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Restauração Ecológica: Espécies arbóreas adaptadas a áreas úmidas

A escolha correta de espécies vegetais é essencial para o sucesso de projetos de restauração ecológica, especialmente em áreas úmidas, como margens de rios e nascentes. Nessas regiões, o excesso de umidade no solo impõe desafios ao desenvolvimento de muitas espécies nativas, exigindo o uso de mudas adaptadas a essas condições específicas.

Plantar espécies não adaptadas a solos úmidos pode resultar em elevada mortalidade, desperdício de recursos e atraso no processo de recuperação da vegetação. Por outro lado, espécies adaptadas a áreas úmidas apresentam características importantes que favorecem sua sobrevivência e crescimento. Entre essas características, destacam-se a tolerância ao encharcamento ou até mesmo à submersão temporária; sistemas radiculares com boa capacidade de oxigenação, como raízes aéreas ou com lenticelas; folhas largas e cerosas, que ajudam na transpiração e proteção da planta; além da tolerância a solos pobres em nutrientes, com alta acidez ou baixa fertilidade.

Foto 01. Plantio realizado em área úmida
Foto 01. Plantio realizado em área úmida

Exemplos de espécies nativas com boa adaptação a áreas úmidas:

  1. Guanandi (Calophyllum brasiliense)
  2. Saboneteiro (Sapindus saponaria)
  3. Pau Viola (Citharexylum myrianthum)
  4. Aroeira Pimenteira (Schinus terebinthifolia)
  5. Aroeira Branca (Lithraea molleoides)
  6. Embaúba (Cecropia pachystachya)
  7. Ipê-do-Brejo Amarelo (Handroanthus umbellatus)
  8. Ipê-do-Brejo Branco (Tabebuia insignis)
  9. Cedro-do-Brejo ou Cedro Branco (Cedrela odorata)
  10. Sangra-d´Água (Croton urucurana)
  11. Jenipapo (Genipa americana)
  12. Pau-Mulato (Calycophyllum spruceanum)
  13. Lofantera Chuva de Ouro (Lophanthera lactescens)
  14. Inga Banana ou Branco (Inga laurina)
  15. Inga-do-Brejo (Inga vera)
  16. Inga-de-Metro (Inga edulis)
Foto 02. Embaúba (Cecropia pachystachya)
Foto 02. Embaúba (Cecropia pachystachya)

Embora todas as espécies citadas apresentem alguma tolerância à umidade, esse grau de adaptação varia entre elas. Algumas são capazes de se desenvolver bem em áreas periodicamente encharcadas, enquanto outras suportam apenas solos úmidos, mas não alagamentos prolongados. Por isso, o conhecimento prévio das condições específicas do solo e do regime hídrico da área a ser restaurada é essencial para a seleção adequada das mudas.

Para garantir o sucesso do plantio em áreas úmidas, algumas recomendações devem ser observadas. O ideal é realizar o plantio no início da estação seca, permitindo o enraizamento das mudas antes das chuvas mais intensas. Também é importante evitar o plantio em locais com alagamento permanente, a menos que sejam utilizadas espécies específicas para ambientes de brejo. Além disso, deve-se manter o controle de gramíneas e espécies invasoras que competem com as mudas por luz, água e nutrientes.

A restauração de áreas úmidas exige atenção especial à escolha das espécies. Utilizar mudas adaptadas a essas condições é fundamental para garantir maior taxa de sobrevivência, menor custo com replantios e maior eficiência ecológica no processo de recuperação.

 
Foto 03. Sangra d’água (Croton urucurana)
Foto 03. Sangra d’água (Croton urucurana)

É importante reconhecer também que nem toda área úmida será adequada para o plantio direto de mudas. Em algumas situações, onde o nível de umidade for muito alto durante o ano todo e ainda há remanescentes de vegetação nativa e presença de banco de sementes no solo, a condução da regeneração natural pode ser a estratégia mais eficiente e sustentável. Cada caso deve ser analisado individualmente para entender qual o melhor caminho para a restauração da área.

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Ricardo Vaz – Engenheiro Florestal – Assistente Ambiental

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