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Açúcar perde receita e etanol encarece nas exportações de novembro

Queda nos embarques e recuo nos preços pressionam desempenho do setor sucroenergético, enquanto o etanol avança em valor médio

O setor sucroenergético registrou desempenho misto nas exportações de novembro, refletindo oscilações importantes na demanda internacional e nos preços das commodities. Dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), compilados pelo Itaú BBA, mostram queda simultânea nos volumes e nas cotações do açúcar, além de retração acentuada nos embarques de etanol.

Os envios de etanol somaram 66 mil m³, redução de 38% frente ao mesmo mês de 2024. Apesar do recuo no volume, o preço médio subiu 10%, atingindo US$ 654/m³, movimento associado ao câmbio e ao interesse internacional por biocombustíveis avançados.

No açúcar bruto (VHP), as exportações alcançaram 2,9 milhões de toneladas, queda de 4% na comparação anual. A pressão maior veio dos preços: o valor médio recuou 21%, para US$ 372,3/t, refletindo oferta elevada no mercado global e avanço de concorrentes asiáticos. No açúcar refinado, houve aumento de 13% no volume exportado, totalizando 377 mil t, mas também com queda expressiva na cotação, de 22%, para US$ 414,5/t.

O desempenho contrasta com o início da safra 2025/26 no Centro-Sul, marcado por bons índices de moagem e ATR. Mesmo assim, a janela de exportação enfrenta volatilidade externa. Segundo analistas, a combinação de estoques globais mais confortáveis e menor apetite de importadores tem limitado a recuperação dos preços no curto prazo.

Apesar do ajuste nas vendas externas, o setor mantém perspectiva positiva para o primeiro trimestre de 2026, período historicamente favorável ao açúcar brasileiro. No etanol, operadores acompanham a competitividade frente à gasolina e possíveis mudanças regulatórias que podem influenciar o ritmo dos embarques.

O quadro geral reforça que, embora o Brasil siga como protagonista global na oferta de açúcar e etanol, os próximos meses exigirão atenção a preços internacionais, clima e decisões de política energética que influenciam a competitividade do biocombustível.

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