade de produtos no estoque, maior é o prejuízo.

O agronegócio representa mais de 20% do PIB nacional. Se um produtor que não possui uma consulta meteorológica acredita em qualquer fake news descrita aqui, pode ter prejuízos imensuráveis.

Em relação à notícia do frio, a suposta geada seria o terror dos agricultores despreparados. Já com o calendário de culturas pré-definido, os produtores poderiam realizar uma série de medidas para diminuir os efeitos danosas da geada em suas lavouras.

Muitos produtores lembram com medo da quebra do café em 1994. Devido a uma forte geada, o preço do café subiu 25% em poucos dias em Nova Iorque e em Londres.

Se uma empresa do ramo de energia se deixa levar pelo resultado puro de um modelo atmosférico sem a consulta regular de um meteorologista, já pode tomar decisões que podem falir sua empresa. Imagina acreditar em uma fake news onde fala que não vai ter uma gota de chuva durante um mês inteiro.

Ou até mesmo, os reservatórios de abastecimento. Depois da crise que São Paulo enfrentou entre os anos de 2014 e 2016, grande parte da população fica com medo de faltar água em suas casas ou em seu comércio e do aumento do preço na conta de água.

Em relação às notícias falsas sobre furacão e tornado, os maiores afetados seriam a própria população, que iria se assustar e ter uma série de consequências como acidentes.

As seguradoras necessitam saber se um evento deste porte irá acontecer para se preparar previamente. E também precisam de um estudo sobre quais lugares estão mais ou menos sujeito à uma tempestade severa ou a um tornado.

Porém, lembrando do que o Catarina fez com a agricultura, podemos também imaginar um possível prejuízo a este setor. Não podemos nos esquecer dos comerciantes de pequeno e médio porte, que poderiam fechar suas lojas por um tempo, diminuindo assim as suas vendas.

O que você deve fazer para não cair em uma fake news?

Agora você pode estar se perguntando: como um especialista pode te ajudar a saber se uma notícia é verdade ou não?

Ninguém melhor do que uma equipe de meteorologistas que analisam as diferentes simulações atmosféricas no dia a dia, discutindo qual delas é a melhor para te ajudar na decisão da sua empresa e do seu negócio.

Para saber se uma forte geada vai atingir o Brasil ou se um mês vai ser muito quente e seco, precisamos saber sobre diversas variáveis que influenciam o tempo. E não é uma mensagem em uma rede social que te dará a informação mais precisa.

Ter em mente se estamos passando por uma situação de El Niño, La Niña ou neutralidade. Ou saber quais outras circulações atmosféricas e oceânicas vão influenciar no clima nas próximas semanas ou meses são as coisas que diferenciam no monitoramento com uma equipe devidamente treinada.

Para o mercado de varejo, a Somar Meteorologia possui um index que correlaciona o tempo com as suas vendas. Ou seja, sabe dizer quanto a mais ou a menos você pode vender seus produtos e se estará mais quente ou mais frio.

Na agricultura, a Somar Meteorologia possui um forte nome no mercado. Não se deixa levar por especulação de geada, por exemplo, para simplesmente aumentarem o preço de commodities.

A Somar criou o Agrosomar que é uma plataforma exclusiva para os produtores agrícolas, onde possuem todo tipo de monitoramento e de assistência. Contam com monitoramento 24h por dia, ferramentas exclusivas e possibilita conversar diretamente com um meteorologista pronto para esclarecer quaisquer dúvidas.

Para o setor de energia, saber como as diferentes simulações atmosféricas estão oscilando e quais delas estão mais condizentes com as forçantes atuais, é o diferencial para ter lucro ou déficit. Apenas uma equipe de meteorologista pode dar essa informação de forma mais confiável.

A Somar Meteorologia também conta com boletins meteorológicos diários, semanais ou mensais com informações para o local e o período que você desejar. Seja para uma rodovia, varejista, agricultores, seguradoras, entre outros.

Além de possuir monitoramento para as diversas áreas que possam contar com a meteorologia para ter o máximo de lucro.

Fonte: https://blog.somarmeteorologia.com.br/

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